segunda-feira, 8 de junho de 2015

Parada Gay se transforma em desfile de insultos e provocações aos cristãos

Uma  afronta total desrespeito generalizado , foi assim a  marca oficial da marcha gay em SP .
Open in new windowUm bando de marginais , apoiados pelo prefeito petralha , atacaram a igreja , não respeitando nada e  ninguém . 
Uma boa parte se comportaram dentro de seus direitos legais , mas a  outra partiu para o ataque  e total desrespeito .


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Open in new window"Dizer que sou contra tudo isso NÃO PODE? Sou intolerante, né?", questiona Marco Feliciano ao compartilhar as imagens em sua rede social

Neste domingo (7), a avenida Paulista, em São Paulo, foi palco de mais uma edição da Parada Gay, que acontece todos os anos.

Mas o evento realizado para que lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais peça respeito e defendam suas preferências, parece ter se tornado um ajuntamento de desrespeito e ataque aos cristãos.

O que mais chamou a atenção da Parada Gay foram os insultos que os participantes exibiram com fantasias representando Jesus, a cruz, entre outras ideias.

Nas redes sociais, as imagens causam espanto e revolta, levando à mesma conclusão: 'Desrespeito'.

O pastor Marco Feliciano compartilhou as imagens em sua página no Facebook e escreveu:

Imagens que chocam, agridem e machucam.
Isto pode? É liberdade de expressão, dizem eles.
- Debochar da fé na porta denuda igreja pode?
- Colocar Jesus num beijo gay pode?
- Enfiar um crucifixo no anus pode?
- Despedaçar símbolos religiosos pode?
- Usar símbolos católicos como tapa sexo pode?
Dizer que sou contra tudo isso NÃO PODE? Sou intolerante né?


Nos comentários de sua postagens, alguns jovens homossexuais deixam claro não concordar com a atitude dos ativistas:

"Olha, eu sou lésbica e eu amo e tenho temor as mãos de Deus. Gente, quer brincar? brinque, mas não brinque com Deus. querem respeito desse jeito? isso que vocês estão fazendo é ridículo. Vocês se queixam tanto que os evangélicos falam muita babozeira, e estão dando dando razões para falarem. Tenho certeza que muitos gays e lésbicas estão com vergonha da atitude ridícula de vocês. Cade o respeito?" - Rayana Barreto.

"Sou gay mais isso é um absurdo! Claro que existem vários idiotas usando o nome de Deus por aí mas fazer isso é muito pior, sem temor algum!" - Rafael Gama.








VIA GRITOS DE ALERTA : INF.  Guia-me

Cristãos são impedidos de receber tratamento médico no Paquistão


Cristãos são impedidos de receber tratamento médico no Paquistão
Aqui no Brasil é normal as pessoas, inclusive as mulheres, irem ao médico para atendimentos de urgência, consultas, exames ou tratamentos.
Já em alguns países do Oriente Médio, ajuda médica e remédios são quase inacessíveis para nossas irmãs. Ser mulher e cristã é a certeza de uma vida de forte perseguição e hostilidade. No Paquistão, país que ocupa a 8ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa 2015, Anita, de 17 anos, foi diagnosticada com câncer e conseguiu marcar uma cirurgia, mas após complicações o médico recusou-se a operá-la.

Morre nos EUA o filho do pastor Terry Johnson


Morre nos EUA o filho do pastor Terry Johnson
Faleceu neste domingo (7), nos Estados Unidos, Michael Bernard, de 25 anos, filho único do pastor Terry Bernard Johnson e Beth Schmidt Johnson. O jovem morreu repentinamente com problemas de saúde, tendo sido encontrado morto na manhã de domingo, em seu apartamento, na cidade de Springfield nos EUA, onde estudava Teologia.
Os pais de Michael Bernard moram em Campinas, congregam na Assembleia de Deus e dirigem a Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus (EETAD). Michael era neto do missionário Bernard Johnson que já dorme no Senhor.
Oremos pela família, que já viajou para os EUA para o funeral, e de onde dará maiores informações.
À família enlutada nossos sentimentos, e os votos de que o Espírito Santo os console.

E AGORA ? Asteroide 'enviado por Deus' destruirá a Terra em setembro, dizem teóricos bíblicos

ReproduçãoReprodução

Religiosos e cientistas entraram em conflito por conta de — mais uma — teoria do fim do mundo. O primeiro grupo acredita que, entre 22 e 28 de setembro deste ano, a Terra será destruída por um asteroide como forma de “castigo divino”. Especialistas da Nasa, porém, desmentem a teoria.

De acordo com os teóricos bíblicos, haverá no período citado um evento que “marcará o início de sete anos de angústias para o ser humano”. O asteroide seria o início desse evento, dizimando de uma vez boa parte da raça humana — os descrentes, no caso.

A questão, porém, é que a Nasa afirma ter sistemas de detecção de asteroides completamente modernos e de alta capacidade. A agência espacial dos Estados Unidos, inclusive, afirma que “em centenas de anos não existem objetos tão grandes chegando próximos à Terra”.

Há ainda o fato de que asteroides, quando entram em contato com nossa atmosfera, costumam ser destruídos por conta do forte aquecimento. Ou seja, ele teria que ser extremamente agressivo para seguir a teoria à risca. Os religiosos, porém, não desistem e se preparam para o pior no final de setembro.



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https://br.noticias.yahoo.com/blogs/super-incr%C3%ADvel/asteroide--enviado-por-deus--destruir%C3%A1-a-terra-em-setembro--dizem-te%C3%B3ricos-b%C3%ADblicos-151414228.html

PALAVRA DO DIA - DEUS É CONTIGO , NÃO TEMAS

domingo, 7 de junho de 2015

Como assim "onde abundou o pecado superabundou a graça de Deus"?


Atualmente encontramos entre os cristãos pensamentos diversos em torno do pecado. Alguns entendem que o pecado é um fator gerador de “experiência”, outros mais enérgicos acreditam que o resultado do pecado é a morte. Encontramos também alguns cuja opinião é de que o pecado é uma linha divisória entre a vida e até mesmo bênçãos, pois através, dentro desta concepção, através dele adquirir-se-ia uma determinada autoridade em relação ao próprio pecado. Em todos estes casos a Leitura da palavra de Deus é essencial. Qualquer cristão desejoso de possuir direção para a sua vida física, emocional e espiritual, e todo cristão convicto deve ter o hábito de ler a bíblia e o desejo de compreendê-la para adquirir, ao longo do tempo, a autoridade necessária para vencer as imposições do seu dia-a-dia e a compreensão plena da mensagem implícita na palavra de Deus aos naturais. Entretanto, a realidade é um pouco diferente: Nem todos os cristãos preocupam-se em conhecer a Bíblia. Alguns preferem folhear apenas “pescando” textos interessantes para si próprios e utilizando-os de forma absolutamente fora do contexto. Neste sentido uma série de versículos tornaram-se célebres na boca dos cristãos: Filipenses 4.13 – Tudo posso naquele que me fortalece,Deuteronômio  28.13 (sic) – O Senhor te colocará por cabeça e não por cauda, e entre estes há um outro muito utilizado nos últimos tempos: Romanos 5.20b –Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça,ou se preferir na versão mais conhecida ARC* – “mas, onde abundou o pecado superabundou a graça”.Quando lemos este versículo, à primeira vista, temos a impressão de que o apóstolo Paulo está dizendo assim: “Quanto mais pecado mais bênçãos” , outros ainda utilizam esta passagem para justificar o seu pecado como se o fato de cometê-lo resultasse em algum tipo de autoridade. Será? Vamos ver o que o apóstolo Paulo de fato quis dizer.
Uma posição enfática em relação ao pecado na carta aos Romanos, encontra-se no nocapítulo 6.23 – O salário do pecado é a morte! Podemos sair de uma situação pecaminosa com uma determinada experiência emocional (adâmica) em torno do fato vivenciado, mas a falta do arrependimento e a insistência não traz graça e sim destruição afinal  Que diremos então? Continuarmos pecando para que a graça aumente?(Rm 6.1)”. Claro que não? Esta falsa ideia de que “Deus conhece a nossa ‘carne fraca’ e sujeita ao pecado” e compactua com ela morreu quando Jesus ressuscitou mostrando ser possível passar pelas tentações sem ser tomado por elas e que, isto sim, é um fator gerador de autoridade e bênçãos. Até a vinda de Jesus Cristo entre nós, o pecado tinha valores: Um rolinha, um pombo, um cordeiro ou até mesmo um boi, eram oferecidos conforme a intensidade do pecado (transgressão, rejeição e abominação). Ao homem era lícito encontrar-se com o sacerdote e livrar-se dos seus pecados por intermédio do derramamento de um sangue inocente.  Após a vinda de Jesus Cristo saímos da experiência emocional-adâmica “onde aumentou (abundou) o pecado” concebido por meio do primeiro Adão, que representa a humanidade com todas as suas falhas, e entramos no padrão neotestamentário, do segundo Adão – Jesus Cristo, onde transbordou (superabundou) a graça por intermédio do derramamento do sangue de Cristo, sujeito aos pecados, mas vencedor em todos eles conforme lemos em 1ª. Coríntios 15.45 – “Assim está escrito: “O primeiro Adão, tornou-se um ser vivente, o último Adão, espírito vivificante”.
Agora pense um pouco e responda: Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? Isto é possível? Vejamos o que diz Romanos 6.12 – Portanto, não permitam que o pecado continue dominando o corpo mortal de vocês, fazendo que obedeçam aos seus desejos. 13 Não ofereçam os membros do corpo de vocês ao pecado, como instrumento de injustiça; antes ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida, e ofereçam aos membros do corpo de vocês a ele, como instrumentos de justiça. A partir do primeiro momento em que estamos em Cristo devemos nos despir e depois nos desviar sempre de toda sorte de imundices e pecados. A partir deste momento o domínio do pecado não pode mais ter autoridade sobre a sua vida. Uma nova forma de vida precisa renascer tal e qual era antes mesmo de você vir ao mundo: Puro! Assim sua alma deve bradar todos os dias: “Eis aqui o meu corpo ‘onde abundou o pecado’, agora superabundando a graça de Deus!”. O único resquício restante deste tempo devem ser as lembranças, tais e quais as cicatrizes que Cristo fez questão de fazer permanecer em seu corpo, eternizando uma experiência vencedora em relação ao seu passado, época dos prejuízos sofridos em torno de uma vida fora dos padrões espirituais exigidos pelo Senhor.Romanos 6.21 diz – “Que fruto colheram então das coisas das quais agora vocês se envergonham? O fim delas é a morte!”. O texto em Romanos 6.6 diz: “Pois sabemos que o nosso velho homem, foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído e não mais sejamos escravos do pecado”.  O pecado traz uma experiência dolorida onde morremos sem perceber através das nossas transgressões, mas quando nos encontramos com a graça soberana de Deus sobre nós, somos lavados dos nossos pecados e cheios de um padrão celestial de vida de onde fluem bênçãossem medida sobre você e todos os que estiverem à sua volta.  Não existe autoridade por intermédio do pecado, existe autoridade por ser tentando, resistir e vencer.  


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ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA ZACARIAS

AUTOR
O autor é identificado em 1.1 como Zacarias, filho de Berequias, filho de Ido. Seu nome significa “Jeová se lembra”. Assim como Jeremias e Ezequiel, Zacarias não era apenas profeta (1.1), mas também sacerdote. Nasceu na Babilônia e estava entre os que voltaram a Judá em 538 a.C. sob a liderança de Zorobabel e Josué. Ido, avô de Zacarias, também é mencionado entre os que voltaram (Ne 12.4).

Esdras identifica Zacarias como filho de Ido (5.1; 6.14). Neste caso a palavra “filho” foi usada para designar Zacarias como descendente de Ido. A frequência com que o nome “Zacarias” aparece no Antigo Testamento é muito grande, 32 indivíduos possuem esse nome, isso causa confusão. Por exemplo, Zacarias, filho de Berequias não deve ser confundido com Zacarias, filho de Jeberequias (Is 8.2).

Segundo Neemias, o avô de Zacarias, Ido, retornou do cativeiro babilônico com Zorobabel e Josué (Ne 12.4). Em outra passagem, Neemias coloca Zacarias no topo da família sacerdotal de Ido (Ne 12.16). Isso comprova que Zacarias era membro da tribo de Levi e ministrou em Jerusalém como sacerdote e profeta.

Zacarias principiou sua missão de profeta cerca de dois meses depois de Ageu; continuou a profetizar durante dois anos (7.1). Sua pouca idade (2.4) no inicio do ministério deixa aberta a possibilidade de ter continuado a ministrar mesmo durante parte do reinado de Artaxerxes (465-424 a.C.).

A maior probabilidade é que Zacarias tenha escrito todo o livro que leva seu nome. Alguns estudiosos no entanto duvidam que tenha sido ele o autor dos capítulos de 9 a 14, e para isso citam diferenças de estilo e outras características de composição, bem como o fornecimento de referências históricas e cronológicas que alegadamente indiquem outra data e autor que não o dos capítulos de 1 a 8. Todas essas objeções podem, no entanto, ser explicadas de outras maneiras satisfatórias, de modo que não há nenhuma razão plausível para questionar a unidade do livro. Embora se deva reconhecer as diferenças, a similaridade entre as duas partes do livro parecem indicar a unidade de sua origem. Atribuir a segunda parte a tempos macedônicos por causa da referência à Grécia, em 9.13, é supor que Zacarias, como um verdadeiro profeta de Deus a quem as coisas futuras eram reveladas, não poderia ter previsto a futura proeminência da Grécia. Além disso, Zacarias era muito jovem quando começou seu ministério em 520 a.C., pode muito bem ter vivido o bastante para testemunhar as importantes vitórias dos gregos sobre os persas, em 490 e 480 a.C.

Ageu e Zacarias foram profetas pré-exílicos complementares. Zacarias era o mais novo e começou a profetizar cerca de dois meses depois do breve ministério de Ageu. Enquanto Ageu chamou o povo para construir o templo de Deus, Zacarias convocou a comunidade ao arrependimento e à renovação espiritual. Sua tarefa era preparar o povo para a adoração e o serviço adequado no templo. 

CONTEXTO
Quando Zacarias escreve suas profecias, Judá ainda é um remanescente, Jerusalém continua longe ser restaurada, e as nações gentias ao redor estão descansadas (1.14-16). Zacarias, profeta jovem permaneceu ao lado do idoso Ageu, deu ânimo aos filhos de Israel para construírem o templo e advertiu-os a não decepcionarem Deus, como seus pais haviam feito. Descreveu o amor de Deus para com seu povo. Reavivou-lhes a esperança, pintando em cores vivas o tempo de perpétua benção que viria a Israel no futuro distante. Os judeus, outrora nação poderosa como Deus tinha planejado, eram agora um lastimável e insignificante remanescente, habitando na terra prometida apenas por cortesia de um dominador estrangeiro, já que mesmo estando em Jerusalém, continuavam escravos dos persas. Tanto Ageu como Zacarias procuravam dizer ao povo que isso não seria sempre assim. Um dia, o Messias chegaria, e o povo escolhido de Deus atingiria o poder.

O contexto da profecia de Zacarias, como a de Ageu, foi o reinado de Dario I, rei da Pérsia (521-486 a.C.). Apesar do retorno dos judeus do cativeiro babilônico, havia poucas constatações do programa de restauração da aliança que Javé prometera a Jerusalém (Jr 30 – 33 e Ez 36 – 39). O egoísmo enfraqueceu o espírito comunitário e, de forma geral, o período foi melancólico e sombrio. Na verdade, apenas uma pequena porcentagem dos exilados voltou para Judá, e os muros da cidade continuavam em ruínas, o templo de Deus ainda era um monte de entulho e as nações vizinhas continuavam a atormentar os líderes de Jerusalém e a se opor aos esforços tímidos de melhorar a situação desanimadora que se encontrava a maioria dos judeus.

Em resposta a toda essa angústia, Deus levantou duas vozes proféticas para iniciar o programa de reconstrução física e de renovação espiritual de Jerusalém. Ageu foi chamado para exortar e desafiar a comunidade a reconstruir o templo. Profetizou por apenas quatro meses no ano de 520 a.C.. No entanto o povo atendeu sua mensagem e deu início a obra (Ag 2.12-15). Zacarias complementou a mensagem de Ageu no intuito de convocar o povo para o reavivamento espiritual (1.3-6; 7.8-14). Seu ministério começou apenas dois meses após o de Ageu, e sua última mensagem datada foi pronunciada em 518 a.C. Portanto, o ministério de Zacarias em Jerusalém durou provavelmente mais de dois anos. A referencia a Ageu e Zacarias, em Esdras 5.2, sugere seu apoio e incentivo contínuos até o templo estar completo e dedicado à adoração de Javé com a celebração da Páscoa em 515 a.C, (Ed 6.13-22).

CARACTERÍSTICAS E TEMAS
Zacarias contém uma variedade de formas literárias. As visões da primeira parte são semelhantes às visões de Ezequiel e de Daniel. No capítulo 14, uma batalha final contra Jerusalém é descrita em que Deus surge como guerreiro vitorioso para salvar o povo de seus inimigos. De forma semelhante, as visões dos cavaleiros (1.7-11), dos quatro carros (6.1-8) e da mulher dentro do cesto (5.5-11) também podem ser consideradas apocalípticas.

O livro é principalmente uma mistura de exortações (1.2-6), visões proféticas (1.7-21; 6.1-8) e sentenças de condenação e salvação (caps. 9 – 14). Quando a seção apocalíptica é lida junto com as sentenças de salvação ou livramento, torna-se óbvio que a tônica dominante do livro é o incentivo, por tratar do futuro glorioso que aguarda o povo de Deus.

O que auxilia enormemente nossa compreensão dos ensinamentos de Zacarias é reconhecer que o profeta retrata o futuro em rápidas imagens que não são colocadas em sequencias específicas. Ao lermos uma passagem, vemos apenas o que está acontecendo naquela imagem, e não como esta se relaciona com as outras imagens. As visões de Zacarias mesclam o presente e o futuro como um tecido entrelaçado impossível de ser rasgado em pedaços. Por essa razão várias vezes torna-se difícil determinar que período de tempo o autor tem em mente. As promessas (2.5,11) relacionam-se com o público imediato do tempo de Zacarias e também a um futuro distante.

O bem-estar e o futuro de Jerusalém como cidade santa é um tema que permeia todo o livro de Zacarias. Diversas visões tratam desse tema (1.7-17; 2.1-13; 5.1-4). O capítulo 8 apresenta um quadro de Jerusalém, com Deus em seu meio vivendo uma linda tranquilidade.

Zacarias realça muito a vinda do Messias e a vitória dele sobre todas as forças contrárias ao seu reino, para que o governo de Deus seja estabelecido na terra de modo definitivo e total. O cenário local da época passa, portanto, a servir de base para o quadro universal e escatológico como um todo.

ENSINO TEOLÓGICO
O ensino teológico desse livro está relacionado com seus temas messiânicos, bem como apocalípticos e escatológicos. Tratando do Messias, Zacarias predisse a sua vinda em humildade (6.12), falou de sua humanidade (13.7), sua rejeição e a traição contra ele em troca de 30 moedas de prata (11.10-13), sua morte (13.7), seu sacerdócio (6.13), sua condição de rei (6.13; 9.9; 14.9,16), sua vinda em glória (14.4), e a paz e a prosperidade perpétuas por ele estabelecidas (3.10; 9.10-12). Esses textos messiânicos dão mais relevância as palavras de Jesus registradas em Lucas 24.25-27, 44.

Na tônica apocalíptica e escatológica do livro, Zacarias predisse o cerco de Jerusalém (12.1-3; 14.1-2), a vitoria inicial dos inimigos de Judá (14.2), a defesa de Jerusalém pelo Senhor (14.4,5), o julgamento das nações (12.9; 14.3), as mudanças topográficas em Judá (14.4,5) a celebração da Festa das Cabanas na era messiânica (14. 16-19) e a santidade final de Jerusalém e de seus habitantes (14.20,21).

PROPÓSITO E MENSAGEM
A mensagem de Zacarias foi de repreensão, exortação e incentivo. Em primeiro lugar, o profeta censurou a comunidade pós-exílica por ter perpetuado os maus caminhos e atos de seus ancestrais (1.3-5). O povo era culpado das mesmas violações da aliança que enviaram a geração anterior ao exílio (7.7-14).

A solução oferecida por Zacarias para o pecado e rebelião entre o povo incluíam o arrependimento genuíno e retorno a Deus (1.3-5). Somente a renovação espiritual promoveria a adoração verdadeira e o culto significativo no templo, que no momento estava em construção por causa do estímulo do profeta Ageu. Somente a obediência à voz do Senhor traria as tão esperadas: benção, prosperidade e justiça da era messiânica (6.9-15; 8.13).

Ao contrário da literatura apocalíptica posterior, com sua ênfase nos aspectos futuros da restauração de Israel no dia do Senhor, mensagem de Zacarias era repleta de preocupação com a justiça social no presente. Antes de as nações do mundo virem buscar o Senhor em Jerusalém, Israel devia buscar o favor de Jeová, administrar a justiça e demonstrar bondade e misericórdia para viúvas e órfãos hebreus e ainda para os estrangeiros (7.9,10).

Zacarias afirmou explicitamente que parte de sua tarefa como porta-voz divino era confortar e fortalecer o povo de Judá e Jerusalém (1.13; 8.9). Sua palavra de incentivo adquiriu várias formas. Por exemplo, a série de visões de Zacarias lembrou Israel de que Deus ainda se importava com seu povo e continuava a guiar o destino das nações para benefício final de sua eleita, Sião.

Em conclusão, a referencia repetida por Zacarias às palavras dos “antigos profetas” autenticou seu ministério e assegurou aos israelitas de que não haviam interpretado mal as revelações anteriores de Javé (1.4; 7.7,12). Apesar da angústia atual, o povo não devia se desesperar. A mensagem do profeta confirmou a intenção divina de continuar seu programa de aliança com Israel.

ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
O livro divide-se em duas partes principais. A primeira inclui o versículo introdutório e o chamado ao arrependimento (1.1-6), as sete visões noturnas (1.7 – 6.15) e os dois oráculos relativos ao jejum (7.8). A segunda parte consiste em oráculos escatológicos, subdivididos em duas seções: a Palavra do Senhor a respeito de Hadraque (9 - 11) e de Israel (12 – 14).

O prelúdio de Zacarias convoca a nação ao arrependimento e, dessa forma, complementa a exortação de Ageu de reedificar o templo (1.1-6). A reconstrução física de Jerusalém e do templo devia ser acompanhada da respectiva renovação espiritual. As visões noturnas do profeta comprovam a alegação de que o Senhor está voltando para Jerusalém. As visões descrevem em detalhes o plano divino de trazer paz a Israel, retribuição as nações que dispersaram Israel, restauração a Jerusalém, liderança divinamente nomeada, purificação do mal entre o povo e estabelecimento da justiça em Sião.

Os dois sermões relacionados ao jejum associaram a busca contemporânea por justiça social à futura inversão da sorte de Judá entre as nações no futuro. Quando Judá buscasse ao Senhor as nações também o buscariam em Jerusalém.

Finalmente, os dois oráculos escatológicos reafirmaram a esperança e motivaram a comunidade pela descrição do Reino vindouro, prometido de Deus.

AS VISÕES
OS CAVALOS (1.7-17)
Velozes e incansáveis mensageiros. Desse modo Deus ensina que ele preside os acontecimentos no mundo. Não há indícios da salvação para o povo de Deus nem de punição para os opressores. Tudo está em paz. Deus tem ciúmes de Sião e sente-se profundamente indignado contra os inimigos de seu povo, portanto, volta-se para Jerusalém em misericórdia, promete edificar a sua cidade, e a sua casa, e dar grande prosperidade a sua terra.

OS QUATRO CHIFRES (1.18-21)
Os quatro chifres e os quatro ferreiros. Os quatro chifres representam os quatro povos que devastaram Judá, cuja destruição já está decretada.

O HOMEM COM A CORDA DE MEDIR (2.1-13)
Essa visão é uma promessa de que haverá plena restauração e benção para o povo da aliança, assim como para o templo de Jerusalém. A cidade não será medida, como geralmente são as cidades, pela extensão dos muros; porque ela desfrutará ilimitada prosperidade sem muros que a atrapalhem. Não lhe faltará segurança. Javé será para ela um muro de fogo para sua defesa.

O SACERDOTE (3.1-10)
O sacerdócio, ainda que humano e profanado, contudo, como um tição tirado do fogo, o Senhor purificou , mandou que lhe tirassem os hábitos sujos e que lhe dessem outros limpos. Sob promessa de obediência, o Senhor promete a continuação de suas bênçãos. Torna-se patente que os sacerdotes são tipos do Messias.

O CANDELABRO (cap. 4)
O Senhor encoraja os judeus a reedificarem o templo, sua casa, ao serem lembrados dos recursos divinos que estão à disposição dos filhos de Deus. A luz do candelabro no Tabernáculo, representa o esplendor da glória do Senhor na consagração e no serviço santo do povo de Deus, obra que só é possível realizar a contento mediante o poder do Espírito de Deus (vs. 6 e 12). Zorobabel e Josué no cargo de mediadores sacerdotais, terão responsabilidade de pastorear e ensinar o povo a usar essa capacitação espiritual (vs. 11-14).

O LIVRO QUE VOAVA (5.1-4)
A sexta visão de Zacarias afirma que os que violam a Lei, acabam condenados pela própria Lei por eles violada.

A MULHER NO CESTO (5.5-11)
Na sétima visão os malignos e pecadores flagrantes e teimosos no erro serão retirados do país, assim como todo o sistema iníquo gerador e mantenedor de agentes do mal de igual modo será transferido para um lugar mais apropriado (Babilônia) a fim de que possam refletir sobre seus delitos e haja genuíno arrependimento.

OS CARROS DE GUERRA (6.1-8)
Essa visão estabelece uma correspondência com a primeira visão (1.7-17), ainda que ocorra diferenças nos pormenores, como a ordem dos cavalos nas respectivas cores. Assim como na primeira profecia, Jeová é descrito como aquele que controla todos os acontecimentos da história e domina sobre os fatos que ocorrem e ocorrerão sobre todo o Israel. É importante notar que a quarta e quinta visões dizem respeito ao sumo sacerdote e ao grande governador civil da linhagem de Davi, Zorobabel.

A CENA DA COROAÇÃO (6.9-11)
As visões são seguidas de um ato simbólico de coroação do sumo sacerdote. O ouro e a prata trazidos da Babilônia foram fundidos numa coroa que foi colocada na cabeça de Josué, o sumo sacerdote. Por esse ato, se unem as duas grandes funções de sacerdote e rei. Temos ai um tipo de Cristo, o Rei que se assentará no seu trono de glória como sacerdote, quando regressar à terra para estabelecer seu reino milenar.

O JEJUM (caps. 7 e 8)
Uma comissão vinda de Betel foi entrevistar-se com Zacarias para perguntar se deveriam ser observados jejuns nacionais. Os próprios judeus haviam instituído os jejuns. Costumavam jejuar por ocasião das suas grandes festas. Zacarias advertiu-os do formalismo frio das observâncias religiosas. Os jejuns que fizeram no cativeiro não foram para o Senhor, mas sim, para si mesmos. O que Deus quer é obediência (7.4-7).

O jejum só traz proveito quando é sinal de uma intima confissão de pecados; o simples abster-se de comer nunca redundará em benção. Deus quer um coração quebrantado e contrito.

OS PESOS
Os pesos revelam o propósito divino de destruir os opressores de Judá e trazer muitos povos para seu reino.

Primeiro Peso: Jeová destruirá os inimigos do reino de Deus. As punições pendem sobre todas as nações vizinhas para abatê-las, contudo, umas relíquias da Filístia serão incorporadas ao reino de Deus. Jerusalém estará em segurança no meio das desolações, pois o Senhor se acampará em torno de Judá, cujo rei está para chegar (cap. 9).

O Senhor visitou o seu rebanho e o colocou como o cavalo de guerra de sua glória. Os de Judá serão como os valentes de Efraim, e o seu coração se alegrará como com o vinho. Tão abundantes bênçãos, porém, seriam proteladas.

Segundo Peso: Os povos da terra se armarão contra Jerusalém e contra Judá, que no tempo de Zacarias formavam a igreja invisível de Jeová; mas Jeová coloca Jerusalém como viga de uma porta de embriaguez para todos os povos dos arredores e como pedra de carga para todos eles. Fere-os de loucura para que reconheçam que os homens de Sião se fortalecem no Senhor (12.1-8).

O MESSIAS E O REINO (caps. 9 a 14)
Esses capítulos estão cheios de promessas do Messias vindouro e de um reino mundial. O profeta descreve não uma cidade reedificada sobre seus antigos alicerces, mas uma cidade gloriosa cujo muro é Deus. Não é fortificada para a guerra, mas cheia de paz, porque o Príncipe da Paz reina. Ele virá da primeira vez como um varão humilde cavalgando um animal humilde (9.9). Todavia, esse humilde varão torna-se poderoso soberano (14.8-11). O Messias em toda sua glória e poder porá os inimigos debaixo de seus pés, estabelecerá seu reino em Jerusalém e se assentará no trono de Davi.

Se acompanharmos com atenção esses capítulos, veremos que falam de vitória sobre os inimigos de Israel. O capítulo 11 revela o pastor que procurava salvar Israel, mas é rejeitado. É vendido por trinta moedas de prata, o preço de um escravo. Tudo isso prefigura Cristo e a traição de Judas. O capítulo 12 trata do cerco de Jerusalém pelo anticristo e seus exércitos nos últimos dias. Depois veremos o arrependimento dos judeus (12.12), quando verão aquele a quem traspassaram. Então acontecerá a volta do Messias ao monte das Oliveiras, que se partirá ao meio (14.4), lembrando-nos o dia em Ele deixou a terra naquele mesmo lugar e prometeu que retornaria (At 1.11). Finalmente, Ele será Rei de toda a terra, e todo o povo lhe será povo santo (14.9-20.

ESBOÇO DE ZACARIAS
Exortação inicial – 1.1-6
Seção I. Uma série de oito visões.
1)    O homem entre as murtas e os cavalos – 1.7-17.
2)    Os quatro chifres e os quatro carpinteiros – 1.18-21.
3)    O homem com o cordel de medir – cap. 2.
4)    A purificação do sumo sacerdote – cap. 3.
5)    O candelabro de ouro a as duas oliveiras, cap. 4.
6)    O rolo volante – 5.1-4.
7)    A mulher no cesto – 5.5-11.
8)    Os quatro carros – 6.1-8.
9)    A coroação do sumo sacerdote – 6.10-15.

Seção II. A resposta a delegação de Betel acerca dos jejuns. Ao final, os jejuns se convertem em festas – caps. 7 -8.

Seção III. Predições acerca de um período da história dos judeus e uma visão final do reino de Deus – caps. 9 – 14.

O ELEMENTO MESSIÂNICO
O Messias soberano.
a)     A primeira vinda em humildade – 9.9.
b)    O Príncipe de Paz – 9.10.
c)     Crucificado – 12.10.
d)    Um pastor esquecido por suas ovelhas – 13.7.
e)     O Segredo do êxito em empreendimentos espirituais – 4.6 10.


SANTO VIVO