Barack Obama emitiu uma declaração escrita, condenando os ataques e afirmou que "homens e mulheres inocentes foram descarada e brutalmente massacrados".
Após o massacre que matou cerca de 147 cristãos em uma universidade de Garrisa (Quênia), o presidente Barack Obama emitiu um comunicado em resposta ao ataque, mas não identificou as vítimas como os cristãs e também não citou o grupo extremista como tendo motivações islâmicas. Na quinta-feira passada (2), militantes do grupo terrorista Al Shabaab invadiram o campus da "Garissa University College", separando muçulmanos dos não-muçulmanos e mataram cerca de 147 cristãos, além de deixarem 79 feridos. Na sexta-feira (3), Obama emitiu uma declaração escrita, condenando os ataques e afirmou que "homens e mulheres inocentes foram descarada e brutalmente massacrados". "Michelle e eu reunimos o povo americano para expressar nosso horror e tristeza com os relatos que nos chegam de Garissa, no Quênia. Palavras não podem condenar de forma adequada as atrocidades terroristas que ocorreram em 'Garissa University College', onde homens e mulheres inocentes foram descaradamente e brutalmente massacrados", declarou o presidente norte-americano. "Juntamo-nos ao mundo em luto por eles, muitos dos quais eram alunos que buscam uma educação e uma vida melhor para si e para seus entes queridos". A declaração de Obama passou a explicar que, após o povo do Quênia sofrer com o ataque, os Estados Unidos vão "ficar lado a lado" com o país africano, contra o "flagelo do terrorismo." Assim como Obama citou os 21 cristãos coptas na Líbia que foram degolados por ISIS em fevereiro deste como "cidadãos egípcios", A declaração de Obama na sexta-feira (3) deixou de mencionar o fato gritante que as vítimas foram mortas apenas por confessarem a fé cristã. Daveed Gartenstein-Ross, um membro sênior da Fundação para a Defesa das Democracias, disse ao The Christian Post na última terça-feira (7) que a recusa de Obama para rotular grupos extremistas e suas vítimas martirizados por afiliação religiosa é simplesmente para evitar ser acusado de sectarismo. "É um padrão em termos de comunicações administrativas", explicou Gartenstein-Ross. "Basicamente, é uma estratégia de remover a religião da retórica e não é sem mérito... mas, ao mesmo tempo que é contrário à realidade da situação. As pessoas em Garissa foram mortas porque eram cristãs. Os coptas na Líbia foram mortos porque eram cristãos. É um dispositivo retórico excruciante". Embora Gartenstein-Ross suponha de que a recusa de Obama mencionar fé cristã das vítimas do terrorirsmo 'faça parte de uma retórica de comunicação mais ampla', Nina Shea, diretora do Instituto Hudson para a Liberdade Religiosa, disse ao Christian Post que a administração de Obama nem sempre omite a filiação religiosa quando se discute as vítimas de ataques e deu a entender que poderia haver alguma hipocrisia na omissã da fé cristã das vítimas por parte de Obama. "Em um ataque na Síria, no final de semana passado, a administração não teve problemas para expressar condolências aos alauítas e ismaelitas que foram assassinados", disse Shea. "Isso está em contraste gritante com o presidente Obama e a falha do Departamento de Estado de mencionar que os cristãos foram perseguidos e executados no Quênia durante o mesmo período. Este é um padrão típico para a administração. Pode ser que a administração tenha sido informada pelo seu conselheiros muçulmanos que os muçulmanos ficariam ofendidos pela crítica da ideologia violentamente intolerante do Al-Shabaab, um grupo extremista islâmico". O presidente do Conselho de Pesquisa da Família, Tony Perkins também observou comentários de Obama sobre cristãos na tradicional oração matinal de Páscoa da última terça-feira. "Quando se trata de cristãos perseguidos, não só não temos ação, raramente temos palavras. Como vimos esta manhã no na oração matinal de Páscoa, parece que o presidente e seu governo só trazem os cristãos à pauta quando querem ataca-los", disse Perkins. Continuando com seu padrão de recusar-se a rotular grupos extremistas como islâmicos, Obama mais uma vez, não mencionou o fato de que a organização terrorista Al-Shabaab, um ramo da Al-Qaeda, é inspirado para realizar seus ataques mortais por causa do apelo de sua doutrina islâmica extrema para a jihad. Kyle Shideler, o diretor do Centro de escritório de informações de ameaças da Política de Segurança disse ao Christian Post que a incapacidade de Obama para identificar grupos extremistas mortais como o Al-Shabaab, ISIS e Boko Haram como tendo intenções islâmicos poderia ser uma indicação de que o presidente não tem uma estratégia para derrotar tais grupos islâmicos. "Se não temos uma compreensão clara da doutrina do inimigo, torna-se muito difícil de desenvolver estratégias para derrota-lo. Quando o presidente indica que ele não entende por que é que as pessoas realizam esses ataques [interesses], é indicativo de que o governo não tem uma estratégia que possa ter sucesso", disse Shideler. "Enquanto ele não reforçar ou enfraquecer a Al-Shabaab de uma forma ou de outra, isso enfraquece os Estados Unidos e sua capacidade de lidar com as ameaças, quando não falamos sobre eles de forma honesta e clara". Fonte: Guia-me |
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sexta-feira, 10 de abril de 2015
Obama evita falar em cristianismo ou islamismo, ao comentar o massacre no Quênia e gera divergências
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