sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Padres estupraram freiras, admite Vaticano


Relatório reconhece que missionários obrigaram religiosas a tomar pílula e abortar
CIDADE DO VATICANO - O Vaticano admitiu ontem a existência de um relatório segundo o qual alguns padres e missionários forçaram freiras a fazer sexo com eles e, em alguns casos, cometeram estupro e obrigaram as vítimas a abortarem. Algumas freiras foram forçadas a tomar a pílula, segundo o informe citado pelo jornal La Repubblica. O Vaticano declarou que o problema estava restrito a uma área geográfica específica, mas o relatório menciona casos em 23 países, incluindo o Brasil, Estados Unidos, Itália, Irlanda, Índia e Filipinas.
A declaração do Vaticano informa: "Em relação às notícias sobre casos de abuso sexual contra freiras, cometidos por sacerdotes e missionários, o principal porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls, informa o seguinte:
`Temos conhecimento do problema e ele está restrito a determinada área geográfica. A Santa Sé está tratando dessa questão, em colaboração com bispos, com a União de Supervisores Gerais (associação de dirigentes de ordens religiosas masculinas) e a União Internacional de Superioras Gerais (dirigentes de ordens religiosas femininas)'."
Embora o Vaticano não tenha designado a área geográfica pelo nome, o relatório afirma que a maioria dos incidentes de abuso sexual mencionados ocorreu na África, onde as freiras foram identificadas como "ilesas", após a disseminação da aids no continente.
Denúncias - Acusações feitas no relatório, contendo assinaturas com nomes e sobrenomes, foram levadas ao conhecimento das autoridades eclesiásticas, em várias ocasiões durante a década de 90, afirma o artigo do La Repubblica, assinado por Marco Politi, um respeitado correspondente no Vaticano.
A autora do relatório é a freira e médica Maura O'Donohue, que o apresentou ao diretor da Congregação do Vaticano para as Santas Ordens, cardeal Martinez Somalo, em fevereiro de 1995. O cardeal determinou que um grupo de trabalho da congregação estudasse o problema com a freira, que coordenava o Fundo Católico-Romano para o Desenvolvimento no Exterior (Cafod).
Maura fez referências específicas a determinados casos, num dos quais um padre obrigou uma freira a fazer um aborto, depois do qual ela morreu. A missa de réquiem para ela foi realizada pelo próprio padre.
O relatório informa que, na África, certos padres procuram freiras "por medo de contrair aids com prostitutas".
Num dos casos citados, 20 freiras da mesma comunidade ficaram grávidas ao mesmo tempo. Em outro, uma madre superiora foi continuamente ignorada pelo bispo local quando reclamou que os padres da diocese haviam engravidado 29 das freiras do seu convento. O bispo afastou a religiosa do cargo. (Reuters)

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