quarta-feira, 20 de novembro de 2013

"A MÚSICA SALVOU A MINHA VIDA" -

 A MAIS IDOSA SOBREVIVENTE DO HOLOCAUSTO 

E MAIS VELHA PIANISTA DO MUNDO EM FILME 

NOMEADO PARA OS ÓSCARES!


"A SENHORA NO NÚMERO 6: A MÚSICA SALVOU A MINHA VIDA" - é o filme sobre Alice Herz Sommer, uma senhora de 109 anos, a mais idosa sobrevivente do Holocausto ainda viva e a mais velha pianista do mundo!

O filme já está na lista final dos 8 nomeados para um Óscar na categoria dos documentários curtos, na 86ª atribuição dos Óscares em Março do próximo ano. Em Janeiro serão nomeados os finalistas.
"A Senhora no Número 6: A Música salvou a minha vida", o filme dirigido pelo vencedor de um Óscar, Malcolm Clark, recebeu recentemente a sua estreia na Grã-Bretanha como parte do Festival do Cinema Judaico do Reino Unido. O filme conta a história da senhora Alice Herz Sommer, uma pianista nascida em Praga que tocava em concertos de música clássica, e que esteve no campo de concentração de Theresienstadt. O número 6 refere-se ao número do apartamento em que ela vive atualmente no Norte de Londres.  

Neste filme - que demorou cerca de 2 anos e meio a realizar - ela partilha os seus pontos de vista de como viver uma vida longa e feliz, a centralidade da música, sempre falando com candura e otimismo, não obstante os traumas que teve de enfrentar.
Segundo Chris Branch, um dos produtores do filme, o interesse no mesmo subiu consideravelmente desde o anúncio de que ele tinha entrado na shortlist.
Alice foi enviada para Terezin com o seu marido Leopold Sommer e o filho Raphael, com seis anos de idade, no ano 1943. Ela tocou em mais de 100 concertos no campo de concentração, e apesar de tanto ela como o filho terem conseguido sobreviver, acabou  perderdo a mãe e o marido em Auschwitz.
Impressionante é o fato de ela nunca ter odiado os nazis, nem de nunca o querer fazer.
"Nunca odiei. O ódio só atrai ódio." - afirmou a anciã.

Depois da guerra, Alice e o filho deixaram a Europa e foram para Israel, onde viveram e trabalharam até imigrarem para Londres, em 1986. O seu filho, conceituado violoncelista e maestro, morreu subitamente em 2001.
O filme exibe fotografias e filmagens raras e antigas, com muitas cenas de Alice tocando o piano. Capta também a sua força moral, modéstia e humor, e ela é inequívoca quando afirma que a música preservou a sua sanidade mental e trouxe-lhe esperança:"A música salvou a minha vida, e salva-me ainda."

Branch acredita que "A Senhora no Número 6"não deveria ser visto apenas como um documentário acerca do Holocausto, mas como um testemunho do seu amor à música e como esta a ajudou a sobreviver. O filme é "um testamento ao poder do pensamento positivo" - afirma o produtor.
O produtor descreve o trabalho de realizar o filme como uma labuta de amor, primariamente pelo facto de ter sido subsidiado a 100% pelos produtores, sem ajuda exterior, e com poucas perspectivas de retorno financeiro. Tanto Branch como o seu colega produtor e amigo de longa data Nick Reed anunciaram que no caso de haver algum retorno economico, ele irá diretamente para a Fundação Musical Rafael Sommer.

QUASE COM 110 ANOS!
No próximo dia 26 de Novembro Alice completará 110 anos, e os produtores do filme estão tentando conseguir 110.000 mensagens de parabéns através do facebook. Apesar de ainda viver no número 6, Alice mal consegue ver e ouvir. 
O final do filme deixa-nos com o seu triste comentário de que "Só quando somos assim tão velhos - só então - é que nos conscientizamos da beleza da vida."


Shalom, Dona Alice!

Nenhum comentário:

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...