quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Aquecimento global aproxima planeta do Apocalipse, dizem cientistas

Imagem do "Doomsday Clock" na última alteração, em 2010.Getty Images/Getty - Imagem do "Doomsday Clock" na última alteração, em 2010.
Um “relógio” fictício criado há 70 anos para medir quão próxima a humanidade está de sua extinção deve voltar a se movimentar hoje.Ele estava a 5 minutos da meia-noite (horário que representa a “extinção”) e nesta quinta, 22, foi "adiantado" para apenas três minutos - somente um "minuto" a mais do que o momento mais próximo da extinção.
Segundo os cientistas do Bulletin of Atomic Scientists, grupo que monitora a possiblidade de extinção da humanidade,  a negligência dos governos ao redor do mundo de atacar radicalmente o aquecimento global. Estados Unidos, China e Rússia são os maiores vilões no assunto, porque nem mesmo mandaram representantes à última conferência em Lima, no Peru. As reações, segundo o BAS, estão sendo tomadas em "câmera lenta". "A 'meia-noite' não é uma coisa qualquer: simplesmente significa a extinção da raça humana e da vida no planeta", afirmou Kennette Benedict, diretora do Bulletin of the Atomic Scientists
O relógio, oficialmente chamado de “Doomsday Clock” (“Relógio do Apocalipse”) foi criado há décadas  pelo BAS para dar uma ideia ao mundo de como o homem se aproxima da autodestruição. A criação se seguiu ao lançamento da bomba nuclear em Hiroshima e Nagasaki no Japão. A esposa de um dos cientistas envolvidos no “Manhattan Project” foi quem idealizou a concepção gráfica do “Relógio”.
Durante a Guerra Fria, o relógio se “aproximava” da meia-noite sempre que a tensão entre EUA e União Soviética se agravava. O momento mais próximo da destruição foi em 1953, quando as duas superpotências de então começaram a fazer testes com a bomba de hidrogênio. Com o fim da Guerra Fria, o ponteiro dos minutos do relógio atingiu sua maior distância da “meia-noite”, em 1991, chegando a 17 “minutos” de distância.
Na coletiva dada pela organização científica, os cientistas observaram que muitas das consequências vão muito além da catástrofe natural. "Governos podem perder estabilidade. O Oceano Ártico passará a ser uma área de instabilidade militar porque novas fronteiras se formam. Criaremos um novo tipo de refugiado - os refugiados ambientais", ilustrou o professor Richard Sommerville, da Universidade da California.
A última mudança foi em 2012, quando o relógio passou a ficar a 5 minutos da autodestruição, após o desastre nuclear de Fukushima e da disseminação do virus H5N1. A decisão dos cientistas de mexer o relógio em "dois minutos" indica que a humanidade está se destruindo a passoa mais largos.




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