Definitivamente, os Estados Unidos da América formam um país de maioria cristã. Essa é a conclusão de uma nova pesquisa sobre religião, realizada pelo Instituto Gallup.
De acordo com os dados colhidos durante o levantamento, 77% dos 326 mil entrevistados confessaram-se cristãos, contra outros 20% que disseram não terem religião. Os 3% restantes são formados por adeptos do islamismo, judaísmo e outros.
Entretanto, no grupo dos não religiosos, 13% afirmaram frequentar algum culto ao menos uma vez por mês.
Na fatia de cristãos, 52% declararam-se protestantes, enquanto 23% se disseram católicos. Embora existam divergências sobre o mormonismo ser ou não uma religião cristã, a pesquisa considerou que os adeptos da seita faziam parte do grupo de cristãos, e somaram 2% do total.
O Instituto Gallup também levantou informações a respeito da prática de fé, e nesse quesito, os mórmons foram os que se declararam mais praticantes: 87% dos adeptos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias afirmaram aplicar os princípios da religião em sua vida cotidiana, contra 79% dos protestantes, 78% dos muçulmanos e 70% dos católicos.
A frequência dos grupos religiosos aos cultos ou reuniões também foi liderada pelos mórmons: 81% disseram frequentar a igreja ao menos uma vez por mês, seguidos de 64% dos protestantes, empatados com muçulmanos, 64%, e 60% dos católicos, 34% dos judeus e 32% dos adeptos de outras religiões.
A pesquisa foi realizada entre os dias 02 de janeiro e 30 de novembro de 2012, e em resumo, apresentou uma queda de 1% no grupo cristão, e pouca mudança no cenário religioso do país, segundo informações do Christian Post.
Fonte: Gospel+
Autoridades contam votos após urnas serem fechadas em Bani Sweif, no Egito
Foto: Strin
Foto: Strin
A Comissão Eleitoral do Egito anunciou nesta terça-feira que 63,8% dos eleitores do país aprovaram a polêmica nova Constituição do país no referendo que foi encerrado no último domingo. Cerca de 32,9% dos 52 milhões de eleitores aptos a votar compareceram às urnas. A divulgação dos resultados chega após violentos confrontos, turbulência política e acusações de fraudes que demandaram investigações.
A maioria dos eleitores disse sim à nova Carta Magna, embora milhares tenham saído às ruas nas últimas semanas em protestos contra os termos do documento. A consulta popular foi realizada em duas etapas: 15 e 22 de dezembro, e entre as medidas mais imediatas está a convocação de eleições dentro de dois meses.
O documento tem o apoio do atual presidente Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana, mas é criticado pela oposição e por segmentos da população. Antes do anúncio oficial dos resultados, o líder da Irmandade, Mohammed Badie, e Essam El Erian, presidente interino do Partido Liberdade e Justiça, que faz parte da coalizão de governo, já se declaravam confiantes de que a proposta seria aprovada.
Os resultados do referendo se alinham ao contexto da crescente influência islâmica na política do Egito e mostram o quanto os políticos islâmicos do país são organizados e eficientes ao lidar com o processo eleitoral.
Pontos polêmicos
A nova Constituição vai determinar o futuro do país e a relação entre os egípcios e a Presidência, além de outras instituições. No entanto, para a oposição, da maneira como está agora, a proposta de Constituição vai determinar o futuro do Egito nos termos dos políticos islâmicos.
O principal argumento contra o documento é o de que a Constituição foi escrita por uma assembleia constituinte dominada por parlamentares associados a esses grupos. Uma outra questão levantada pelos que são contra a nova Constituição é o balanço de poder entre o presidente e o Parlamento.
O papel da Sharia (a lei islâmica) e como ela vai afetar as liberdades pessoais e sociais, além dos direitos das minorias, especificamente a população copta cristã do Egito, é outro ponto polêmico. Mas, para aqueles que apoiam a Constituição, o documento é um passo na direção da estabilidade do país.
Oposição
A oposição, liderada pela Frente de Salvação Nacional, agora precisa decidir qual será o próximo passo: a convocação de mais protestos, levar o caso à Justiça e pedir a anulação da Constituição ou negociar com o presidente Morsi e o governo para conseguir um acordo.
Dois dias antes da primeira etapa do referendo, os líderes da oposição anunciaram que, não importava qual fosse o resultado, eles se recusariam a aceitar a Constituição. Eles também afirmaram na mesma entrevista coletiva que fariam de tudo para que ela não entrasse em vigor.
Agora, eles terão que lidar com a nova realidade política e acompanhar os novos eventos. Com a aprovação da nova Carta Magna, uma eleição parlamentar deve ser realizada dentro de dois meses. E, se forem levadas em conta as indicações deixadas pelas últimas eleições, a Irmandade Muçulmana e seus partidos associados devem ter bons resultados nesta nova votação.
A nova Constituição conseguiu dividir o Egito de uma forma tão profunda a ponto de ser difícil vislumbrar o fim dessa crescente polarização em um futuro breve.
TERRA.COM.BR
A maioria dos eleitores disse sim à nova Carta Magna, embora milhares tenham saído às ruas nas últimas semanas em protestos contra os termos do documento. A consulta popular foi realizada em duas etapas: 15 e 22 de dezembro, e entre as medidas mais imediatas está a convocação de eleições dentro de dois meses.
O documento tem o apoio do atual presidente Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana, mas é criticado pela oposição e por segmentos da população. Antes do anúncio oficial dos resultados, o líder da Irmandade, Mohammed Badie, e Essam El Erian, presidente interino do Partido Liberdade e Justiça, que faz parte da coalizão de governo, já se declaravam confiantes de que a proposta seria aprovada.
Os resultados do referendo se alinham ao contexto da crescente influência islâmica na política do Egito e mostram o quanto os políticos islâmicos do país são organizados e eficientes ao lidar com o processo eleitoral.
Pontos polêmicos
A nova Constituição vai determinar o futuro do país e a relação entre os egípcios e a Presidência, além de outras instituições. No entanto, para a oposição, da maneira como está agora, a proposta de Constituição vai determinar o futuro do Egito nos termos dos políticos islâmicos.
O principal argumento contra o documento é o de que a Constituição foi escrita por uma assembleia constituinte dominada por parlamentares associados a esses grupos. Uma outra questão levantada pelos que são contra a nova Constituição é o balanço de poder entre o presidente e o Parlamento.
O papel da Sharia (a lei islâmica) e como ela vai afetar as liberdades pessoais e sociais, além dos direitos das minorias, especificamente a população copta cristã do Egito, é outro ponto polêmico. Mas, para aqueles que apoiam a Constituição, o documento é um passo na direção da estabilidade do país.
Oposição
A oposição, liderada pela Frente de Salvação Nacional, agora precisa decidir qual será o próximo passo: a convocação de mais protestos, levar o caso à Justiça e pedir a anulação da Constituição ou negociar com o presidente Morsi e o governo para conseguir um acordo.
Dois dias antes da primeira etapa do referendo, os líderes da oposição anunciaram que, não importava qual fosse o resultado, eles se recusariam a aceitar a Constituição. Eles também afirmaram na mesma entrevista coletiva que fariam de tudo para que ela não entrasse em vigor.
Agora, eles terão que lidar com a nova realidade política e acompanhar os novos eventos. Com a aprovação da nova Carta Magna, uma eleição parlamentar deve ser realizada dentro de dois meses. E, se forem levadas em conta as indicações deixadas pelas últimas eleições, a Irmandade Muçulmana e seus partidos associados devem ter bons resultados nesta nova votação.
A nova Constituição conseguiu dividir o Egito de uma forma tão profunda a ponto de ser difícil vislumbrar o fim dessa crescente polarização em um futuro breve.
TERRA.COM.BR