quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Disfarçados de policiais, dupla rouba e mantém pastor refém

Um pastor de 21 anos foi assaltado no último domingo (15) no Rio Grade do Sul por dois criminosos que se vestiram com roupas de policiais.
O crime aconteceu na BR-386, em Paverama, a 72 km de Porto Alegre, os dois homens se aproximaram do pastor e simularam uma abordagem policial.
Eles conseguiram convencer o jovem a parar o carro e logo em seguida anunciaram o assalto.
De acordo com o depoimento da vítima, os falsos policiais estavam fortemente armados com pistolas e coletes a prova de balas com a escritura da polícia na frente, o que fez com que ele acreditasse que se tratava mesmo de policiais.
O pastor foi feito refém e forçado a ficar no banco de trás do carro enquanto os assaltantes fugiam. O jovem foi deixado em uma estrada na zona rural de Paverama e o veículo foi roubado. Com informações G1.

Se a sua igreja vende voto por tijolo, ela é corrupta, diz Rubens Teixeira

O teólogo e doutor em Direito Rubens Teixeira participou do programa “Antenados”, da Rede Super, e fez alguns alertas ao povo evangélico sobre o pedido de votos feito por alguns líderes evangélicos.
O primeiro alerta se refere aos motivos pelos quais esses líderes estão pedindo votos. “Se você não souber o porquê, me desculpe, mas é porque você está sendo alienado”, disse. Teixeira pede cuidado aos eleitores, pois ao votar só pela indicação do pastor o fiel está ajudando a construir um “país alienado”. “Você tem que saber por que você vota”.
A indicação só vale se o religioso souber explicar o que tal candidato fez de bom para o país. “Deus te dá o livre arbítrio de votar, o Estado brasileiro também dá pela democracia e aí você se deixa enganar por um show”.
Rubens Teixeira afirmou também que aceitar promover um político em troca de favores é se corromper. “Se a sua igreja vende voto por tijolo, a sua igreja é corrupta e você também. Se a sua igreja pede dinheiro para político de onde ele vai tirar dinheiro?”, questiona.
O teólogo se refere aos acordos entre líderes e candidatos. Muitas vezes as igrejas abrem espaços para pedir votos e em troca recebe benefícios que acabam saindo dos cofres públicos, caso o candidato ganhe a eleição.
“Vamos parar com esta patifaria”, diz ele dizendo que o direito ao voto não pode ser tirado por ninguém, independente do título eclesiástico.

GP

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Marisa Lobo responde a ataques baixos e gratuitos da Folha de S. Paulo

Em artigo para o blog do ativista cristão Julio Severo (juliosevero.blogspot.com), a psicóloga cristã Marisa Lobo falou sobre os ataques do jornal Folha de São Paulo contra ela. Os ataques podem ser vistos AQUI e AQUI. Abaixo, segue o artigo-resposta da psicóloga:
Não entendi como a Folha de São Paulo, um jornal que se diz de grande expressão, perde tempo com uma psicóloga que, segundo a própria Folha, se diz “cristã.” Falta de assunto? Ou tentativa de uma repórter ativista ateísta de difamar, desconstruir, humilhar uma mulher (heterossexual) apenas por ter opinião contrária  e por representar um entrave para suas causas — conquistar privilégios e não direitos.
Para quê publicar três versões na internet? Fiquei lisonjeada com tanto IBOPE.” Apesar da tentativa de ridicularização, penso que foi propaganda de graça. Gosto de marcar posições. Não sou mulher de ficar em cima do muro e tão pouco agradar a ninguém para ficar bem na fita.
Claro que a tentativa é sempre de nos desconstruir e ridicularizar. Quero dizer aos irmãos, colegas e pastores que não disse nem metade do que essa “pseudo jornalista” publicou. Todas as tentativas de me ridicularizar foram palavras dela, interpretação dela. Achei desnecessário ela falar da camisa do meu marido, do salgadinho que ele estava comendo. Além disso, ela o chama de “baixinho” e por aí vai.
Jamais falei em tom de deboche de ninguém, ou da religião de alguém. Cadê a imprensa séria e imparcial? Agiu como o pior dos piores folhetins de quinta.
Falou da minha roupa e do meu sapato, porque não tinha o que falar de mim. Então, inventou algo que os militantes radicais gostam de falar: roupas, sapatos, joias, bizarrices idiotices, ou seja, coisa de gente vazia, gente que não acredita em Deus e por isso, tentativa de destruir todos os que acreditam em suas teoria inventadas e em seu “poder “ de mídia.
Eu sabia que ia ser uma tentativa de desconstrução, claro. Não fui dar uma entrevista na ingenuidade. Mas a maldade e a mesquinhez de uma pseudo-profissional me causou  indignação. Mas depois, muitos risos, porque foi realmente uma propaganda de graça que atingiu todo Brasil.
Eu não disse que vou lutar para inibir a homossexualidade. Isso é mentira. Eu disse que vou lutar pelos direitos reais do ser humano. Se ele desejar ou não pessoas do mesmo, isso é um direito dele.
Eu vou lutar contra a sexualização precoce das crianças nas escola. Mas isso, claro, ela não falou. Apenas fez o que são ótimos em fazer: manipular a escrita. É tão surda que ouve o que já está programada para ouvir. Depois, nós é que somos alienados.
Eu não disse que pedia para meu amigo gay, com AIDS, para parar de fazer “macumba” simplesmente. É que ele explorava as pessoas, e eu temia que um dia alguém o prendesse ou denunciasse. Então, eu dava-lhe bons conselhos, mesmo porque nesta época eu nem era evangélica. Eu era eclética, ou seja, curtia toda e qualquer religião. Apenas não gostava de vê-lo tirando dinheiro das pessoas. Acho que a repórter não entendeu ou estava tão ansiosa para me pegar que nem se tocou que falava de uma época que detestava crente.
Logo eu não poderia ter dito para meu amigo gay, com AIDS, que ele ia para o inferno. Eu nem acreditava nisso. Ele que me pediu para ler a Bíblia e eu li e fiz orações. Ele que dizia que não queria ir para o inferno. Nos seus delírios de febre, ele dizia que queria ver Deus, e eu fui usada mesmo sem saber para proporcionar essa alegria. Detalhe: eu  ainda era estudante .
Mas creio que o pior foi ter falado com deboche do meu pai, um homem com uma história de luta e tristeza. Por aí podem perceber como destilam ódio e veneno sem nem se preocupar com a dor que podem causar. A consideração é pelos seus umbigos, privilégios e alienações.
Perdem-se em suas tentativas de desconstruir os cristãos. A “jornalista” tentou me humilhar porque confidenciei que minha mãe  foi prostituta, e que  fui abandonada pela mãe aos seis anos, e que sou fruto de um aborto que não deu certo. Sofri preconceito e muito, mas, como sou evangélica, ter tido uma mãe prostituta, ter sido abandonada pela mãe, ter quase sido abortada é uma vergonha. Preconceito por crianças abandonadas? Preconceito por alguém que teve uma mãe na prostituição? Preconceito por alguém que quase foi abortado?
Não falei que sou a “coach” do Feliciano. Eu disse que fui uma espécie de coach, uma amiga que é psicóloga e que deu orientação — nesse caso, informal — para um amigo que estava vivendo um momento muito difícil por causa da Comissão de Direitos Humanos. Como ele mesmo confirmou, Marco Feliciano nunca deitou no meu divã. Eu não sou analista ou psicanalista nem uso divã. Aliás, uso o face a face. Sigo a linha cognitiva comportamental e não psicanalista ou psicoanalista.
Não posso ser “guru” dele ou de ninguém. Erro grave cometido por uma jornalista que se diz estudada, conhecedora de religião, mas não sabe que guru nada tem a ver com evangélicos. Jamais iria expor um amigo  ou uma pessoa a quem tenho aconselhado. Apenas citei que dei alguns conselhos, para o Feliciano  saber como lidar com os traumas de suas filhas causados por pessoas como essa jornalista, com militância gay desonesta.
Enfim foi tanta tentativa de me tachar de “homofóbica” por tabela que ficou claro, mais uma vez, que a Folha é cristofóbica e intelectualmente desonesta.
Fonte: Blog do Júlio Severo

Revista gay escolhe Papa Francisco 'personalidade do ano' nos EUA

Revista gay escolhe Papa Francisco 'personalidade do ano' nos EUA (Foto: Reprodução)Revista gay escolhe Papa Francisco
'personalidade do ano' nos EUA; foto põe símbolo
de campanha pró-casamento gay no rosto do
pontífice (Foto: Reprodução)
A tradicional revista americana pró-direitos dos gays "The Advocate" escolheu o Papa Francisco como sua "personalidade do ano" de 2013 nesta terça-feira (17), mesmo dia em que o pontífice argentino celebra seu aniversário de 77 anos.
A revista argumentou que concedeu a honraria ao Papa porque, ainda que ele se mantenha contrário ao casamento gay, seu pontificado demonstrou uma "profunda mudança na retórica (anti-gay) em relação a seus predecessores".
A capa destaca uma frase de Francisco dada em entrevista em julho: "Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?"
A revista afirma que a organização gay católica "Equally Blessed" (Igualmente Abençoados) considerou a frase "algumas das mais encorajadoras palavras que um pontífice já disse sobre gays e lésbicas".
À época, o Vaticano frisou que as palavras do Papa não mudavam a posição da Igreja Católica, de que as tendências homossexuais não são pecaminosas, mas os atos, são.
Ainda assim, a comunidade gay e muitos heterossexuais na Igreja saudaram o que viram como uma mudança de ênfase e um pedido para que a Igreja tenha mais compaixão e menos condenação.
A Advocate disse que ninguém deve "subestimar a capacidade de qualquer papa de convencer corações e mentes na abertura para pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais)".
Na semana passada, a revista "Time" concedeu o mesmo prêmio ao Papa Francisco, elogiando o pontífice por ter mudado a mensagem da Igreja Católica em prol do perdão em vez da condenação.

Sucessores de Mandela precisam combater outros apartheids, diz pastor Jesse Jackson

Conhecido por participar da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos ao lado de Martin Luther King, o pastor Jesse Jackson disse que, depois do apartheid (segregação racial), a África do Sul precisa lutar contra segregações de seu povo, geradas por séculos de desigualdades. Ele acredita, contudo, que o país tem um futuro promissor.
"A África do Sul tem um futuro brilhante. O maior problema é que, embora o país seja livre, continua desigual. As grandes diferenças acabam gerando um apartheid nas terras, na saúde, na educação e na distribuição de renda. Esses gargalos precisam ser resolvidos para se ter um novo país", acrescentou. Segundo ele, que participou das cerimônias do funeral de Nelson Mandela em Pretória e Qunu, onde o corpo foi enterrado, o ex-presidente construiu os alicerces para esse avanço.
Mandela contribuiu para a união do país e o fim da segregação racial. Quando presidente, adotou um novo hino nacional, mesclando o hino do Congresso Nacional Africano (CNA) – partido de negros que lutavam contra o apartheid – com o africâner (língua falada no país), além de uma nova bandeira, unindo os símbolos das duas instituições.
No próximo ano, a África do Sul comemora 20 anos de liberdade e democracia. Também promove eleições presidenciais. Depois de cumprir um mandato no governo, Mandela ajudou seu partido a vencer três eleições seguidas. Suceder um ícone mundial, símbolo de resiliência e exemplo para o mundo, contudo, não é tarefa fácil. Nem para os governantes nem para a população.
Thabo Mbeki, vice de Mandela, foi eleito e reeleito, mas teve de renunciar antes de completar o segundo mandato por falta de apoio no próprio CNA. Como presidente, ele negava a ligação entre o vírus HIV e a Aids e, por isso, se negava a distribuir remédios antivirais, o que levou seu antecessor a se manifestar publicamente, contrariando Mbeki. Em 2005, cerca de 30% das mulheres grávidas e 20% da população adulta estavam infectadas pelo vírus.
Jacob Zuma, o atual presidente, enfrenta desconfiança da população após casos de corrupção serem divulgados, como o uso de aproximadamente US$ 20 milhões em recursos públicos para melhorias em uma propriedade particular de sua família. Como reflexo da impopularidade, no dia 11, quando um tributo foi realizado para Mandela no Estádio Soccer City, em Joanesburgo, Zuma foi vaiado na frente de 90 chefes de Estado.
Após 95 anos de contribuição ao país, Mandela continuará permeando a política local. Seu neto Mandla Mandela agradeceu várias vezes o apoio do CNA durante o funeral. O líder é unanimidade entre a população, o governo não. Ele foi um dos responsáveis pelo fim do regime do apartheid e a consolidação de instituições mais receptivas e igualitárias. Na era pós-Mandela, seus sucessores têm a responsabilidade de combater os outros apartheids, como defende Jesse Jackson.

Valdemiro Santiago participa do Programa do Ratinho

Valdemiro Santiago participa do Programa do RatinhoValdemiro Santiago participa do Programa do Ratinho
    O apóstolo Valdemiro Santiago esteve na sede do SBT nesta segunda-feira (16) para gravar o Programa do Ratinho.
    Ele participou do quadro “Dois Dedos de Prosa” onde personalidades são convidadas para bater um papa com o apresentador.
    Entre as perguntas feitas por Ratinho está o motivo que fez Santiago sair da Igreja Universal do Reino de Deus. O fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus respondeu que saiu porque viu “coisas lá que não gostou”.
    De acordo com o site “Notícias da TV”, Ratinho não entrou em polêmicas. O convite para que o religioso participasse do programa aconteceu ao vivo no Domingo Legal. Carlos Massa fez questão de esclarecer o suposto desentendimento que eles tiveram em 2011, quando o apresentador acusou um pastor da Igreja Mundial de estelionato.
    O apresentador ficou enfurecido com o vídeo da internet que mostrava um homem que pegou a toalha vendida na igreja e passou na porta do banco, tendo suas dívidas quitadas milagrosamente.
    Ao saber da crítica, Valdemiro Santiago rebateu e disse que Ratinho “ofendeu e humilhou essa obra para ter audiência”.
    No programa de Celso Portiolli, Santiago disse que tudo foi um “mal-entendido” dizendo que hoje entende que Ratinho não sabia quem era o líder da igreja criticada e afirmou que é muito amigo de Ratinho Júnior.
    A participação de Valdemiro Santiago no Programa do Ratinho vai ser exibida na próxima quinta-feira (19) a partir das 22h.


    GP

    Marco Feliciano diz que 'Nelson Mandela implantou a cultura da morte'


    Em entrevista ao portal iG, deputado e pastor Marco Feliciano critica líder sul-africano por aprovação de lei que autoriza aborto, revela sonhar com Senado e afirma que em hipótese alguma apoiará reeleição de Dilma.

    O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) polemiza ao falar sobre o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, morto no último dia 5 de dezembro. Apesar de homenagear Mandela com um minuto de silêncio durante a última sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Feliciano dispara contra o líder negro por causa da aprovação de lei de aborto na África do Sul.

    "Quem mata uma criança, para mim, não é meu amigo. Então Mandela implantou a cultura que chamamos de cultura da morte dentro da África do Sul", diz Feliciano, em entrevista ao iG. "E até hoje os índices de aborto na África do Sul são dos maiores do mundo. Então, nesse quesito, Mandela não foi feliz", criticou o deputado. Em 1996, a legalização do aborto foi tomada por Mandela com base no alto índice de violência sexual contra a mulher. Segundo autoridades sul-africanas, cerca de 60 mil estupros são denunciados todos os anos no país.

    Apesar da crítica, Feliciano elogia a atuação de Mandela na questão da igualdade racial e promete uma homenagem ao líder da luta contra a segregação racial do apartheid. O deputado é relator do projeto de lei que pode destinar 20% das vagas em concursos público para negros. Ele antecipa que dará parecer favorável às cotas. “Meu voto vai ser uma homenagem a Mandela”, indica.

    O parlamentar avalia que deixou de ser um político somente identificado com a corrente evangélica para ocupar um espaço vago na preferência de eleitores conservadores, independentemente da orientação religiosa. “Talvez eu revelei ao país uma espécie de político que parece que está em extinção: o político com posicionamento”, afirma, ressaltando acreditar ser hoje no cenário político “uma pessoa firme que suporta pressão”.

    Isso alimenta o sonho de Feliciano em disputar uma vaga no Senado por São Paulo em 2014. O pastor diz que a decisão não depende apenas dele. É preciso avaliar a postulação ensaiada também por Eduardo Suplicy (PT), Gilberto Kassab (PSD), José Serra (PSDB). Em um cenário apenas com ele e Suplicy, o deputado diz que haveria uma “luta bonita”. “Se fosse só ele (o candidato no estado), entraria na disputa sem medo nenhum. Seria uma luta bonita, porque o sobrenome Suplicy está atrelado a tudo o que contraria a nós (evangélicos)”, diz.

    Feliciano compara a briga com Suplicy às históricas lutas entre os ex-boxeadores Mike Tyson e Evander Holyfield, em meados dos anos 1990. “Seria a luta do século (pelo Senado)”, diz, avaliando que uma candidatura a senador pode enfrentar dificuldades na hora de encontrar um candidato ao governo paulista disposto a tê-lo em seu palanque. “Não sei qual governador seria capaz de comprar essa briga”.

    Cabo eleitoral
    O presidente da Comissão de Direitos Humanos será cabo eleitoral do candidato do PSC à Presidência da República. Ele diz que já gostou de Eduardo Campos (PSB-PE), mas teve de desistir do presidenciável pernambucano depois de ler declarações dele sobre cobrança de impostos das igrejas. “Tinha simpatia (por Campos), já estive com ele”, conta. “Mas para que ferir um povo que tem peso de voto?”, questiona, emendando que Campos “é mal assessorado”.

    Críticas mais duras são dirigidas a ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), que Feliciano considera que poderia ter sido sua “mentora” política por também ser evangélica. Ele se diz desencantado com Marina depois de declarações nas quais ela sinalizou ser favorável à união civil (material) entre pessoas do mesmo sexo e contrária ao casamento homossexual, o que implicaria em reconhecimento religioso. “Por que negar sua fé? Só para inglês ver?”, critica Feliciano. “O meu problema com o casamento gay não é um papel, um documento. É o que o documento vai dar a eles (homossexuais), como a adoção. A Marina sabendo do nosso posicionamento se não se posicionou”.

    O tom sobe mais quando questionado sobre apoiar a presidente Dilma Rousseff, a quem acusa de não cumprir um acordo com correntes religiosas em relação à não aprovar leis favoráveis ao aborto. Em julho, Dilma sancionou lei estabelecendo direitos a mulheres vítimas de estupro – entre eles: oferta da pílula de emergência conhecidas como ‘pílula do dia seguinte’, que pode evitar a gravidez em até 72 horas após o ato sexual. “Quando a presidente assinou um documento dizendo que no mandato dela o aborto não seria votado, eu acreditei”, diz.

    Em 2010, a então candidata Dilma divulgou carta afirmando que não tomaria “a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no país”. A mudança foi decisiva para não apoiar a reeleição de Dilma. “Eu não posso caminhar ao lado dela”, afirma Feliciano.

    Direitos Humanos
    Feliciano fez um apanhado de sua atuação à frente da Comissão de Direitos Humanos e disse que o projeto de decreto legislativo 234/2011, conhecido como "projeto da cura gay", pode voltar à pauta da comissão em 2014. A proposta tenta suspender resolução do Conselho Federal de Psicologia que proíbe o tratamento da homossexualidade como doença. Feliciano diz que o texto pode ser colocado em votação pelo próximo presidente da comissão – o pastor deixará o cargo em fevereiro, quando o Congresso voltar do recesso. “O projeto não morreu, ele foi retirado de pauta. O autor do projeto, deputado João Campos (PSDB-GO), pode voltar (a colocá-lo em discussão) a qualquer momento no próximo pleito”, diz.

    O deputado avalia que houve excessos na discussão do projeto que, segundo ele, suspendia uma “resolução criminosa” do Conselho de Psicologia. “A maldita cura gay, que de cura não tem nada, é um projeto que sustava uma resolução que para mim é criminosa”, afirma. “Conheço pessoas que querem ajuda. A homossexualidade não é um assunto esgotado, não é científico, não existe um gene gay”, diz.

    A resposta ao ativismo gay tem sido trabalhada pela frente parlamentar evangélica na Comissão de Direitos Humanos do Senado, onde tramita o projeto de lei complementar (PLC 122/2006) que pretende colocar no mesmo patamar do racismo a discriminação ou o preconceito pela orientação sexual e identidade de gênero.

    A oposição do pastor e outros religiosos levou o senador Paulo Paim (PT-RS), relator do PLC 122, a retirar do texto a palavra homofobia e colocar um trecho dando liberdade aos templos de recusar pessoas que demonstrem afetividade diferente da sua orientação religiosa. Apesar das mudanças, a frente evangélica tentará obstruir a votação do PLC 122 na comissão do Senado. “Esse projeto é um projeto natimorto, demonizado como o da cura gay”, diz Feliciano. “Por mais que se tente melhorá-lo, já ficou uma marca de que ele é um projeto de gay contra evangélico.”

    Fonte: Portal iG