sexta-feira, 19 de agosto de 2011

QUEREM FAER DO BRASIL UM PAIS GAY ? EU NÃO RESPEITO E NEM ACEITO - SOU MUITO MAIS A BÍBLIA - Defensoria Pública quer a retirada do outdoor com mensagens bíblicas que condenam o homossexualismo

 


A Defensoria Pública de Ribeirão Preto resolveu entrar com uma ação civil pública para que a Justiça exija a retirada imediata das mensagens de um outdoor com mensagem que condenada biblicamente o homossexualismo.
O defensor público Victor Hugo Albernaz diz que a ação tem pedido de liminar (urgência). “Existe a liberdade de expressão, mas o limite é quando ofende a liberdade do outro.”
O anúncio foi feito a pedido da Igreja evangélica Casa de Oração e traz citações bíblicas, entre elas uma do livro de Levítico contrárias ao homossexualismo. O pastor da igreja, Antônio Hernandes Lopes, disse que o outdoor foi posto para “denunciar o pecado da homossexualidade”.
Ribeirão Preto receberá nos próximos dias a primeira parada gay da cidade.


Fonte: Gospel Prime

VIA GRITOS DE ALERTA

Família cristã sofre ameaças em Israel


Família cristã sofre ameaças em Israel
Há sete anos que os judeus ultraortodoxos fazem esse tipo de protesto contra eles

Todos os dias, judeus ultraortodoxos gritam em frente à casa onde moram Debbie, seu marido Yoyakim, e seus filhos: “Missões são uma praga para a nação de Israel!”. Eles são o casal de pastores da igreja messiânica na cidade de Arad.

Na casa desta família, eles mal conseguem ouvir a voz uns dos outros, por causa dos gritos dos manifestantes, bem na calçada em frente. Faz sete anos que os judeus ultraortodoxos fazem esse tipo de protesto contra eles.

O mesmo acontece diante da casa de Polly (foto).

Debbie conta que os ultraortodoxos protestam pelo menos uma vez por semana na frente de sua casa “e a polícia não faz nada!”. É sempre o mesmo grupo que esbraveja diante da casa de Polly.

Certa vez, foram 250 manifestantes protestando por duas horas e meia contra as “atividades missionárias de Polly”. Os rabinos faziam discursos e os manifestantes gritavam “amém”, concordando com as palavras deles.

Cerco perigoso


A vida de Polly, com suas três filhas adotivas, e a vida de Debbie e sua família, estão oprimidas pelo cerco que elas enfrentam. Conviver com outros cristãos, sair de casa em paz e viver despreocupadamente não é uma realidade possível para elas. “Não apenas nas imediações de nossas casas, mas também quando nos dirigimos para a igreja, os judeus ortodoxos lançam aos gritos as suas maldições sobre nós.”

Os judeus que protestam na frente de suas casas são membros da “Gur Chassidim”, uma organização ultraortodoxa que persegue os judeus messiânicos e outros cristãos. Leia mais sobre o que já aconteceu aqui.

Como Arad é o centro de sua comunidade e eles acreditam que a cidade algum dia será reconhecida como lugar santo, eles, portanto, combatem qualquer outra religião.

Intimidações

Debbie lembra que “esta intimidação já dura sete anos.” Ela aparenta cansaço, mas não amargura. Isto fica claro quando conta a sua história. Debbie acostumou-se a ver milagres quando ela ora. “Em meio a tudo isso, nossa igreja têm gerado novos convertidos”, revela sorrindo. Ela enxerga o laço que criou com seus vizinhos por causa destes episódios como uma bênção de Deus. “Nós temos uma ótima relação com nossos vizinhos judeus. O que os integrantes da Gur Chassidim vêm fazendo, leva muitos de nossos vizinhos a se envergonharem de ser judeus.”

Polly também conta que alguns vizinhos judeus nem sempre concordam com os manifestantes. “Durante o último grande protesto na frente de minha casa, havia uma contramanifestação no jardim de um vizinho meu. Cerca de 50 pessoas tentaram mostrar que não estavam de acordo com os judeus ultraortodoxos.”


Fonte: Portas Abertas

NEM PERDÃO SABEM PEDIR - Lideres de uma escola Islâmica pedem desculpas à Cristãos por ataques e massacres


Muçulmanos pedem desculpas à Cristãos por ataques e massacresDois anos depois dos trágicos acontecimentos ocorridos em Gojra, no Paquistão, que, na noite de 30 de julho de 2009, afetaram a comunidade local cristã, dois líderes religiosos islâmicos pediram perdão publicamente por “uma das piores manifestações do ódio aos cristãos no Paquistão”.
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O pedido de perdão aconteceu durante um encontro depois de uma Missa em sufrágio pelas vítimas, presidida pelo arcebispo de Faisalabad, Dom Joseph Coutts.
O diretor de uma escola islâmica da região, Israr Bihar Shah, e o chefe de uma mesquita próxima, Hafiz Abbul Haui, acusaram explicitamente os “fanáticos” como responsáveis pelo ocorrido e condenaram suas ações como “contrárias ao espírito do Islã”.
O chefe da polícia já havia entoado o mea culpa em 2010; as forças da ordem foram acusadas, de fato, de não terem intervindo de forma alguma para frear a violência.
Há dois anos, uma multidão de 3 mil muçulmanos invadiu o bairro cristão de Gojra, cidade do Punjab paquistanês. Incendiaram duas igrejas (que Ajuda à Igreja que Sofre [AIS] está ajudando a reconstruir) e mais de 150 edifícios.
No grande incêndio, 8 pessoas morreram queimadas – entre elas, 4 mulheres e uma criança de 7 anos – e outras 20 ficaram gravemente feridas.
A origem da violência foi a acusação de alguns líderes religiosos islâmicos a três cristãos – Mukhtar Masih, Talib Masih e Imran Masih –, culpados, segundo eles, de ter queimado algumas páginas do Alcorão.
Esta ação, aplicando a infame lei antiblasfêmia paquistanesa, prevê a cadeia perpétua.
Em defesa dos três homens se declarou, imediatamente, o então ministro para as minorias, Shahbaz Bhatti – assassinado em um atentado em 2 de março de 2011 – que sustentava firmemente sua inocência.
“São afirmações de importância extraordinária”, declarou a AIS o diretor da Comissão para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso de Faisalabad, Pe. Aftab James Paul.
Falando com AIS, o sacerdote destacou que os dois líderes islâmicos, ainda que não tenham estado envolvidos no ataque de 2009, tiveram a coragem de pedir perdão em nome da sua comunidade por todo o ocorrido.
“Pronunciaram frase muito importantes – acrescentou –, afirmando que a religião islâmica não aceita, de forma alguma, o homicídio e que os culpados por tais ações não compreendem o verdadeiro espírito do Islã.”
O Pe. Aftab acrescentou que, ainda que sejam declarações não-oficiais realizadas no final do encontro, as palavras dos dois líderes religiosos são duplamente preciosas, porque essas duas pessoas são muito conhecidas na comunidade e dessa forma “influenciarão os demais fiéis”.


Fonte: Zenit

Ataques a igrejas assustam cristãos no Iraque



Ataques a igrejas assustam cristãos no IraqueEm 2 de agosto, os insurgentes atacaram três igrejas na cidade de Kirkuk

Uma multidão de insurgentes deixou uma igreja em Kirkuk, Iraque, severamente danificada na segunda-feira (15 de agosto), em uma segunda rodada de ataques contra a comunidade cristã da região nas duas últimas semanas.

O bombardeio da Igreja Siríaca Ortodoxa de Mar Afram foi mais um ataque contra cristãos, em meio a uma onda de violência que varreu o Iraque ontem, atingindo 17 cidades, com quase 70 pessoas mortas, de acordo com a Associated Press.

Um explosivo foi colocado perto de uma das paredes da igreja, tendo explodido na madrugada de segunda-feira. Fotos mostravam os tijolos de uma das paredes laterais espalhados pelo chão da igreja, móveis virados e ainda uma das portas de metal aberta e retorcida.

Em outros dois ataques separados, os insurgentes colocaram bombas dentro de um veículo no centro de Kirkuk, matando uma pessoa e ferindo outras quatro. Nenhum cristão foi morto no ataque contra a igreja. A polícia anunciou mais medidas de proteção para as igrejas de Kirkuk, segundo a rede de TV iraquiana Alsumaria.

Em 2 de agosto, os insurgentes atacaram três igrejas na cidade. A polícia descobriu e desarmou uma bomba perto de uma igreja protestante e outra perto de uma igreja ortodoxa. Uma terceira bomba explodiu em frente à Igreja Católica Siríaca, ferindo 13 pessoas que viviam nas proximidades.

Um pastor protestante que pediu anonimato falou à Compass por telefone, enquanto estava sob os escombros da igreja em Mar Afram. “Agora eu estou aqui porque queria ver com meus próprios olhos”, disse o pastor, vendo que a igreja estava destruída. “Agora eles terão que demolir e reconstruir tudo.”


Fonte: Portas Abertas

DENUNCIA - Grupos gays ameaçam igreja evangélica por causa de outdoor bíblico


Mensagem bíblica de outdoor enfureceu ativistas gays
Os organizadores da Parada Gay de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, prometem contestar na Justiça outdoors colocados pela igreja evangélica Casa de Oração que citam mensagens bíblicas sobre homossexualidade. Os grupos gays reclamam de provocação, já que no domingo (21) ocorre a 7ª Parada do Orgulho Gay no município.

Segundo o pastor Antônio Hernandes Lopes, no entanto, o objetivo é apenas “expressar o que Deus diz a respeito da homossexualidade”. Nas frases, que citam a Bíblia, lê-se: “Assim diz Deus: ‘Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável...’”. Há ainda outras duas passagens relacionadas ao tema.

"Todos os seres humanos têm direito a expressar o que quiserem, mas têm o ano todo para fazer isso. Fazer na semana da diversidade é uma maneira de ataque, não tinha essa necessidade", afirma Agatha Lima, uma das responsáveis pela Parada Gay na cidade.

“Estamos aproveitando a oportunidade que eles estão divulgando a maneira de viver deles para expressar o que Deus diz a respeito”, rebate o pastor. Ele diz que o outdoor foi colocado em um ponto distante do trajeto da Parada Gay, justamente para evitar confrontos.

Mas não é o que diz Agatha Lima. "Esse outdoor é apenas um dos cinco que foram instalados na cidade. E esse, próximo à Câmara Municipal, está a um quarteirão do nosso Centro de Referência da Diversidade Sexual", diz.

O pastor da Igreja Casa de Oração refuta a acusação de homofobia: “É algo que já está divulgado há milhares de anos”, afirma Antônio Hernandes. “Nós amamos essas pessoas, oramos por elas, elas são bem-vindas, mas a vida, a forma que elas vivem, está contrária àquilo que Deus diz”, argumenta.

Fonte: G1

CONGRESSO DE MISSÕES - 2011

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O HORROR DO FUNDAMENTALISMO ISLÂMICO NA NIGÉRIA

 

Tanto muçulmanos quanto cristãos estão se radicalizando na Nigéria, lar do nigeriano da "cueca explosiva". Em quase nenhuma outra parte do mundo a rivalidade entre as religiões leva a conflitos sangrentos com tanta frequência. Em Bauchi, há rumores de que muçulmanos militantes estão preparando um ataque aos cristãos em Jos, a 100 quilômetros de distância. Será verdade? Ou apenas uma tentativa de provocar medo? Nada é certo em Jos, uma cidade de perto de um milhão de habitantes no chamado "Cinturão do Meio" no centro da Nigéria, uma região ampla entre os paralelos 8º e 12º norte. Em alguma parte dessa região, uma linha móvel separa o norte predominantemente islâmico da Nigéria de seu sul cristão. Muitos cristãos temem que os seguidores de Alá estão tentando se expandir para o sul e Jos fica no meio do conflito. A violência estourou novamente na semana passada, logo depois de Umar Farouk Abdulmutallab, o homem que tentou explodir um avião em Detroit, ter sido identificado como sendo um muçulmano nigeriano. "Os hausa-fulani não fazem parte de nós", escreveram cristãos em fóruns na internet, se referindo ao maior grupo étnico muçulmano ao qual Abdulmutallab traça sua origem. "Eles são bastardos, misturados com sangue árabe para aterrorizar o mundo. Eles não gostam de educação. Eles odeiam a civilização e eu me pergunto por que eles ainda existem como parte da raça humana."

O ex-James Wuye

O pastor James foi a Jos para passar algumas poucos horas. Isso não é um bom sinal, porque sempre que o pastor James aparece, o terror não está distante. Ele acabou de vir de Bauchi, onde ouviu conversas sobre os muçulmanos estarem se armando. O pastor de 50 anos é um dos ativistas da paz mais proeminentes na Nigéria. Um motivo para ser tão famoso é que ele aparece com frequência com o imã Muhammad Ashafa, de Kaduna, no centro-norte da Nigéria. Os homens pregam a mesma mensagem: "Não importa se você seja cristão ou muçulmano, viva sua religião mas não mate ninguém". Outro motivo para o pastor ser tão proeminente é que, há 20 anos, atendendo pelo nome de James Wuye, ele era conhecido como um temido líder de milícia cristã em Kaduna, a cerca de 200 quilômetros a oeste de Jos. Ele perdeu um braço lutando contra as pessoas que seu atual parceiro de púlpito representa. "Eu odiava os muçulmanos", ele diz. Ele recobrou a razão em meados dos anos 90 e, desde então, chama a si mesmo de "gestor de conflito". O pastor James é um homem ocupado hoje, pregando a paz por toda a Nigéria.

O país tem uma população de cerca de 150 milhões; seus aproximadamente 400 grupos étnicos falam mais de 400 línguas. Metade da nação reza para "Alá" e a outra metade reza para "Deus". Dificilmente em qualquer outro lugar no mundo a rivalidade em andamento entre cristãos e muçulmanos custou tantas vítimas, com pelo menos 10 mil mortos. Há morte por toda a parte. Os muçulmanos foram caçados na cidade portuária de Lagos, no sul, enquanto cristãos foram mortos em Kano, no norte muçulmano. Mas a maioria das mortes ocorre no Cinturão do Meio, em locais como Kaduna e Bauchi, e particularmente em Jos, onde os seguidores das duas religiões vivem relativamente próximos uns dos outros.

Em quase nenhuma outra cidade no mundo o choque de civilizações é mais evidente. Sem um muro, Jos é uma cidade dividida. Bairros inteiros foram incendiados, repetidas vezes, mais recentemente em novembro de 2008. Cada nova conflagração custa centenas de vidas. Em 2001, os muçulmanos incendiaram os enormes prédios do mercado no centro de Jos, que abrigavam mais de 10 mil bancas. A maioria das vítimas era de membros da tribo Ibo cristã. Após cada novo conflito, a divisão entre as religiões se agrava.

Uma divisão colonial
Mercadores árabes trouxeram o Islã para a zona do Sahel há cerca de 1.000 anos, mas por muito tempo ele tinha apenas um papel secundário como religião.O comércio, incluindo o comércio de escravos, era mais importante para os califas e emires do que a fé. Missionários cristãos penetraram pelo sul há pouco mais de 100 anos, seguindo os mestres coloniais britânicos do país. Mas os britânicos permitiram que os emires prevalecessem e impedissem um maior avanço dos missionários. Uma consequência da decisão dos mestres coloniais é que as escolas e universidades no sul são atualmente muito melhores do que as do norte.


Os governos militares que governaram a Nigéria até 1999 usaram meios autoritários para manter unida a nação multiétnica. Então veio a democracia. Uma nova Constituição e acordos informais trouxeram certa estabilidade - por exemplo, sob as novas leis, a presidência troca de mãos entre os cristãos do sul e os muçulmanos do norte pelo menos uma vez a cada dois mandatos, enquanto presidente e vice-presidente não são do mesmo grupo religioso.

Mas esses acordos não garantiram a paz.

O governo encobriu os números reais
Olusegun Obasanjo, um cristão, mal tinha sido eleito em 1999 quando 12 Estados no norte da Nigéria introduziram a lei Sharia, provocando protestos por todo o mundo cristão. As causas do estouro periódico de conflitos religiosos às vezes são banais e frequentemente absurdas. Quando um concurso de Miss Mundo foi marcado para ser realizado na Nigéria, em 2002, os muçulmanos ficaram enfurecidos com um comentário insensível de jornal. A violência resultante custou 215 vidas apenas em Kaduna. Uche Uruakpa, 38 anos, pode descrever o conflito religioso por um ponto de vista singular. Ele é um médico cristão e em 2001 começou a trabalhar no maior hospital muçulmano em Kano, uma cidade de 1 milhão de habitantes - 90% deles muçulmanos. "Em certas manhãs, havia 2.000 pacientes aguardando diante da minha sala no hospital", diz Uruakpa.

O derramamento de sangue começou quando um muçulmano fundamentalista viu uma criança cristã na rua, segurando uma página do Alcorão - e prontamente matou a criança. Centenas morreram no frenesi que se seguiu. "O governo encobriu os números reais", diz Uruakpa, que se escondeu por duas semanas no bairro cristão em Kano e deixou a cidade um ano depois. "Eles teriam que me oferecer muito para trabalhar de novo lá", ele diz. Uruakpa viveu em uma cultura que considerou estrangeira e impenetrável. "Eu vi eles todos", ele diz, incluindo homens com quatro esposas, o número máximo que é permitido ao homem no Islã. Algumas garotas casadas, ele diz, não tinham nem mesmo 12 anos. "Os homens vinham até mim com suas grandes famílias e eu tinha que perguntar quais eram suas esposas e quais eram suas filhas."

Êxodo do norte

A ironia na Nigéria é que o norte tem uma maior necessidade de especialistas bem treinados, médicos e cientistas do sul, mas a falta de cultura e os atos de extrema violência persistentes levaram a um êxodo de empresários, professores, médicos e cientistas. No início dos anos 90, havia cerca de 500 empresas industriais em Kano. Dez anos depois, o número caiu para cerca de 200. Este é um motivo para muitos muçulmanos hausa-fulani terem se deslocado mais ao sul, para cidades como Kaduna, Jos e Bauchi, onde agora formam os novos pobres proletários.

O xeque Khalid Aliyu está familiarizado com os garotos que vendem gasolina adulterada em garrafas, ao longo das principais avenidas de Jos, periodicamente cheirando gasolina ou cola para se drogar. "Pobreza, políticas ruins e tribalismo são os combustíveis do descontentamento", diz Aliyu, cuja organização promove a conciliação e o entendimento entre a população muçulmana. Aliyu sabe muito bem que os sucessos são modestos. "Os políticos não estão solucionando os problemas", ele diz. "Sem empregos, sem educação, sem eletricidade, sem nada para fazer. Um homem faminto não produzirá a paz", ele diz.

Os cristãos agora se sentem ameaçados, enquanto os muçulmanos se sentem marginalizados. Os hausa-fulani tiveram problemas quando chegaram a Jos. Como a lei nigeriana distingue entre os recém-chegados e os moradores locais, eles não conseguem se livrar do rótulo de "recém-chegados" na cidade, que possui um governo dominado pelos cristãos. Isso os impede de obterem empregos no setor público e a ter acesso às universidades. O mesmo acontece por toda a Nigéria, mas nos lugares de grande pobreza, a revolta cresce desenfreada - e com ela o impulso de buscar refúgio na religião.


Ambos os lados estão se preparando para a batalha

Maiduguri, no extremo nordeste da Nigéria, com uma população estimada de mais de 1 milhão, é um desses lugares - com ruas de terra, isolada e empobrecida. Há dezenas de escolas corânicas em Maiduguri, algumas fundadas com dinheiro saudita. Caminhões cheios de crianças de Níger e do Chade ocasionalmente chegam à cidade, e as crianças são recebidas nas madrassas para aprender o Corão, mas não a ler e escrever. Quando elas não estão na escola, as crianças devem trabalhar. "É escravidão moderna", dizBolaji Aina, da organização alemã de ajuda humanitária GTZ, que apoiou projetos para mulheres em Maiduguri por muitos anos. A Boko Haram, uma seita islâmica, se mostra bastante disposta a receber esses escravos modernos. Mais de 700 pessoas morreram em julho passado durante choques entre a seita e a polícia em Maiduguri.

O país entrou em 2010 dividido, sem qualquer perspectiva real e sem liderança. O presidente Umaru Yar'Adua está em um hospital na Arábia Saudita há semanas, incapaz de governar seu país em meio às crescentes exigências para a nomeação de um sucessor. Mas quem seria? Outro muçulmano como Yar'Adua? Ou é a vez dos cristãos? "Ambos os lados estão se preparando para a batalha", diz o pastor James, o missionário da paz, em Jos. "É um jogo de gato e rato. Os eventos no norte também estão radicalizando o sul". O Natal foi tranquilo em Jos. Mas os rumores que vinham de Bauchi não eram apenas rumores. Os confrontos na cidade, na última segunda-feira, instigados por uma seita islâmica, deixaram 38 mortos.

Fonte: Uol

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