terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ultimato a Mubarak: até sexta-feira deixar poder para evitar banho de sangue

Manifestação de hoje, na praça Tahrir.
Manifestação de hoje, na praça Tahrir.1. A megamanifestação ocorrida pela manhã na praça Tharir deu vida ao discurso da perda da legitimação por parte de Hosny Mubarak, presidente que se mantém no cargo há quase 30 anos.
Para os opositores, cerca de 2 milhões de cidadãos egípcios estiveram presentes à praça Tahrir para pedir urgentes reformas políticas e a queda de Mubarack.  Como consequência, o presidente Mubarack teria perdido a legitimação, que provém do povo.
No fundo, uma adequação, sem o devido processo, do instituto do “recall”, que vigora  nos EUA ( na Califórnia, o cartão vermelho do recall foi aplicado ao antigo governador e se elegeu  Arnold Schwarzenegger), Rússia e alguns cantões suíços.
O discurso da perda de legitimidade para continuar a governar o Egito saiu de uma reunião que ocorreu hoje entre os grupos de oposição.
Dessa reunião oposicionista participaram as lideranças do Al-Wafd (liberais democratas), Al Nassi (nacionalistas), Movimento Nacional para Mudanças (progressistas), Fraternidade Muçulmana (adeptos de uma teocracia) e Tajamud (reúne vários grupos de  esquerda).
Em entrevista, o líder El-Baradei,  já vencedor do Prêmio Nobel da Paz, deu um “ultimatum a Mubarak”: “Deverá deixar o país até sexta-feira para evitar um banho de sangue”.
Segundo  estimativa da ONU, o conflito no Egito iniciado na terça 25  resultou, até agora, em 300 mortes. E uma mensagem da Unesco pede proteção urgente aos tesouros egípcios diante de constantes tentativas de saque.
2. O Irã, sem nenhuma sutileza, aproveitou a comemoração de hoje do 32º. Aniversário da Revolução Islâmica para reproduzir, em irritantes repetições pela rádio e televisão, o discurso do falecido aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini.
Em antigo vídeo, Khomeini conclama o Egito a por fim à influência norte-americana: “O povo egípcio deve se rebelar e afastar da região o arrogante global e os seus aliados” (referência aos EUA e governo egípcio).
No Egito, os islâmicos sunitas representam 89% da população. O Irã é xiita, enquanto os al-qaedistas são fundamentalistas sunitas que pretendem unir a todos, mas sob orientação de Osama bin Laden, que se apresenta como o novo califa.
3. A Fraternidade Muçulmana é a principal força político-religiosa e extremista do Egito. A assembléia parlamentar nacional é composta por 454 membros, sendo dez de livre escolha do presidente da República. A Fraternidade Muçulmana detém 88 cadeiras.
Para analistas internacionais, cerca de 20% dos egípcios apóiam a Fraternidade Muçulmana. Para republicanos e direitistas israelenses, os bem organizados membros da Fraternidade Muçulmana poderão vencer a eleição e chegar ao poder, com riscos à paz mundial.
Ontem, o ator Omar Sharif, que é egípcio e vive no Cairo, disse querer a democracia com a substituição de Mubarack. Mas, disse estar temeroso com a minoria radical islâmica. Em outras palavras, teme por um Estado teocrático, como no Irã xiita.
Depois de pegar carona nas manifestações iniciadas na terça 25 por estudantes e trabalhadores desejosos de mais liberdade e democracia, a Fraternidade Muçulmana já começa a fazer exigências. Hoje, expediu comunicado a refutar qualquer diálogo com o vice-presidente Omar Suleiman, que o Exército apóia para conduzir a transição.
PANO RÁPIDO. Com o discurso da perda de legitimidade de Mubarak, a oposição quer a queda do presidente e convocação  imediata de eleições. Nada de esperar até outubro, ou seja, o calendário oficial.

Wálter Fanganiello Maierovitch

OREM PELOS NOSSOS MISSIONÁRIOS.




CAIRO - Em meio aos protestos populares no Egito que obrigaram o presidente do país, Hosni Mubarak, a dissolver o gabinete de governo, brasileiros contaram por telefone à BBC Brasil sobre o medo de novos distúrbios e falta de segurança no país. 


A turista Fátima Saraiva estava na capital, Cairo, com um grupo de outros 21 brasileiros em um hotel da cidade, perto das áreas dos protestos. Ela contou que, neste sábado, 29, a agência de viagens conseguiu um ônibus para levá-los ao aeroporto onde conseguiriam embarcar para a Espanha, antes de voltar ao Brasil. 
Segundo ela, o grupo chegou no Egito no último dia 14, mas não imaginava que os protestos, que começaram na última terça-feira (25), aumentariam em violência. "Passamos a ficar apreensivos com os acontecimentos, quando começaram a queimar veículos, prédios e postos de polícia", disse Fátima. 
Sem saber como proceder com a falta de segurança no país, o grupo resolveu permanecer no hotel, no centro do Cairo, e aguardar uma pausa na violência. "Muitos de nós ficamos com medo depois de receber a notícia de que os voos do aeroporto tinham sido cancelados. Alguns chegaram a chorar, achando que não conseguiriam mais sair do país." 
Já Larissa Amorim, que mora nos arredores da capital, contou que o medo era muito grande na vizinhança, devido aos saques que ocorriam na cidade. 
"Meu marido foi à rua juntamente de outros homens do bairro com facas e bastões para proteger as propriedades", contou ela, que é casada com um egípcio e mora no país desde 2007. "Nós estamos muito nervosos, mas os moradores falaram que, por enquanto, não havia sinais de distúrbios na área." 
 
Alexandria 
Morando há quatro anos em Alexandria, segunda maior cidade do Egito, a brasileira Eleine Magossi disse que inicialmente não se preocupou com os protestos, porque o bairro estava longe das manifestações. 
Segundo ela, há o receio de que saqueadores e manifestantes mais violentos venham ao bairro para queimar o palácio de verão do presidente. "Eu moro em uma área que fica atrás da propriedade onde fica o palácio presidencial, e os moradores têm medo que pessoas venham vandalizar o bairro", disse. 
Ela também afirmou que outros 18 brasileiros estavam na cidade, sem saber se poderiam deixar Alexandria devido à falta de segurança nas ruas. Eleine também soube de três brasileiros acampados no aeroporto local devido ao cancelamento de seus voos. 
 
Embaixada do Brasil O diplomata brasileiro Rubem Amaral disse à BBC Brasil que a embaixada do país no Cairo estava acompanhando a situação de perto, mas que, devido às comunicações precárias, muitas pessoas não conseguiram falar com a representação diplomática. 
Os serviços de telefonia celular já foram retomados na capital egípcia, mas a internet está bloqueada deste a sexta-feira, impossibilitando os egípcios de publicar fotos e vídeos dos protestos em redes sociais como Twitter e Facebook. 
Amaral disse que a embaixada recomenda aos brasileiros que não saiam de suas residências e hotéis, bem como evitar ruas onde pode ocorrer violência. 
Os egípcios voltaram às ruas neste sábado, pelo quinto dia seguido, para pedir a saída do presidente Hosni Mubarak. Pelo menos 38 pessoas já morreram desde o início das manifestações. 
Mubarak disse que não renunciará, mas dissolveu o gabinete de governo e deu posse ao novo primeiro-ministro, Ahmed Shafiq, e a um vice-presidente, Omar Suleiman, cargo este que nunca havia sido ocupado nos 31 anos do atual regime.

O SITE DA WEB RÁDIO GRITOS DE ALERTA JÁ ESTA NO AR - DENTRO DE POUCOS A SUA NOVA OPÇÃO DE WEB RÁDIO - www.gritosdealerta.com - ENTRE E CONFIRA - ANUNCIE SUA BANDA , SEU MINISTÉRIO ETC -

Frei é preso ao sair de motel com adolescente em MT Religioso começou a ser investigado após denúncia, em 2010. Menor deve receber atendimento psicológico, segundo delegada.

Um frei foi preso, na noite de segunda-feira (31), em Várzea Grande (MT), quando saía de um motel acompanhado de uma adolescente de 16 anos. De acordo com a Polícia Civil, ele deve responder por estupro de vulnerável.
“Nós recebemos uma denúncia, no ano passado, de que ele teria um relacionamento com essa adolescente. Começamos a investigação e em janeiro tivemos a confirmação. Ele frequentava motéis com a menor e usava o carro da paróquia para ir aos locais com ela”, diz ao G1 a delegada Juliana Palhares, da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Várzea Grande.
O frei é de uma paróquia em Cuiabá e, segundo Juliana, tinha um relacionamento próximo com a família da adolescente. "A família está em choque, porque eles frequentavam a paróquia e mantinham uma certa amizade com o frei. Eu entendo que essa proximidade é suficiente para viciar o consentimento da menor, por isso ela é considerada vulnerável, não tem condições de impedir o abuso", afirma.
Após a prisão, o frei foi levado para a delegacia, mas ficou em silêncio durante o interrogatório, segundo a delegada. Ele foi então encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá para exames e, em seguida, levado para o sistema prisional.
A menor também foi encaminhada à delegacia e foi ouvida pela polícia, acompanhada da mãe. A adolescente passou por exames no IML e deve receber atendimento psicológico.

Brasil assume presidência do Conselho de Segurança da ONU

O Brasil assume nesta terça-feira a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O mandato, rotativo para que todos os 15 integrantes do órgão assumam a função, é de um mês.
Um dos principais pleitos dos últimos governos brasileiros é ter direito de forma permanente a um assento no conselho. Para que isso ocorra, o País, que ocupa uma das vagas rotativas, defende a reforma da atual estrutura.
A representante do Brasil na ONU é a embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti. Para o governo brasileiro, em fevereiro será preciso observar com atenção os episódios de tensão em várias partes do mundo, como no Kosovo, no Congo, na Guiné-Bissau e no Egito. Na quarta-feira, a embaixadora deve conceder uma entrevista coletiva para detalhar as prioridades do comando brasileiro.
No próximo dia 11, a presidência do Brasil no Conselho de Segurança vai promover um debate sobre as questões de paz, segurança e desenvolvimento. A previsão é que o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, participe das discussões.
Estrutura atual
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) foi criado em 1945, após a 2ª Guerra Mundial. Pela estrutura do órgão, cinco países ocupam assentos permanentes e dez assumem as cadeiras de forma rotativa, por dois anos. Há uma série de propostas em discussão. Uma delas sugere que, entre os integrantes permanentes, sejam incluídos mais dois países da Ásia, um da América Latina, outro do Leste Europeu e um da África.
Pela atual estrutura, ocupam vagas permanentes no Conselho os Estados Unidos, a Rússia, China, França e Inglaterra. São integrantes provisórios Brasil, Turquia, Bósnia Herzegovina, Gabão, Nigéria, Áustria, Japão, México, Líbano e Uganda. Os conflitos e crises políticas são analisados pelo Conselho, que determina o envio e a permanência de militares das missões de paz e autoriza a intervenção militar em um dos 192 países-membros da organização, assim como estabelece sanções, a exemplo do que ocorreu no Irã em junho de 2010.
No ano passado, apenas o Brasil e a Turquia, que não são membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, votaram contra as sanções ao Irã. O Líbano se absteve da votação. No entanto, os outros 12 países foram favoráveis às restrições. No entendimento de parte da comunidade internacional, o programa nuclear do Irã é suspeito de produção secreta de armas atômicas, o que os iranianos negam.

O Doloroso Segredo dos Muçulmanos Convertidos ao Cristianismo


Ergun Caner
Você nunca leu uma história como esta
Era uma reunião como centenas de outras de que tínhamos participado durante vinte anos. Meu irmão estava envolvido num debate amistoso com um outro árabe cristão, num seminário sobre os melhores métodos de pregar o Evangelho de Cristo aos muçulmanos. Os "pontos de discordância" eram praticamente os mesmos de sempre. De fato, já tínhamos discutido os mesmos assuntos em incontáveis reuniões e de várias maneiras. Tudo estava dentro dos padrões normais, até que um inocente estudante levantou-se para fazer a pergunta fatídica:
Como podemos proclamar fielmente o Evangelho a Israel? Os judeus estão envolvidos numa guerra horrível e pagando um preço tremendo. Como a experiência de ex-muçulmanos os ajuda a falar de Cristo aos judeus?
Meu irmão sorriu consigo mesmo. Embora ele soubesse a resposta, até aquele momento não sabia qual era a posição de seu colega. Seu companheiro de debates nesse fórum era um cristão evangélico muito culto que, como nós, se convertera do islamismo. Ele já havia falado inúmeras vezes a milhares de evangélicos americanos e era considerado um especialista em evangelização do Oriente Médio. O homem se ajeitou na cadeira, quase imperceptivelmente, e arrumou seus papéis, esperando que Emir respondesse a pergunta. Mas meu irmão ficou quieto e deixou que o silêncio pesado forçasse o outro a responder.
Lentamente, sem levantar os olhos, ele disse: "Bem, com relação à evangelização dos judeus, devemos sempre apresentar Jesus como o Messias. Isto é ponto pacífico. Entretanto... no que se refere ao conflito entre palestinos e israelenses... acho que devemos permanecer... neutros".
Bem-vindo ao nosso mundo!
"Abrindo o jogo"
Esta história poderá ser um choque ou uma surpresa para os leitores. Em todo caso, decidi contá-la, e "seja o que Deus quiser". Levei vinte anos para escrever este artigo. Estou prestes a trair meus irmãos segundo a carne. Estou prestes a revelar nosso terrível segredinho.
A maioria dos artigos e livros que escrevi em parceria com meu irmão foram trabalhos acadêmicos ou obras que falavam sobre como entender e alcançar os muçulmanos. Em 2002, quando nosso livro Unveiling Islam (O Islã Sem Véu) tornou-se um best-seller, ficamos sob os holofotes da mídia. Nossos debates, sermões e palestras passaram a ser assistidos por milhares de pessoas. Por duas vezes falamos aos milhares de pastores presentes à reunião anual da Convenção Batista do Sul dos EUA. Aparecemos em incontáveis programas de televisão, entrevistas e programas de rádio transmitidos em todo o país.
Em 2003, O Islã Sem Véu conquistou o Gold Medallion, prêmio concedido anualmente às melhores publicações cristãs dos Estados Unidos. Além disso, nossos livros More Than a Prophet (Mais Que Um Profeta) e Voices Behind the Veil (Vozes Detrás do Véu) – ainda não publicados no Brasil – também foram sucessos de venda e concorreram a vários prêmios. Atualmente, estamos escrevendo nosso maior livro, um manual de referência de um milhão de palavras que será o primeiro comentário cristão abrangendo todos os versos do Corão. Nosso editor vendeu todas as cópias de nosso último livro, Christian Jihad (Jihad Cristã), numa só conferência, em meados de 2004. Isso basta para mostrar quanto gostamos de escrever.
Porém, esses livros foram fáceis de escrever, se comparados com este artigo. O que escrevi aqui é algo extremamente pessoal e pensei e orei a respeito durante semanas.
Como muçulmanos, fomos ensinados a odiar os judeus. Como cristãos convertidos do islamismo, muitos de nós ainda os odiamos.

Entretanto, por mais difícil que fosse, senti que, finalmente, deveria contar a história. Porém, isso significava que meu irmão e eu, ambos professores em universidades cristãs, seríamos objeto de escárnio. Na verdade, já estamos acostumados com o desprezo dos muçulmanos. Eles vivem atrás de nós e nos ameaçam toda semana por e-mail, por carta ou pessoalmente. Eles protestam quando aparecemos em programas de TV e fazem escândalos nas igrejas onde pregamos.
Mas esse escárnio seria de um tipo completamente diferente. Ele viria de nossos próprios irmãos cristãos. Seríamos desprezados porque revelamos o segredo daqueles que, como nós, são crentes [em Cristo] de origem muçulmana.
Finalmente, decidi "me expor" na revista Israel My Glory. Conhecendo os editores como conheço, eu sabia que eles ficariam ao nosso lado. Pelo menos, Emir e eu não estaríamos sozinhos.
Um ódio residual
Como muçulmanos, fomos ensinados a odiar os judeus. Como cristãos convertidos do islamismo, muitos de nós ainda os odiamos.
Leia de novo essas palavras, com atenção. Deixe seu significado e importância penetrar na sua mente. Com certeza, você já conheceu centenas de pessoas como nós durante sua vida. Os ex-muçulmanos saíram do segundo plano e subiram ao palco central de muitas conferências e reuniões denominacionais [nos EUA]. Embora todos nós sejamos questionados sobre assuntos ligados à apresentação do Evangelho aos muçulmanos, raramente nos perguntam a respeito de Israel, da nação judaica e das alianças entre Deus e Seu povo, narradas nas Escrituras.
Crianças em uma madrassa.

Muitos de nós, cujos nomes você conhece e cujos livros já leu, ficam agradecidos porque ninguém os questiona sobre isso. Por quê? Porque muitos ex-muçulmanos que hoje são cristãos ainda sentem desdém, desprezo e ódio pelos judeus. Entre estes, estão muitos que falam em conferências, escrevem livros e pregam nas igrejas. Realmente, este é o nosso segredinho terrível.
Emir e eu chamamos isso de vestígios do islamismo. Quando éramos crianças, aprendemos nas madrassas (escolas religiosas islâmicas) que os judeus bebiam o sangue das crianças palestinas. As mensagens pregadas pelos imãs destilavam ódio aos judeus e à nação judaica. Para nós, eles eram os "porcos" e "cães" que tinham roubado nossa terra e massacrado nosso povo.
Então, quando um muçulmano se converte e abandona o islamismo, convencido de que Isa (Jesus) não era um profeta de Alá, mas sim o próprio Messias, ele se defronta com a mesma ameaça que nos atinge a todos. Muitos de nós fomos repudiados, expulsos de casa, deportados, presos, ou sofremos algo pior. Os que sobrevivem, começam vida nova separados da tradição de seus ancestrais e de sua família. Não resta quase nada de nossa vida antiga – exceto uma tendenciosidade que teima em não ir embora. Nós ainda odiamos os judeus. Tenho que confessar uma coisa: isso também aconteceu com meus irmãos e comigo.
No início da década de oitenta, após nossa conversão, meus irmãos e eu começamos uma nova vida em Jesus Cristo. Em muitos aspectos, a igreja tornou-se nossa família, já que nosso pai nos renegou. Eu estava ávido por conhecer nosso Senhor e a Sua Palavra, e lia a Bíblia apaixonadamente, às vezes durante três ou quatro horas por dia. Eu gastava muitas canetas marcadoras de texto à medida que ia estudando o Antigo Testamento.
Quando cheguei à aliança abraâmica, em Gênesis 12, tropecei. "Antigo Testamento" – resmunguei – "Jesus acabou com isso". Em pouco tempo, comecei a ficar aborrecido com a constante repetição do refrão: Abraão... Isaque... Jacó... José. Eu tinha sido ensinado a acreditar no que Maomé tinha escrito: Abraão... Ismael... Jesus... Maomé.
No Corão está escrito que Ismael, e não Isaque, foi levado para ser sacrificado no Monte. Essa é a doutrina central de nossas celebrações (Eid). Agora, eu estava sendo confrontado com o fato de que, 2200 anos depois de Moisés ter escrito Gênesis 22 e quase 2700 anos depois do evento ter ocorrido, Maomé mudou a história.
Rapidamente, pulei para o Novo Testamento. Eu tinha certeza de que iria descobrir que Jesus, meu Salvador, havia repudiado o Antigo Testamento e que meu preconceito poderia permanecer intocado.
Foi aí que cheguei a Romanos 9-11. "E o prêmio vai para"... os judeus, como a nação sacerdotal de Deus. Eu comecei a fazer perguntas. Comecei a ler livros. Cheguei até a assistir cultos de judeus messiânicos.
Então, lentamente... muito lentamente... comecei a amar os judeus com o mesmo amor que nosso Pai celestial tem por eles. Eles são os escolhidos de Deus – e a terra de Israel lhes pertence.
Levou algum tempo até que isso acontecesse comigo e com meus irmãos, e nós achávamos que todos os ex-muçulmanos passavam pela mesma experiência e chegavam à mesma conclusão que nós. Aparentemente, estávamos errados.
O mito da substituição
Pouco depois que apareci no programa de TV de Zola Levitt pela primeira vez, recebi uma enxurrada de e-mails de muçulmanos furiosos. Eu já esperava por isso. O que eu não esperava era um número tão grande de e-mails indignados vindos de cristãos anglo-saxões. "Meu caro irmão em Cristo" – escreviam eles – "a Igreja substituiu Israel!".
Um dia, depois de uma reunião, um ex-muçulmano, que na época pastoreava uma comunidade cristã egípcia, me chamou num canto e disse: "Você está prejudicando seu testemunho, meu amigo". Sua repreensão não muito amigável continuou: "As alianças de Deus com Israel através de Abraão, Davi e Ezequiel eram condicionais. Ele veio para os Seus, mas eles O rejeitaram. A Igreja agora é o novo Israel".
Depois disso, ele me indicou vários livros evangélicos para provar seu argumento. Comecei a ler esses estudos teológicos e sei que você, caro leitor, tem muitos deles em sua estante. Seus autores são protestantes reformados, escritores evangélicos e até pregadores muito conhecidos no rádio e na televisão. Todos eles diziam a mesma coisa: Israel foi substituído pela Igreja.
Bem, agora, vinte anos depois, permitam-me ser enfático, para que não haja nenhum mal-entendido:
A aliança de Deus com Israel foi incondicional. Israel continua sendo a nação escolhida por Deus.
Embora os judeus sejam, em termos bíblicos, um povo "teimoso" e de "dura cerviz", Deus não os abandonou. Qualquer outro ensino é anti-bíblico, ímpio, racista e anti-semita. Não me importa o quanto esses autores sejam respeitados nem o que isso vai me custar, em termos de amizades. Eu não posso abandonar o povo de Deus nem mudar o plano divino. Romanos 9 a 11 ainda fazem parte da Bíblia.
O mito da Palestina
Atualmente, os conflitos sobre a posse de Jerusalém estão todos os dias no noticiário. Diariamente, vemos bombas e balas voando para todos os lados, enquanto ressoa uma luta que já dura cinqüenta anos. E eu pergunto: "Onde está a voz dos cristãos?" Infelizmente, muitos estão emudecidos pelo resíduo do ódio a Israel que trazem em seu coração.
Já perdi a conta de quantas vezes Emir e eu pedimos que outros ex-muçulmanos nos mostrassem onde fica a "Palestina" no mapa. Perguntamos também quando foi que os palestinos tiveram um governo estabelecido, uma capital, uma embaixada?
"Jerusalém é a eterna
e indivisível Cidade de Deus".

É claro que a resposta é "nunca". O conceito de um país chamado "Palestina" só surgiu depois que Israel se tornou uma nação. Trata-se de um país inteiramente hipotético, baseado não numa origem étnica comum, mas sim num ódio comum a Israel. Conforme ilustrei no início deste artigo, nossos colegas árabes e persas têm encontrado companheiros entre os teólogos ocidentais que adotaram todo um esquema teológico e escatológico baseado nesse ódio comum. Meu irmão e eu estamos agora na irônica posição de sermos ex-muçulmanos e turcos persas defendendo Israel contra cristãos anglo-saxões e europeus de raça branca. Que mundo estranho!
Concordo com o ex-primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu: "Jerusalém é a eterna e indivisível Cidade de Deus". Esperamos, um dia, encontrá-lo e dizer-lhe isso.
O mito de Alá
Outro componente estranho dessa questão é o uso da palavra "Alá". Recentemente, ouvimos um missionário evangélico falar sobre o movimento "Alá-leuia", em que os missionários estão usando a palavra árabe "Alá" para proclamar o Evangelho. Alguns chegam ao cúmulo de entrar nas mesquitas e ficar na posição de oração (rakat), mas orando a Jesus em pensamento. Alá, concluem eles, é só o nome árabe de Deus. Adonai e Alá seriam o mesmo Deus.
Mesmo correndo o risco de ofender mais alguns leitores, quero deixar uma coisa registrada: Alá não é o nome árabe de "Deus". Alá é um ídolo.
Em todos os debates de que participamos em universidades e entre colegas, meu irmão e eu nunca encontramos um ulema muçulmano que acredite que o Alá do Corão e o Deus da Bíblia sejam o mesmo Deus. Nunca. Se o monoteísmo é o único critério para distinguir a verdade neste caso, então deixe-me dizer uma coisa: se Alá é o mesmo deus que o Deus vivo, então Elias deve desculpas aos profetas de Baal (que também eram monoteístas).
Então, por que usar essa palavra? Perguntei a um árabe cristão por que ele continuava usando o termo "Alá" quando orava, e ele me respondeu baixinho: "Eu não consigo me convencer a usar os nomes hebraicos, sabe?"
Sim. Eu sei. Infelizmente, eu sei.
Estou ciente das implicações deste artigo. Eu as aceito. Numa única crítica dura, de poucas páginas, ataquei a teologia da substituição, a escatologia puritana, os teólogos modernos e denominações inteiras. Entretanto, meus vinte anos de silêncio acabaram. Nosso segredinho terrível foi revelado.
Emir e eu continuaremos do lado de Israel no conflito contra nossos parentes segundo a carne. Continuaremos contestando a teologia da substituição sempre que necessário.
Também continuaremos a defender Israel como nação escolhida por Deus, porque Ele nos manda fazer isso no Antigo e no Novo Testamento. Os judeus precisam aceitar Jesus como o Messias, isto é certo. Mas eles também precisam que a comunidade cristã – a Igreja – fique ao lado deles num mundo que quer a sua destruição. Isso começa agora. (Israel My Glory - Ergun Caner - http://www.beth-shalom.com.br)
O Dr. Ergun Mehmet Caner é professor de Teologia e História da Igreja na Liberty University, em Lynchburg, Virginia (EUA). O livro O islã sem véu, escrito em co-autoria com seu irmão, Dr. Emir Fethi Caner, pode ser pedido em nossa livraria virtual.

Novos deputados tomam posse para quatro anos de mandato

Os 513 deputados eleitos no último dia 3 de outubro tomam posse hoje (1º), em sessão marcada para as 10h no plenário da Câmara dos Deputados. Eles têm mandato de quatro anos e ficam no parlamento até 31 de janeiro de 2015.
Os novos deputados compõem a 54ª legislatura. Os parlamentares, que foram diplomados no fim do ano passado, serão empossados pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), após a leitura do nome de cada um e do juramento.
Eles farão o juramento: “Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro e sustentar a união, a integridade e a independência  do Brasil”. O texto será lido de forma coletiva,  após a leitura dos nomes. Depois de empossados, a sessão solene será encerrada e terão inicio os preparativos para a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara.
A maioria da nova Câmara é formada por deputados de partidos da base governista. O PT tem a maior bancada, com 88 deputados. Em segundo lugar está o PMDB, com 78, seguido pelo PSDB, com 53; PP, com 44; DEM, com 43; PR, com 40; PSB, com 34; PDT, com 26; PTB, com 22; PSC, com 17; PCdoB, com 15; PV, com 14; PPS, com 12; PRB, com oito; PMN e PTdoB, com quatro cada um; PSOL, com três; PRTB e PRP, com dois; PTC e PSL, com um deputado.
Alguns parlamentares eleitos, que integram o quadro de ministros do governo da presidente Dilma Rousseff, deverão se afastar do cargo para tomar posse como deputados e atuar na eleição da Mesa Diretora da Câmara. Depois, eles reassumem seus postos nos ministérios. Nesse caso estão os deputados Mário Negromonte (PP-BA), ministro das Cidades; Pedro Novais (PMDB-MA), do Turismo; Luiz Sérgio (PT-RJ), das Relações Institucionais; Maria do Rosário (PT-RS), da Secretaria de Direitos Humanos; e Iriny Lopes (PT-ES), da Secretaria de Políticas para as Mulheres.
Entre os novos deputados a serem empossados hoje estão o humorista Francisco Everardo Oliveira, o Tiririca (PR-SP), o delegado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), o ex-jogador Romário (PSB-RJ), e o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR-RJ).
Às 18h, os novos deputados se reúnem novamente no plenário da Câmara, em sessão convocada para a eleição da nova Mesa Diretora para o biênio 2011/2013. Em votação secreta, os deputados vão eleger o novo presidente da Câmara, dois vices-presidentes e quatro secretários, além de três suplentes. Para ser eleito em primeiro turno, o candidato precisará de mais de 50% dos votos válidos dos deputados.
Eleitos os novos dirigentes, será convocada sessão solene do Congresso Nacional (deputados e senadores) para amanhã (2), às 16h, quando serão abertos os trabalhos legislativos deste ano. Na ocasião será apresentada ao Congresso Nacional a mensagem presidencial, que poderá ser levada aos novos congressistas pela presidente Dilma Rousseff. Normalmente, o ministro-chefe da Casa Civil é que leva a mensagem ao Congresso.

TOMOU CADEIA

  Homem tenta esconder drogas e arma no compartimento do rádio do carro, mas é preso em SP Suspeito era o responsável por distribuir os ento...