O chefe da Junta Militar egípcia, o marechal Hussein Tantawi, anunciou nesta terça-feira o fim do estado de emergência no Egito a partir desta quarta-feira, quando é celebrado o primeiro aniversário da revolução que derrubou Hosni Mubarak do poder. Em discurso à nação transmitido pela rede de televisão egípcia, Tantawi, autoridade máxima do país, disse que encerrará a medida de exceção em todas as províncias do país, exceto em “casos de violência”, sem entrar em detalhes sobre este ponto.A Lei de Emergência está vigente desde 1981, ano no qual o ex-presidente Anwar al-Sadat foi assassinado, e sua extinção foi uma das principais reivindicações dos ativistas durante os protestos. Tantawi, que comanda o Egito desde a renúncia de Mubarak, lembrou os mártires e os feridos nos protestos e afirmou que a cúpula militar compartilha as ideias da revolução. “O povo e as Forças Armadas têm o mesmo objetivo: que o Egito se transforme em um país democrático e a nova Assembleia do Povo (Câmara Baixa) é o primeiro passo neste caminho”, ressaltou.
Em seu discurso, afirmou ainda que a Câmara, que foi inaugurada na segunda-feira, “é fruto da revolução”, já que é a primeira escolhida por livre vontade dos egípcios mediante eleições transparentes. “Confio que a Assembleia do Povo será um fórum livre para a democracia e uma fortaleza constitucional que represente o povo. Este Parlamento abrirá o caminho para mais reformas”, acrescentou.
Tantawi também agradeceu a alta participação dos cidadãos nas recentes eleições legislativas, nas quais os partidos islâmicos prevaleceram, e o trabalho desempenhado pelos diferentes governos que dirigiram o país na etapa de transição. O discurso do marechal acontece apenas um dia antes de o Egito celebrar dividido o primeiro aniversário da Revolução de 25 de Janeiro, já que muitos consideram que suas reivindicações não foram atendidas.
(Com Agência EFE)
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