🕊️ QUANDO A IGREJA É DESUNIDA, O REINO NÃO SUBSISTE
Vivemos tempos em que o maior inimigo da Igreja não está lá fora, mas dentro dela. O diabo entendeu que, se não puder destruir a Igreja de Cristo pela perseguição, o fará pela divisão. E tem conseguido. Hoje, vemos congregações que se intitulam “igrejas do Senhor”, mas que não conseguem caminhar lado a lado. Pastores que falam de amor nos púlpitos, mas alimentam o ódio e a competição nos bastidores. Líderes que se dizem servos de Deus, mas que não suportam ver o crescimento do ministério vizinho. E assim, o Corpo de Cristo sangra, enquanto o inimigo aplaude de pé a desunião entre aqueles que deveriam ser um só povo.
Em muitas cidades, o retrato é o mesmo: ministérios que nasceram do mesmo ventre espiritual hoje se enfrentam como inimigos. Igrejas com o mesmo nome e a mesma doutrina não se cumprimentam, não cooperam, não se visitam. Quadrangular contra Quadrangular, Assembleia de Deus contra Assembleia de Deus, pastores que não sentam na mesma mesa e irmãos que não se falam. A pergunta que ecoa é simples: que evangelho é esse que fala de amor, mas não vive o perdão? Que fé é essa que ergue as mãos para adorar a Deus, mas as fecha para não apertar a mão de um irmão?
Jesus foi claro ao dizer: “Todo reino dividido contra si mesmo é devastado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá” (Mateus 12:25). Se o próprio Cristo declarou que a divisão é o caminho da ruína, por que a Igreja insiste em se dividir? Por que há tanta vaidade, tanta disputa por poder, por púlpito, por fama? Muitos estão mais preocupados com placas e denominações do que com a salvação das almas. A Igreja se tornou, em muitos lugares, um campo de batalha por egos e status, esquecendo que o verdadeiro Senhor da obra é Deus, e não o homem.
No céu não há placa de igreja. Não existe “Assembleia de Deus do Céu”, nem “Quadrangular Celestial”, nem “Batista Eterna”. No céu há salvos lavados e remidos pelo sangue do Cordeiro. Há adoradores que amaram o Senhor mais do que suas tradições, mais do que seus títulos e suas disputas. O que existe no céu é unidade. Os anjos não competem entre si, os serafins não disputam posição, e o trono de Deus é um só. O que será de muitos que pregam aqui sobre o céu, mas vivem como se o inferno fosse sua verdadeira pátria espiritual?
O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios repreendendo-os pela mesma atitude: “Quero dizer com isto que cada um de vós declara: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo. Está Cristo dividido?” (1 Coríntios 1:12-13). A resposta é não! Cristo não está dividido. Mas Sua Igreja, infelizmente, está. E enquanto os líderes brigam, as almas perecem. Enquanto uns lutam para provar quem tem a “doutrina mais pura”, o mundo caminha para o abismo. Enquanto há divisão, o inferno se enche, e o céu se entristece.
O pior é que muitos justificam suas divisões com a falsa ideia de “defender a verdade”. Dizem: “Nosso ministério é o único certo”, “a nossa doutrina é a verdadeira”, “Deus só opera aqui”. Que engano mortal! O verdadeiro evangelho não se defende com guerras internas, mas com frutos do Espírito. O Espírito Santo não habita em templos onde há vaidade, contenda e divisão. Ele se move onde há humildade, arrependimento e amor. E o amor, segundo a Palavra, “cobre uma multidão de pecados” (1 Pedro 4:8). O amor une o que o orgulho separa.
Essa divisão não apenas entristece a Deus, mas enfraquece o poder da Igreja na Terra. Uma igreja desunida perde autoridade espiritual. Os demônios não respeitam igrejas que brigam entre si. O inferno treme diante de uma Igreja que ora unida, não diante de ministérios que competem. É por isso que o inimigo trabalha para gerar fofocas, ciúmes e divisões. Ele sabe que, se conseguir dividir o Corpo, enfraquece o poder da oração e silencia a voz profética da Igreja.
É tempo de arrependimento. Tempo de rasgar as vestes da religião e vestir o manto da humildade. Tempo de entender que não somos donos da verdade, somos servos dela. A Igreja precisa voltar a ser Corpo e não corporação. Precisa voltar a se reunir em torno de Cristo, e não em torno de nomes, placas ou ministérios. Só há um caminho para a restauração: quebrantamento. Só há uma bandeira a ser levantada: a da cruz. E só há um nome que deve ser exaltado: o nome de Jesus Cristo.
Se o povo que se chama pelo nome do Senhor se humilhar, orar, buscar e se converter de seus maus caminhos, Deus ouvirá dos céus e sarará a terra. Mas enquanto houver soberba nos altares e divisão entre irmãos, a Igreja continuará enferma, e o Reino deixará de crescer. Porque onde há desunião, o Espírito Santo não permanece. Ele habita onde há paz, comunhão e verdade. É tempo de abandonar as vaidades e reconstruir os muros da unidade espiritual.
A verdadeira Igreja de Cristo é feita de corações que amam, não de ministérios que competem. O verdadeiro servo é aquele que alegra-se com a vitória do outro. O verdadeiro pastor é aquele que abraça o rebanho, mesmo que ele não seja o seu. O verdadeiro evangelho não tem cor denominacional, ele tem a cor do sangue de Jesus. Que a Igreja acorde, antes que seja tarde. Porque um reino dividido não subsiste, e um corpo em guerra contra si mesmo está fadado à morte.
✍️ Jornalista, Radialista, Blogueiro, Escritor e Apresentador Robertão Chapa Quente,
o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital, RMC TV, Grupo JDB de Comunicação e Notícias e Rádio Notícia, detentor das marcas registradas Jornal Digital do Brasil e RMC TV.
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