quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Mark Driscoll é acusado de desviar verbas e transformar Mars Hill em seita

Até recentemente, o pastor Mark Driscoll, da megaigreja Mars Hill em Seattle, desfrutava de grande popularidade, especialmente entre os jovens. Ele aliou a teologia tradicional a um visual que lembrava um cantor de rock, escreveu livros que se tornaram best sellers e trechos de suas pregações foram compartilhados milhões de vezes nas redes sociais.
Fundada por ele em 1996, a igreja chegou a ter 14.000 membros e gerou 15 “igrejas-satélites”. Localizadas em outras cidades e estados, todo domingo as pessoas o acompanhavam ao vivo pela internet em telões colocados nessas igrejas associadas.
Ano passado, seus problemas começaram a se multiplicar e a igreja foi perdendo centenas de membros a cada mês. Ele foi acusado de ter plagiado trechos de alguns de seus livros, pagado uma empresa para comprar milhares de cópias de Real Marriage (seu livro sobre casamento) para colocá-lo nas listas dos mais vendidos, e foi acusado de não prestar contas do dinheiro doado por fiéis que seria usado para plantar igrejas na África e na Índia.
No final do mês passado, foi revelado que no ano 2000, ele postava comentários em um fórum on-line da igreja sob o pseudônimo de William Wallace II. Usando esse codinome ele usou palavrões, e usou expressões machistas e até vulgares para se referir às mulheres.
Não bastasse isso, um grupo de ex-membros da igreja começou recentemente a fazer campanhas nas redes sociais contra Driscoll, acusando-o de ter transformado a Mars Hill em seita e ter explorado o trabalho de dezenas de obreiros e “abusado espiritualmente” deles.
Para eles, o pastor tem dividido famílias, amaldiçoado aqueles que decidiram sair da igreja e desprezando quem sempre o ajudou. Ressaltam ainda que muitos de seus ensinamentos recentes são “antibíblicos” e que ele se recusa a corrigir seus erros.
Driscoll tomou uma série de decisões para tentar reverter essa imagem negativa, pedindo oficialmente desculpas pelas palavras ofensivas que usou, justificando que era inexperiente e imaturo na época. Também ordenou que a editora reconhecesse os trechos plagiados de alguns seus livros e parou de colocar na capa dos livros o adesivo onde dizia que ele era um “campeão de vendas”.
Divulgou ainda um vídeo onde esclarece que os fundos que seriam originalmente destinados à plantação de igrejas no exterior, acabaram ficando na Mars Hill para cobrir as despesas das igrejas nos EUA. Por várias vezes veio a público defender-se das acusações, mas sempre apresentava alguma justificativa.
Em relação aos que o atacavam online e diziam ser ex-membros, afirmou ser impossível reconciliar-se com eles ou se desculpar, pois eram “anônimos”. Revoltados, cerca de 600 deles se uniram em protestos nas redes sociais, identificando-se e relatando os motivos pelo qual saíram da igreja. Entre eles estão vários pastores.
Como o pastor Mark não demonstrou publicamente seus erros, 65 desses ex-membros fizeram um protesto em Bellevue, Washington, no último domingo. Eles foram para a rua divulgar os motivos que os fizeram sair da Mars Hill, entre eles os ensinamentos sobre o casamento que oprime as mulheres, o temperamento “difícil” do ex-líder e sua “propensão ao bullying”.
Rob Smith, um ex-diretor de programação da Mars Hill, afirma que “Nesta igreja, as mulheres são apenas objetos. Elas existem apenas para agradar seus maridos. Na minha teologia, Jesus libertou as mulheres. Jesus estava rodeado por mulheres fortes”.
Judy Abolafya, que participou da Mars Hill durante 14 anos, afirmou enfaticamente que Driscoll “precisa renunciar”, pois fez “uso indevido de finanças da igreja” e mantém uma atitude “arrogante e abusiva”.
O pastor Driscoll não apareceu para conversar com as pessoas que faziam o protesto, preferindo publicar um vídeo com um pedido de desculpas genérico. Lembrou que o crescimento meteórico da igreja foi “incrível, surpreendente, maravilhoso, e um grande milagre.”
Disse que preferiu não rebater todas as críticas que tem recebido pois esse processo para ele tem sido “difícil e um pouco confuso”. Mas deixou claro que não abandonaria seu posto de líder da igreja. E acrescentou: “Espero fazer isso pelos próximos, 30, 40 anos e fazê-lo melhor, pela graça de Deus”. Com informações Christian PostSeattle Times e Seattle Pi

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