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Na capa, os terroristas afirmam que os ataques da coalizão liderada pelos Estados Unidos são uma “cruzada falida” e que os muçulmanos acabarão vencendo. A imagem é de a bandeira negra do Estado Islâmico “implantada” (via Photoshop) no Vaticano.
No artigo “O regresso da escravidão antes da hora”, além de confirmar a escravização de milhares de mulheres e crianças yazidis, justifica essa atitude em relação à minoria curda, afirmando: “foram divididos entre os combatentes do Estado Islâmico conforme a sharia”.
Ao falar sobre a sua “vitória final”, os jihadistas dão um alerta aos “romanos”, termo genérico usado por eles para denominar a Civilização Ocidental. Explicam que sabem que chegarão a uma trégua quando se defrontarem com um inimigo comum, mas que o Ocidente romperá o acordo, assassinando um muçulmano.
Esse fato iniciará uma batalha, quando surgirá o Messias Islâmico (mahdi), e conquistarão de vez Constantinopla e Roma.
Desde que anunciou a soberania de seu califado, conquistando territórios no Iraque e na Síria, resgatou o conceito de uma guerra religiosa nos moldes dos embates medievais entre muçulmanos e cristãos. Ao escolherem Roma como símbolo do cristianismo mundial, deixam claro que este é seu inimigo número um.
A reportagem principal fala sobre o conflito final, mas trás o alerta: “Se não chegarmos a esse tempo, então nossos filhos e netos irão alcançá-lo, e eles vão vender seus filhos como escravos no mercado de escravos.”
De acordo com algumas tradições islâmicas, o profeta islâmico Maomé previu a ocupação de Istambul, Jerusalém e Roma. A teologia muçulmana xiita afirma que grandes guerras devem ocorrer na Terra, durante as quais um terço da população mundial irá morrer em combate e outro terço por causa da fome e da violência.
Israel deve ser destruído para que então o 12 º imã, chamado de Mahdi, apareça para matar todos os infiéis, levantando a bandeira do Islã em todos os cantos do mundo. Essa narrativa ecoa o conflito narrado no Livro de Apocalipse, mostrando como Cristo derrotará o Anticristo e seus exércitos.
Desde seu surgimento (ainda com o nome de ISIS) o exército jihadista executou milhares de cristãos no Iraque e na Síria. Muitos deles foram crucificados ou decapitados. “Em todo o Oriente Médio, nos últimos 10 anos, em média 100 mil cristãos foram assassinados a cada ano. Ou seja, a cada cinco minutos um cristão é assassinado por causa de sua fé”.
Esse foi o argumento chocante apresentado pelo líder cristão Gabriel Nadaf ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em setembro.
Estima-se que 12 milhões de cristãos viviam no Oriente Médio. A ascensão do Estado Islâmico nos últimos três anos gerou uma nova onda de perseguição contra a comunidade cristã em diferentes países, incluindo Egito, Iraque, Líbia, Irã e Síria. Também teve reflexos na África, onde grupos jiadistas também declararam seus califados e intensificaram os ataques contra cristãos.
Com informações WND
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