A cantora Eyshila foi surpreendida pela equipe da Central Gospel Music que lhe entregou o Disco de Ouro pela venda de mais de 40 mil cópias do CD “Jesus, o Brasil Te Adora”, lançado recentemente.
A entrega do certificado foi feita no dia 20 de dezembro na sede da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo durante o culto de consagração deste que é o primeiro álbum de Eyshila pela nova gravadora.
A cantora estava animada com a presença de seus grandes amigos e acabou se emocionando com a entrega do Disco de Ouro. “Agradeço à Elba, ao Pr. Silas, à Central Gospel Music e aos meus amigos. Quero profetizar que a gravadora vai vender milhões de CDs, não só o meu”, disse.
O presente foi entregue pelo próprio pastor Silas Malafaia que é presidente da gravadora. “A Eyshila é um dos grandes nomes da música gospel. O Disco de Ouro é resultado do trabalho e da dedicação de toda a equipe da Central Gospel Music juntamente com ela. Estão todos de parabéns!”, disse o líder religioso.
Entre os amigos que estavam presentes nesse momento tão importante podemos destacar a cantora Jozyanne que comentou o sucesso de Eyshila dizendo que a vitória é de toda a equipe da gravadora. “A vitória da Eyshila é a nossa vitória! Que Deus continue abençoando esse ministério”.
Duas participações especiais do culto também comentaram este prêmio que foram os cantores Davi Sacer e Verônica Sacer. “Antes mesmo de conhecer a Eyshila, ela já fazia parte da nossa vida. Jesus, o Brasil Te adora é um CD lindo! O que tem por vir na vida da Eyshila é maior do que ela está esperando”, disse o cantor.
Fonte: Gospel Prime
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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Casas de cristãos são demolidas em Orissa, Índia
Autoridades da vila de Raikia demoliram casas que pertenciam a cristãos tribais da comunidade. A explicação oficial: as casas estavam perto de uma estrada que será expandida. Mas na verdade, um rico proprietário de terras supostamente corrompeu os funcionários do governo para que pudesse tomar posse do terreno.
As autoridades locais da vila de Raikia (distrito de Kandhamal, no Estado de Orissa) destruíram 12 casas pertencentes a famílias cristãs. De acordo com a explicação oficial, o governo precisava do terreno em que as casas estavam para alargar a estrada. Na realidade, um rico proprietário de terras supostamente pressionou a administração do distrito, no intuito de tomar posse da área. O incidente ocorreu em 12 de dezembro, mas a notícia se espalhou apenas nos últimos dias.
Pela manhã, autoridades locais e policiais chegaram à estrada principal de Raikia, a 300 metros do local onde as casas estavam. Pouco depois, um trator iniciou a demolição. Um dos inquilinos, Niranjan Samal, um inspetor escolar, tentou protestar. Os agentes o prenderam, e em seguida, sua casa foi demolida. No total, três casas foram demolidas, enquanto outras nove foram parcialmente destruídas.
Sandip Nayak, um dos cristãos afetados, disse: "Minha mãe foi avisada para que desocupasse a casa em 6 de dezembro, porque a mesma estava em terras de propriedade do governo, embora ela e os outros anciãos paguem o aluguel regularmente, há anos". De acordo com o jovem, a necessidade de alargar a estrada é apenas uma desculpa para esconder o interesse de Piklu Sabat, um rico empresário de Raikia, nas terras. Na verdade, ele possui terras atrás das casas, e no passado já havia tentado comprá-las, oferecendo dinheiro para as famílias. Elas se recusaram, então, após o incidente o homem supostamente resolveu corromper as autoridades locais.
"Ao privar os cristãos de terem seu próprio teto", acusa Sajan George, presidente do Conselho Mundial de Cristãos Indianos (GCIC), "o governo de Raikia criou uma nova Belém. Assim como Jesus nasceu numa manjedoura, essas mulheres e crianças vão passar o Natal no frio, em extrema pobreza, e abandonadas por seu próprio governo".
As autoridades locais da vila de Raikia (distrito de Kandhamal, no Estado de Orissa) destruíram 12 casas pertencentes a famílias cristãs. De acordo com a explicação oficial, o governo precisava do terreno em que as casas estavam para alargar a estrada. Na realidade, um rico proprietário de terras supostamente pressionou a administração do distrito, no intuito de tomar posse da área. O incidente ocorreu em 12 de dezembro, mas a notícia se espalhou apenas nos últimos dias.
Pela manhã, autoridades locais e policiais chegaram à estrada principal de Raikia, a 300 metros do local onde as casas estavam. Pouco depois, um trator iniciou a demolição. Um dos inquilinos, Niranjan Samal, um inspetor escolar, tentou protestar. Os agentes o prenderam, e em seguida, sua casa foi demolida. No total, três casas foram demolidas, enquanto outras nove foram parcialmente destruídas.
Sandip Nayak, um dos cristãos afetados, disse: "Minha mãe foi avisada para que desocupasse a casa em 6 de dezembro, porque a mesma estava em terras de propriedade do governo, embora ela e os outros anciãos paguem o aluguel regularmente, há anos". De acordo com o jovem, a necessidade de alargar a estrada é apenas uma desculpa para esconder o interesse de Piklu Sabat, um rico empresário de Raikia, nas terras. Na verdade, ele possui terras atrás das casas, e no passado já havia tentado comprá-las, oferecendo dinheiro para as famílias. Elas se recusaram, então, após o incidente o homem supostamente resolveu corromper as autoridades locais.
"Ao privar os cristãos de terem seu próprio teto", acusa Sajan George, presidente do Conselho Mundial de Cristãos Indianos (GCIC), "o governo de Raikia criou uma nova Belém. Assim como Jesus nasceu numa manjedoura, essas mulheres e crianças vão passar o Natal no frio, em extrema pobreza, e abandonadas por seu próprio governo".
Polícia se prepara para aumentar a segurança das igrejas durante o Natal na Indonésia
A Polícia da Indonésia se comprometeu em reforçar a segurança das igrejas registradas (mais de 38 mil) em todo o país durante as festividades de Natal e Ano Novo. As Igrejas ficam muito vulneráveis aos ataques durante as festas cristãs
A iniciativa é parte de esforços mais amplos com o intuito de proteger a comunidade contra possíveis ataques terroristas entre 23 de dezembro e 1° de janeiro. A polícia já identificou sete áreas, que são os principais alvos de ataques, com base em incidentes passados e tendências atuais: Java Oriental, Java Central, Jacarta, Sumatra do Norte, Sulawesi Central, Bali e Malaku.
Assim como oferecer maior proteção às igrejas, medidas de segurança também serão tomadas na rede de transporte, em locais de turismo e nos shoppings.
As igrejas, em certos países de maioria muçulmana, são extremamente vulneráveis a ataques durante as festas cristãs. Na Indonésia, os cristãos estão sob ameaça de grupos islâmicos que querem eliminar o cristianismo do país.
Igrejas de todo o país foram alvo de ataques coordenados na noite de Natal, do ano 2000, 19 pessoas foram mortas e cerca de 100 ficaram feridas. As bombas explodiram pouco antes dos cultos matutinos começarem. A maioria dos explosivos foi deixada em carros do lado de fora dos templos.
As bombas explodiram em igrejas em Jacarta, Bekasi, Medan, Sukabumi, Mojokerto, Bandung, e na ilha de Batam e Lomok. Onze bombas não detonadas foram encontradas em Sumatra.
Embora nenhum outro atentado dessa magnitude tenha sido feito contra a Igreja indonésia desde então, os cristãos continuam a enfrentar o assédio e a violência de muçulmanos radicais, que são particularmente hostis à presença das igrejas, tornando-as alvos de ataques.
O grupo radical islâmico Jemaah Islamiyah realizou os atentados de 2000 na véspera de Natal. Abu Bakar Bashir, suposto líder espiritual do grupo, foi condenado no ano passado (2011) a 15 anos de prisão por seu envolvimento nos atentados contra as igrejas, bem como outros delitos.
Fonte: Missão Portas Abertas
A iniciativa é parte de esforços mais amplos com o intuito de proteger a comunidade contra possíveis ataques terroristas entre 23 de dezembro e 1° de janeiro. A polícia já identificou sete áreas, que são os principais alvos de ataques, com base em incidentes passados e tendências atuais: Java Oriental, Java Central, Jacarta, Sumatra do Norte, Sulawesi Central, Bali e Malaku.
Assim como oferecer maior proteção às igrejas, medidas de segurança também serão tomadas na rede de transporte, em locais de turismo e nos shoppings.
As igrejas, em certos países de maioria muçulmana, são extremamente vulneráveis a ataques durante as festas cristãs. Na Indonésia, os cristãos estão sob ameaça de grupos islâmicos que querem eliminar o cristianismo do país.
Igrejas de todo o país foram alvo de ataques coordenados na noite de Natal, do ano 2000, 19 pessoas foram mortas e cerca de 100 ficaram feridas. As bombas explodiram pouco antes dos cultos matutinos começarem. A maioria dos explosivos foi deixada em carros do lado de fora dos templos.
As bombas explodiram em igrejas em Jacarta, Bekasi, Medan, Sukabumi, Mojokerto, Bandung, e na ilha de Batam e Lomok. Onze bombas não detonadas foram encontradas em Sumatra.
Embora nenhum outro atentado dessa magnitude tenha sido feito contra a Igreja indonésia desde então, os cristãos continuam a enfrentar o assédio e a violência de muçulmanos radicais, que são particularmente hostis à presença das igrejas, tornando-as alvos de ataques.
O grupo radical islâmico Jemaah Islamiyah realizou os atentados de 2000 na véspera de Natal. Abu Bakar Bashir, suposto líder espiritual do grupo, foi condenado no ano passado (2011) a 15 anos de prisão por seu envolvimento nos atentados contra as igrejas, bem como outros delitos.
Fonte: Missão Portas Abertas
Primeiro-ministro do Iraque pede a cristãos que não fujam do país
Um clérigo islâmico radical emitiu uma fatwa* ameaçando cristãos iraquianos de morte, a menos que se convertam ao islamismo. O primeiro-ministro pede aos cristãos que permaneçam no país
O ultimato foi emitido pelo aiatolá Ahmad Al Hassani Al Baghdadi, em 13 de dezembro, pela televisão egípcia. Ele chamou os cristãos de "politeístas" e "amigos dos sionistas", e disse que "as suas mulheres e filhas podem ser, legitimamente, consideradas esposas de muçulmanos".
Os cristãos de Bagdá disseram que a fatwa poderia provocar alvoroço na capital, onde hoje existem poucos cristãos.
O pronunciamento do líder islâmico lançou dúvidas sobre a possível reabertura de uma igreja de Bagdá, que foi palco de um massacre sangrento em 31 de outubro de 2010; cerca de 58 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas em um ataque coordenado pela Al-Qaeda.
Na cerimônia de inauguração da igreja, sexta-feira (14 de dezembro), o premiê iraquiano Nuri al-Maliki disse: “Exorto os países da UE (União Européia) que não encorajem os cristãos iraquianos a sair do país, vivemos lado a lado e gozamos de harmonia e boas relações”. Ele pediu aos cristãos que permanecessem no Iraque “para que o Oriente não fique sem cristãos”.
O ataque à igreja em Bagdá foi o pior registrado contra cristãos iraquianos, que sofreram uma série de ameaças, sequestros e assassinatos após a invasão liderada pelos EUA, em 2003. Consequentemente, centenas de milhares de cristãos fugiram do Iraque: o número de cristãos caiu de 1,5 milhões, em 1990, para menos de 400 mil hoje.
Muitos dos que fugiram das áreas mais perigosas, como Bagdá e Mosul foram para a região autónoma do Curdistão iraquiano.
Em uma conferência em Washington, no início deste mês, chamada “A Situação das Comunidades cristãs no Curdistão iraquiano: Desafios e Oportunidades”, um grupo de peritos concluiu que os cristãos são bem tratados lá se comparado com outras regiões do país.
Dr. Herman Teule, diretor do Instituto de Estudos Cristãos Orientais da Universidade Radbound na Holanda, disse que os cristãos da região curda foram envolvidos na política e beneficiados por programas governamentais destinados a ajudar na construção de casas para os refugiados cristãos e na reforma de igrejas danificadas.
Robert A. Destro, diretor do Programa Interdisciplinar em Direito e Religião na Universidade Católica da América, disse: “É uma questão relativa de aceitação e liberdade. Não é nada como o que temos aqui. Há uma contínua luta pela sobrevivência.
É muito mais fácil, por exemplo, ser cristão no Curdistão iraquiano, porque os cristãos não são vistos ali como uma força invasora do Ocidente.”
*Fatwa: É um parecer ou decisão jurídica, emitida por um estudioso islâmico, sobre assuntos específicos que, normalmente, não são claros ou de difícil compreensão na jurisprudência islâmica (Fiqh).
Fonte: Missão Portas Abertas
O ultimato foi emitido pelo aiatolá Ahmad Al Hassani Al Baghdadi, em 13 de dezembro, pela televisão egípcia. Ele chamou os cristãos de "politeístas" e "amigos dos sionistas", e disse que "as suas mulheres e filhas podem ser, legitimamente, consideradas esposas de muçulmanos".
Os cristãos de Bagdá disseram que a fatwa poderia provocar alvoroço na capital, onde hoje existem poucos cristãos.
O pronunciamento do líder islâmico lançou dúvidas sobre a possível reabertura de uma igreja de Bagdá, que foi palco de um massacre sangrento em 31 de outubro de 2010; cerca de 58 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas em um ataque coordenado pela Al-Qaeda.
Na cerimônia de inauguração da igreja, sexta-feira (14 de dezembro), o premiê iraquiano Nuri al-Maliki disse: “Exorto os países da UE (União Européia) que não encorajem os cristãos iraquianos a sair do país, vivemos lado a lado e gozamos de harmonia e boas relações”. Ele pediu aos cristãos que permanecessem no Iraque “para que o Oriente não fique sem cristãos”.
O ataque à igreja em Bagdá foi o pior registrado contra cristãos iraquianos, que sofreram uma série de ameaças, sequestros e assassinatos após a invasão liderada pelos EUA, em 2003. Consequentemente, centenas de milhares de cristãos fugiram do Iraque: o número de cristãos caiu de 1,5 milhões, em 1990, para menos de 400 mil hoje.
Muitos dos que fugiram das áreas mais perigosas, como Bagdá e Mosul foram para a região autónoma do Curdistão iraquiano.
Em uma conferência em Washington, no início deste mês, chamada “A Situação das Comunidades cristãs no Curdistão iraquiano: Desafios e Oportunidades”, um grupo de peritos concluiu que os cristãos são bem tratados lá se comparado com outras regiões do país.
Dr. Herman Teule, diretor do Instituto de Estudos Cristãos Orientais da Universidade Radbound na Holanda, disse que os cristãos da região curda foram envolvidos na política e beneficiados por programas governamentais destinados a ajudar na construção de casas para os refugiados cristãos e na reforma de igrejas danificadas.
Robert A. Destro, diretor do Programa Interdisciplinar em Direito e Religião na Universidade Católica da América, disse: “É uma questão relativa de aceitação e liberdade. Não é nada como o que temos aqui. Há uma contínua luta pela sobrevivência.
É muito mais fácil, por exemplo, ser cristão no Curdistão iraquiano, porque os cristãos não são vistos ali como uma força invasora do Ocidente.”
*Fatwa: É um parecer ou decisão jurídica, emitida por um estudioso islâmico, sobre assuntos específicos que, normalmente, não são claros ou de difícil compreensão na jurisprudência islâmica (Fiqh).
Fonte: Missão Portas Abertas
Taxista evangélico levado a delegacia por impedir homossexuais de se beijar no carro
Um taxista evangélico foi para a delegacia denunciado por um casal de homossexuais de se negar a levar os passageiros ao seu local de destino.
O taxista, Ezer Gomes de Barros, teria pedido aos dois que não se beijassem dentro do veículo e foi ignorado. Os passageiros saiam do aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (20).
Ao ter seu pedido ignorado, o taxista, então parou nas imediações do aeroporto, na Ilha do Governador, onde se negou a seguir viagem. Os rapazes chamaram a polícia, que levou todos para a delegacia.
O motorista do taxi alegou ter ficado constrangido com a cena, dizendo não ter expulsado os dois, mas que apenas pediu para não namorarem no veículo. Ele ainda afirmou que pediria o mesmo a um casal heterossexual.
O motorista que será acusado de injúria, pode cumprir pena de um a seis meses de detenção ou multa. A ocorrência foi levada para o Juizado Especial Criminal (Jecrim).
Fonte: The Christian Post
O taxista, Ezer Gomes de Barros, teria pedido aos dois que não se beijassem dentro do veículo e foi ignorado. Os passageiros saiam do aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (20).
Ao ter seu pedido ignorado, o taxista, então parou nas imediações do aeroporto, na Ilha do Governador, onde se negou a seguir viagem. Os rapazes chamaram a polícia, que levou todos para a delegacia.
O motorista do taxi alegou ter ficado constrangido com a cena, dizendo não ter expulsado os dois, mas que apenas pediu para não namorarem no veículo. Ele ainda afirmou que pediria o mesmo a um casal heterossexual.
O motorista que será acusado de injúria, pode cumprir pena de um a seis meses de detenção ou multa. A ocorrência foi levada para o Juizado Especial Criminal (Jecrim).
Fonte: The Christian Post
Saiba como é o Natal dos mais de 4 milhões de brasileiros que não comemoram a data
Liat e o pai, o rabino More Ventura, com o candelabro da celebração do Hanukkah
No mês de dezembro, as luzes, árvores de Natal e papais noéis parecem estar em toda a parte, mas para milhões de brasileiros o dia 25 não significa nada de especial. Mais precisamente, 4,2 milhões de brasileiros declaram pertencer a religiões que não comemoram a data, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Liat Ventura, de 13 anos, é uma delas. Judia e filha de rabino, a menina nunca ganhou um presente de Natal, mas diz não se importar com isso. "Quando era bem menor, até queria ganhar alguma coisa também, pedia para meus pais. Mas eles me explicavam e eu acabava entendendo que aquela era uma festa para algumas pesssoas, mas não para nós", conta.
Ainda que não comemore, já participou de uma ceia de Natal na casa de amigos da família, uma experiência que classifica como "maravilhosa". "Tenho amigos cristãos, amigos judeus, e não existe nenhum constrangimento por causa do Natal. Mas é claro que meus amigos não ficam falando ‘ganhei isso’, ‘ganhei aquilo’", afirma.
O pai de Liat, o rabino More Ventura, diz que mesmo os judeus não conseguem ficar completamente alheios ao Natal no Brasil. "Minha família está no país há cem anos, estamos rodeados de amigos que estão em festa, então também ficamos felizes", afirma. Por isso, participa de bom grado de confraternizações, amigos secretos, ajuda em caixinhas para funcionários e gosta de ver corais e enfeites de Natal pelas ruas. "Por mais que a gente não comemore, a gente se sensibiliza."
Além disso, para os judeus, o mês de dezembro também é um mês de festivo. Nesta época eles celebram o Hanukkah, ou festa das luzes. A comemoração dura oito noites e lembra uma vitória dos judeus contra uma província grega que tentava impor o politeísmo, há 2.200 anos. Também teria havido um milagre: o óleo para acender as velas do templo, que seria suficiente para apenas um dia, durou oito. "A gente junta a família, canta, come, acende o candelabro e conta a história da data", conta o rabino sobre como a festa é celebrada. "Muito interessante que em alguns prédios em Higienópolis (bairro com alta concentração de judeus em São Paulo), enfeita-se a entrada com uma árvore de Natal e um candelabro, lado a lado."
As irmãs Taynara e Tasnim Mustafa, de 10 e 4 anos, são muçulmanas como os pais e, por isso, também não comemoram o Natal. Como Liath, nunca acreditaram em Papai Noel, mas ainda assim, é comum ganharem algum presente dos parentes da mãe, que são cristãos. Mesmo quando não recebe nada, Taynara garante que não se incomoda: "Sei que são coisas que não preciso. Se eles me derem, pego por respeito".
- Hanan Mustafa e as filhas são muçulmanas, mas gostam de ver a cidade enfeitada
Hanan e as filhas Taynara e Tasnim são muçulmanas, mas gostam de ver a cidade enfeitada
As filhas parecem ter aprendido a lição. Questionada se já contou para algum colega que Papai Noel não existe, Taynara garante que nunca fez isso. "Cada um pensa o que gosta. Eu acredito que não existe, mas tem criança que acredita", diz.
Mesmo que elas não estejam celebrando, as meninas gostam de ver a cidade enfeitada por causa da festa cristã. "Não temos problemas em levá-las para ver árvore de Natal ou Papai Noel no shopping, pois não podemos esconder. E, vamos combinar, são lindas de se ver as decorações", diz Hanan.
Cristãos sem Natal
Ironicamente, entre as religiões que não comemoram o Natal, as duas que têm maior número de adeptos no Brasil são cristãs: Congregação Cristã no Brasil e Testemunhas de Jeová. Os integrantes dessas religiões afirmam que Jesus não nasceu nesse período do ano, que a Biblía não orienta a comemorar seu nascimento e que a festa de Natal é puramente comercial.
Mãe de duas meninas pequenas, de 7 e 2 anos, e membro da Congregação Cristã no Brasil desde que nasceu, Tatiane Gonçalves afirma que as crianças não sentem falta do Natal se tudo for bem explicado. "Minha mãe dizia isso para mim quando eu era pequena, e é o que digo a elas: amar, estar com a família, trocar presentes com quem a gente gosta são coisas que devem ser feitas o ano inteiro, não em um dia só. O Natal é comércio", diz.
Como a muçulmana Hanan, embora não dê presentes, Tatiane tampouco proíbe que outras pessoas presenteiem suas filhas. "A Giovana (a filha mais velha) faz aniversário em dezembro e tem uma tia que sempre dá dois presentes, dizendo: um pelo aniversário, outro pelo Natal. Ela abre e brinca com os dois sem questionar", conta.
Para a mãe, a questão do Natal só fica um pouco mais complicada de explicar para as filhas quando se trata dos enfeites. "Claro que uma árvore enfeitada é bonita, mas para a gente é como uma idolatria. Esse é um ponto é difícil de as crianças pequenas entenderem. Então, quando vamos a um shopping, deixo elas verem, se divertirem, mas logo chamo atenção para outra coisa e elas esquecem", conta.
FONTE . UOL.COM.BR
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