sexta-feira, 5 de setembro de 2014

MALDIÇÃO COMUNISTA - Figura de Chávez vira símbolo religioso

Longe de desaparecer do imaginário coletivo venezuelano, o líder bolivariano Hugo Chávez é lembrado, seis meses após sua morte, por meio de pequenos altares montados em casas de famílias e pelo governo que transformou o falecido presidente em "comandante supremo" e interlocutor de Deus.
O falecido líder protagoniza orações e a frase "Chávez nosso" não só inicia várias rezas, mas também dá nome ao concurso do Ministério da Cultura da Venezuela para premiar o melhor poema, canção e mural dedicado ao "comandante supremo e eterno".
"Chávez nosso que estás nos céus" é, além disso, uma série de curtas de animação do canal estatal "VTV" que mostram o líder bolivariano nas nuvens, conversando com Simón Bolívar, Che Guevara e outros ídolos da esquerda venezuelana.
Lojas especializadas em venda de artigos religiosos em Caracas vendem a imagem de Chávez feita em gesso - de corpo inteiro, busto médio e pequeno - a preços que variam, segundo o tamanho, entre 80 bolívares (US$ 15) e 950 bolívares (US$ 320).
O pequeno "é o que vende mais", de acordo Yusmari, uma vendedora da loja El Cristo II, estabelecimento onde é possível conseguir todos os tamanhos de figuras de Chávez, embora aquelas em que o governante aparece sem uniforme militar já estejam esgotadas.
O Chávez de corpo inteiro e 120 centímetros de altura, vestido de militar, é escoltado por figuras de "divindades" da religião iorubá, originária da África e essência do sincretismo religioso cubano.
Sua figura é acompanhada ainda pelos representantes de cortes religiosas venezuelanas como María Lionza e os heróis da independência Simón Bolívar e Pedro Camejo, para os quais também se reza.
O funcionário da loja El Príncipe de los Arcángeles, Albert Madrid, disse à Agência Efe que começaram a vender a figura do líder por causa da insistência dos clientes.
"Começaram a pedir pouco depois da sua morte", garantiu à Efe o vendedor.
Além das lojas esotéricas, o escultor Julio Briceño prepara em uma oficina de Caracas bustos e uma escultura de três metros do governante falecido.
Em julho, Briceño ficou conhecido após a publicação de uma nota por parte de um jornal venezuelano que reproduziu o comentário que o artista fez em seu perfil no Facebook sobre a figura que prepara.
Além disso, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, escolhido por Chávez como seu sucessor, quatro meses antes de morrer, insiste quase diariamente em seus discursos no fato de que o líder da revolução venezuelana foi um tipo de novo Jesus.
No dia 13 de março, por ocasião do anúncio que o cardeal argentino Jorge Bergoglio era o novo papa, Maduro, o então presidente encarregado da Venezuela, disse que Chávez influenciou Cristo para que um sumo pontífice sul-americano fosse eleito.
Quando a morte de Chávez completou cinco meses, no dia 5 de agosto, Maduro comparou o líder com Cristo e declarou que ele também tinha tido, como missão na Terra, "proteger aqueles não possuíam nada".
"Cristo fez-se carne, fez-se nervo, fez-se verdade em Chávez", comentou Maduro em cerimônia no Quartel da Montanha, no oeste de Caracas, onde o comandante foi sepultado.


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