domingo, 6 de dezembro de 2015

Israel Passado e Presente


Mosaico
Os viajantes a Israel caminham através da história: dos castelos das Cruzadas até os portos onde marinheiros, peregrinos e famosos viajantes passaram algum tempo e então seguiram em frente; de paisagens no deserto que serviam de lar para tribos nômades, exércitos meio esquecidos e mercadores em caravanas de camelos, até túmulos de xeques com cúpulas esbranquiçadas, monastérios silenciosos e sinagogas antigas de mosaicos coloridos.
O Estado de Israel foi criado na Terra de Israel que foi prometida ao Povo de Israel de acordo com a tradição Judaica. Foi onde Jesus, o Messias Cristão nasceu, e o lugar onde Maomé ascendeu aos Céus. O lugar de encontro de três continentes e dois mares, o País é um emaranhado de culturas, costumes e tradições, um País que foi o lar de muitos povos e várias religiões. 

No cruzamento de antigas rotas de comércio, a terra também viu ondas de exércitos conquistadores:  Cananeus, Hebreus, Babilônios, Persas, Gregos, Romanos, Árabes, Império Turco-Otomano e os Britânicos fizeram deste pequeno País tão desejado um campo de batalha onde lutaram por superioridade, construíram fortificações, castelos e palácios reais.

A Terra de Israel nos Tempos Bíblicos


As tribos de Canaã foram as primeiras a se instalarem em Israel, e seus habitantes principais até o segundo milênio antes da Era Comum. Nesses primeiros tempos a região já era um local de encontros de diferentes culturas; Egito ao Sul, Assíria, Mesopotâmia e Ásia Menor ao Norte. 

Durante o segundo milênio antes da Era Comum, muitas tribos iniciaram uma invasão ao País, incluindo os Filisteus que vieram do Egeu e estabeleceram-se
na Planície Costeira ao sul, e os Hebreus que vieram da Mesopotâmia  e estabelceram-se nas colinas.

Os Hebreus conhecidos como Filhos de Israel viveram em uma estrutura de 12 tribos que permaneceu unida pelo primeiro Rei de Israel, Saul até o final do segundo milênio a.E.C. Seu sucessor, David, expandiu as fronteiras do País e fez de Jerusalém, até então Cidade Jebuseia, sua capital.

Foi aqui que seu filho , o Rei Salomão construiu o Templo com a Arca Sagrada. Após a morte de Salomão, o reinado dividiu-se em dois, com 10 tribos ao norte estabelecendo o Reinado de Israel enquanto que as 2 outras tribos estabeleceram o Reinado de Judá nas colinas de Jerusalém.No ano 721 a.E.C, o Reinado de Israel foi conquistado pelos Assírios, as 10 tribos foram enviadas ao exílio e são consideradas “perdidas” até os dias de hoje. O Reinado de Judá foi conquistado pelos Babilônios no ano 586 a.E.C, o Templo destruído e os Filhos de Israel foram ao primeiro exílio Babilônico.
  

No ano de 539 a.E.C, a Babilônia foi conquistada pelos Persas e foi permitido a tribo de Judá retornar a Jerusalém, que fazia parte do Império Persa.Jerusalém foi reconstruída das ruínas e o Segundo Templo foi construído. No ano 333 a.E.C, o Império Persa, juntamente com a Terra de Israel, foi conquistado por Alexandre o Grande, e no ano 66 a.E.C foi conquistada pelo General Romano Pompeu. 

Durante 200 anos o País foi regido por Reis Judeus como um Estado Romano Vassalo Estes foram tempos problemáticos. No ano 70 da Era Comum o Templo foi destruído após uma rebelião dos Judeus e no ano 135 os Judeus foram enviados ao exílio após outra rebelião.Jerusalém foi destruída até a sua fundação e uma cidade Romana foi estabelecida em seu lugar.

Jesus, o Messias Cristão e fundador do Cristianismo, nasceu quando o País estava sob domínio Romano, porém passaram-se 300 anos até que o Cristianismo foi legitimado no Império Romano que se tornou Bizantino no leste.

Como o Cristianismo foi legitimado e tornou-se  religião oficial, a visão da Terra de Israel como Terra Santa desenvolveu-se. Tornou-se o destino de peregrinos e o empreendimento gigantesco de construção prosseguiu com igrejas e monastérios sendo erguidos por todo o País.

Foi nessa época que partes da Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém e a Igreja da Natividade em Belém foram construídas. Restos das edificações desta era podem ser vistos em Ovdat, Cafarnaum (Kfar Nakhum), Khamat Gader e Latrun.
  

No ano 640, o País foi conquistado pelo Califa Muçulmano Omar, começando o período do domínio Muçulmano no País. Foi neste período muito importante, que as rotas de comunicação de toda a região foram abertas entre o Oriente e Ocidente: produtos, arte religiosa e cultural, e conhecimentos científicos começaram a chegar do Ocidente para a Europa enriquecendo mutuamente a ambos.

De acordo com as tradições Muçulmanas, o Profeta Maomé ascendeu aos Céus de Jerusalém e por isso é percebida como a terceira cidade mais sagrada. Nos primeiros anos de domínio Árabe, foi permitido aos Cristãos  entrar em Jerusalém, mas isso foi interrompido no século 11, induzindo o Papa Urbano II a chamar os cruzados para livrarem Jerusalém do domínio Muçulmano.

A primeira cruzada acabou, com a conquista de Jerusalém em 1099. Durante a era das Cruzadas, o País se tornou um dos mais importantes centros comerciais do mundo com rotas de comércio ligando a China, Índia, Madagascar e África ao mercado Europeu. 

As cidades dos cruzados tornaram-se pontos de encontro para mercadores Muçulmanos e Armênios Cristãos e suas equivalências Européias.As ruínas dessas cidades dos Cruzados podem ser vistas em Acre (Ako), Cesareia, Jerusalém, Latrun e Kil ´at Namroud.

A Era das Cruzadas não durou muito tempo. No ano de 1187, os exércitos cruzados foram derrotados por Saladin na batalha de  Karnei Khitin (Hattin). Os cruzados, então, perderam sucessivas batalhas terminando com sua derrota para os Mamelucos na batalha do Acre, sua última fortaleza em 1291. 

Desde o início da conquista dos Mamelucos, o País diminuiu em sua importância política e econômica. A conquista Otomana não acrescentou a sua grandeza. A Terra de Israel foi um atraso para o Império Otomano e com exceção de alguns peregrinos das três religiões monoteístas, o tráfego entre Oriente e Ocidente decaiu. 

Do Antigo ao Novo– O Mandado Britânico e a Criação do Estado de Israel

Aquedutos
O ponto decisivo de importância para o País veio, com a chegada de Napoleão em 1799. A campanha oriental de Napoleão mostrou ao oeste a importância estratégica e econômica do país - um processo que conduziu ao aumento da participação européia no mesmo. 

Novas rotas de viagem e comunicação foram estabelecidas e instituições missionárias Cristãs fixaram-se no país. Mais peregrinos começaram a chegar e Judeus começaram a imigrar para lá.
Estes e outros eventos levaram a um aumento de interesse no país – interesse este que culminou com a conquista Britância em 1918 ao final de Primeira Guerra Mundial.

No ano de 1948, o Mandato Britânico chegou ao fim e o Estado de Israel foi criado. Seus fundadores disseram na Declaração da Independência: “O Estado de Israel será aberto para imigração Judaica e para a o recebimento de exilados; patrocinará o desenvolvimento do país para o benefício de todos os seus habitantes; será baseado na liberdade, justiça e paz como imaginado pelos profetas de Israel; garantirá liberdade de religião, consciência, língua, educação e cultura; respeitará os lugares sagrados de todas as religiões; e será fiel aos princípios da Carta das Nações Unidas”.

O Estado de Israel estabeleceu-se como o ponto de encontro de continentes, história e culturas personificam esta rica rede de culturas. Sua população inclui povos e religiões diferentes, Judeus laicos e religiosos, Árabes Muçulmanos e Árabes Cristãos, Druzos, Beduínos, Circassianos, Samaritanos e Judeus oriundos de 70 países da Diáspora, do Ocidente e da Europa Oriental, África do Norte, Ásia, Américas do Sul e do Norte.
 
As pessoas estão estabelecidas em todo o País, no Neguev, no Arava, na Galileia, na Planície Costeira, nos moshavim, kibutzim, cidades animadas e vilas tranqüilas, completamente dedicadas ao comércio e à indústria, agricultura e pesquisas científicas. 

Todas essas culturas, pessoas e religiões criaram uma tapeçaria de tradições, crenças e costumes que aglutinam o sagrado e o secular, o passado e o presente, o Ocidente e o Oriente.

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