O secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, afirmou nesta quarta-feira (15), em encontro com a chamada bancada evangélica na Câmara dos Deputados, que foi “mal interpretado” em sua fala durante o Fórum Social Mundial (FSM), realizado no mês passado em Porto Alegre.
Os evangélicos não gostaram de declaração atribuída pelo jornal Folha de S.Paulo ao ministro Gilberto Carvalho. “O Estado deve travar uma disputa ideológica pela nova classe média”, que estaria sob hegemonia de setores conservadores, teria dito o ministro durante o FSM.
“Fui mal interpretado. A minha fala foi traduzida de maneira equivocada”, disse o ministro, ao sair da reunião com a bancada. “Isso não é verdade. O governo considera as igrejas evangélicas parceiras”, completou.
Carvalho ressaltou que pediu perdão aos evangélicos por ter provocado algum sentimento de sofrimento. “Pedi perdão, não por minhas palavras, mas sim pelo sentimento de sofrimento provocado a alguns parlamentares”, disse o ministro, que considera o episódio superado. “Vamos agora seguir trabalhando”, enfatizou.
‘Ninguém pede perdão se não reconhece o erro’, rebateu Magno Malta

O deputado disse ainda que sua relação com o governo não está abalada, mas que o ministro precisaria assinar um documento atestando que aquilo não foi aquilo que ele disse e dando o posicionamento dele. A ideia do documento, encampada por Malta, foi do deputado Anthony Garotinho.
Magno Malta informou ainda que ofereceu ao ministro um DVD com a fala dele sobre a bancada evangélica. Disse ainda que distribuiria o DVD a todos os parlamentares presentes à reunião.
Durante palestra no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, no mês passado, Gilberto Carvalho afirmou que o Estado deve travar uma disputa ideológica pela “nova classe média”, que estaria sob hegemonia de setores conservadores. “Lembro aqui, sem nenhum preconceito, o papel da hegemonia das igrejas evangélicas, das seitas pentecostais, que são a grande presença para esse público que está emergindo”, disse.
* Com informações da Agência Brasil / Agência Câmara
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