Em abril, o nível de perigo aumentou para os cristãos assírios que vivem isolados no nordeste da Síria. Eles estão presos há quase três meses em uma região onde milícias e forças do exército sírio lutam com militantes do grupo Estado Islâmico pelo controle da província de Hassaka.
No final de fevereiro, cerca de mil famílias assírias foram forçadas pelo Estado Islâmico a sair de suas casas, em uma vila próxima ao rio Khabur, e foram enviadas como reféns para as cidades de Qamishli e Hassaka.
Além disso, 242 cristãos assírios, que foram capturados durante os ataques, ainda estão sendo mantidos sem comunicação, segundo as informações recebidas em al-Shaddadi, após um bombardeio entre o Estado Islâmico e o exército sírio na última semana. Oficiais da igreja identificaram que 93 mulheres, 51 crianças e 98 homens foram levados cativos.
Depois de dois meses de negociações por meio de intermediários locais, a igreja tenta conseguir a libertação dos reféns. De acordo com o arcebispo australiano Mar Meelis da Igreja Assíria do Oriente, que falou com a revista Newsweek no dia 1 de maio, os jihadistas exigem um resgate de US$ 23 milhões, ou de US$ 100.000 por pessoa, para libertar os seus prisioneiros. Os militantes supostamente descrevem o resgate como o jizya - um pagamento exigido pela lei islâmica para os não-muçulmanos que se recusam a se converter ao Islã.
Em resposta, um líder de igreja assíria contou que "este é um valor que vai além da capacidade de uma igreja e uma comunidade pequenas como a nossa. Estes prisioneiros são pessoas pobres que dependiam de sua baixa renda como agricultores". Segundo ele, quando a igreja fez uma contraproposta, "uma quantidade razoável de que as famílias podem pagar", ela foi rejeitada, deixando um impasse nas negociações.
"Sim, este homem chamado Sargon tornou-se um muçulmano por algumas horas para salvar sua vida e ser libertado", disse um padre assírio ao World Watch Monitor. "Ele agora está de volta a Qamishli, e seu comportamento está sendo discutido."
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