O projeto de lei instituía o dia 29 de novembro como o “Dia da Celebração da Amizade Brasil-Israel”.
Entre
as muitas notícias que não obtiveram destaque da grande mídia nas
últimas semanas, por conta da cobertura das manifestações nas ruas e a
Copa das Confederações, um projeto se destaca.
O Senador Marcelo
Crivella criou em 2005 um projeto de lei que instituía o dia 29 de
novembro como o “Dia da Celebração da Amizade Brasil-Israel”. Depois de
vários anos tramitando em Brasília, foi aprovado na Câmara dos Deputados
e no Senado. Quando chegou para a sanção da presidenta Dilma Rouseff na
semana passada, ela decidiu vetar o projeto.
Dilma seguiu a
orientação do ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota. A
justificativa oficial é que a data escolhida foi decretada por decisão
da Organização das Nações Unidas (ONU), o “Dia Internacional de
Solidariedade com o Povo da Palestina”. Atual ministro da Pesca e
Aquicultura do governo de Dilma, Marcelo Crivella não se manifestou
publicamente sobre o assunto.
Na justificativa do veto
encaminhado ao Congresso Nacional, lê-se, “Apesar do mérito da proposta,
a data escolhida para se instituir como o ‘Dia da Celebração da Amizade
Brasil-Israel’, 29 de novembro, coincide com o ‘Dia Internacional de
Solidariedade com o Povo da Palestina’, criado pela Assembleia Geral das
Nações Unidades em referência à partilha do território do mandato
britânico da Palestina em dois Estados. Desta forma, este dia acaba por
ter maior significado para o povo palestino”.
Ou seja, ao invés
de o governo brasileiro se aliar com Israel, preferiu honrar a
Palestina, território ocupado pelos descentes dos filisteus bíblicos,
inimigos históricos dos judeus. De certa maneira, é um rompimento com a
tradição de apoio do Brasil a Israel, já que a criação do Estado moderno
de Israel em 1948 só foi possível graças ao voto do brasileiro Osvaldo
Aranha.
A opção por colocar a Palestina em primeiro lugar não se
justificaria pois a ONU ainda não a reconhece como um país independente.
Embora
o governo brasileiro reconheça a importância da iniciativa de Crivella,
encaminhou um projeto de lei substitutivo, indicando 12 de abril como a
data a ser celebrada. A escolha seria uma referência ao dia em que o
governo brasileiro começou a ter relações bilaterais com Israel, em
1951.
Fonte: Gospel Prime com informações de O Globo e Coisas Judaicas
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