Ele foi um dos mais importantes líderes da história moderna de Israel, tendo participado da criação do Estado de Israel, em 1948, e tendo uma conturbada carreira política e militar.
Grupos de direitos humanos o acusam de estar por trás de vários massacres de civis palestinos. Sharon era líder da Unidade 101, responsável por ações militares que levaram a óbito muitas mulheres e crianças.
Entrou para a política em 1973, eleito para o congresso pelo partido de direita Likud. Foi reeleito em 1977. Em 1981, foi convidado para ser ministro da Defesa, e acabou comandando a invasão do Líbano no ano seguinte. Sempre em confronto direto com a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), comandada por Yasser Arafat. As sucessivas acusações por ter sido responsável por episódios que envolviam civis, como os massacres de Sabra e Shatila, o forçaram a deixar o cargo em 1983.
A Justiça israelense concluiu que ele foi indiretamente responsável pelas mortes, mas ele continuou atuante, participando de sucessivos governos. Tornou-se ministro da Habitação, em 1990, dando grande incentivo à construção de muitas colônias e estradas na faixa de Gaza e na Cisjordânia, territórios disputados por palestinos, mas ocupados por Israel.
Foi ainda ministro do Exterior de Benjamin Netanyahu, em 1998. No ano seguinte tornou-se líder do Likud. Com o fracasso nas negociações de paz entre Israel e a Autoridade Palestina, em 2000, Sharon tornou-se o símbolo máximo do nacionalismo judeu, pois se negava a fazer negociações que incluíssem a divisão de Jerusalém.
No mesmo ano, gerou uma intifada (revolta) dos palestinos quando visitou o espaço do Monte do Templo em um dia sagrado islâmico.
Eleito primeiro-ministro em 2001, sempre afirmou que não iria “se dobrar” aos palestinos. Foi dele a ideia de construir um muro para separar cidades e assentamentos judeus nos territórios palestinos. Enfraquecido em seu partido, em 2005 criou o partido Kadima, esperando ser reeleito como premiê. Contudo, um acidente vascular cerebral no ano seguinte o deixou em coma até sua morte.
GP
Nenhum comentário:
Postar um comentário