
A Lei de Emergência está vigente desde 1981, ano no qual o ex-presidente Anwar al-Sadat foi assassinado, e sua extinção foi uma das principais reivindicações dos ativistas durante os protestos. Tantawi, que comanda o Egito desde a renúncia de Mubarak, lembrou os mártires e os feridos nos protestos e afirmou que a cúpula militar compartilha as ideias da revolução. “O povo e as Forças Armadas têm o mesmo objetivo: que o Egito se transforme em um país democrático e a nova Assembleia do Povo (Câmara Baixa) é o primeiro passo neste caminho”, ressaltou.
Em seu discurso, afirmou ainda que a Câmara, que foi inaugurada na segunda-feira, “é fruto da revolução”, já que é a primeira escolhida por livre vontade dos egípcios mediante eleições transparentes. “Confio que a Assembleia do Povo será um fórum livre para a democracia e uma fortaleza constitucional que represente o povo. Este Parlamento abrirá o caminho para mais reformas”, acrescentou.
Tantawi também agradeceu a alta participação dos cidadãos nas recentes eleições legislativas, nas quais os partidos islâmicos prevaleceram, e o trabalho desempenhado pelos diferentes governos que dirigiram o país na etapa de transição. O discurso do marechal acontece apenas um dia antes de o Egito celebrar dividido o primeiro aniversário da Revolução de 25 de Janeiro, já que muitos consideram que suas reivindicações não foram atendidas.
(Com Agência EFE)
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