No mês passado, o "Concílio Mundial de
Igrejas", desde há muito marcado pelo seu incorrigível anti-semitismo e
ódio a Israel, emitiu a seguinte declaração, na sua reunião realizada no
Líbano:
"A Palestina continua a ser o assunto
central na região...A persistência, após sessenta e cinco anos, do
contínuo despojamento do povo palestino - tanto cristão como
muçulmano - da sua terra pela ocupação israelita, a contínua construção
na terra dentro das fronteiras de 1967...é central para a turbulência na
região...Jerusalém é hoje uma cidade ocupada com um governo que tem
adoptado políticas discriminatórias tanto contra cristãos como
muçulmanos..."
Mas o "fogo" dos CMI também está apontado aos cristãos que ousam apoiar Israel, os maltratados "cristãos sionistas."
"Cristãos que promovem o 'sionismo
cristão' distorcem a interpretação da Palavra de Deus e a ligação
histórica dos cristãos-palestinos e muçulmanos à Terra Santa,
permitindo a manipulação da opinião público pelos lobbies sionistas,
danificando os inter-relacionamentos cristãos."
O
CMI não é uma organização marginal que possa ser negligenciada.
Representa cerca de 500 milhões de cristãos em 110 países e territórios
em todo o mundo. Inclui anglicanos, baptistas, luteranos, metodistas,
presbiterianos, Igrejas reformadas e independentes, tendo todas essas
igrejas assinado um documento de cariz político-religioso que contém
descaradas mentiras que trazem à mente históricas tendências cristãs
anti-judaicas.
O CMI assevera por exemplo que Israel
tem andado há 65 a despojar continuamente muçulmanos e cristãos das suas
terras. A verdade é que a última vez que os palestinianos atravessaram o
rio Jordão para leste não tendo mais voltado foi durante a Guerra dos
Seis Dias, em 1967. Guerras, tal como a que estamos testemunhando
atualmente na Síria e em outros lugares, produzem refugiados. A única
falha de Israel nesta matéria é ter ganho a guerra. E mesmo durante esse
conflito, quando toda a população árabe de Hebron fugiu, foram
instigados por Moshe Dayan, Ministro da Defesa de Israel, a voltarem às
suas casas.
Contrastando com isso, e devido a
condições intoleráveis, há uma emigração em massa de cristãos a partir
da cidade de Belém, controlada pelos palestinianos, e também do Líbano.
Não é em Israel que os cristãos sofrem descriminação, mas sim na
Turquia, Egipto, Síria, e em todos os países muçulmanos.
CRISTÃOS CONTRA ISRAEL
O CMI também quer fazer crer que "Jerusalém é hoje uma cidade ocupada".
Só não especifica se é Jerusalém ocidental ou oriental, o que significa
que para esses cristãos Jerusalém como um todo deveria estar sob o
controle de alguém que não Israel, ou, mais precisamente, os judeus. O
facto de só "Jerusalém oriental" ser disputada como "território ocupado" é irrelevante para os cristãos "piedosos" que assinaram estes documento.
A posição política anti-Israel do CMI
deriva da sua posição teológica que assegura - apenas por táctica, por
medo de serem apelidados de anti-semitas - que "o sionismo distorce a interpretação da Palavra de Deus."
SIONISMO MODERNO
THEODOR HERZL, O "PAI" DO SIONISMO MODERNO |
O sionismo é um movimento nacionalista
dos finais do século 19, que apela ao retorno dos judeus à sua Terra
natal e a retoma da soberania judaica na Terra de Israel. É a própria
Bíblia que está repleta de textos alusivos a esta realidade, na altura
futura, mas agora bem atual.
O CMI tem então de asseverar que - tal
como os Cruzados no passado - o "povo escolhido de Israel" não são os
judeus, mas sim todos os cristãos, sendo essa a razão pela qual
Jerusalém não pode estar sob soberania judaica. Sendo assim, para eles,
até uma soberania muçulmana sobre a cidade seria melhor...
Qualquer leitor da Bíblia que seja
isento de preconceitos e tendências tem um conhecimento completamente
diferente da realidade, devendo assim rejeitar esta teologia
anti-judaica definida pelo CMI. Qualquer um, incluindo o CMI, que isole
Israel como o único vilão que ameaça a paz mundial, que aponte o dedo a
Israel, que é o elemento menos perturbador do Médio Oriente, é, por
definição, um anti-semita. Mascarar tal sentimento como sendo "amor
cristão" só acrescenta insulto à injúria...
Shalom, Israel!
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