quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Kleber Lucas diz em programa da Rede Globo que ninguém precisa “crer igual”

Kleber Lucas no programa Encontro da Rede Globo
Kleber Lucas no programa Encontro da Rede Globo
O cantor e pastor Kleber Lucas participou na manhã desta terça-feira,5, do programa “Encontro com Fátima Bernardes”, na Rede Globo.
Os demais convidados foram Érico Brás, ator da Globo; Kenia Maria, adepta de religião afro e ativista; Ana Vilela, cantora que se declara agnóstica e o artista plástico Vik Muniz.
No início foram exibidas imagens de seguidores de várias linhas religiosas explicando aquilo que eles creem sobre a vida e a morte. Um umbandista, uma espírita, uma católica e um budista resumiram sua fé em poucas frases. Por causa da edição do programa, a impressão final é de que todos falavam sobre (quase) a mesma coisa.
Vestindo uma camiseta com os símbolos de várias religiões, abaixo, em letras garrafais a palavra “Respeito”, o pastor não falou sobre o aspecto único do evangelho entre os sistemas religiosos nem mencionou o nome de Jesus durante o programa.
O tom do Encontro foi dado por declarações como a do neurocirurgião Fernando Gomes Pinto, que costuma participar do programa. Ele defendeu que todas as religiões “abrem um canal” com Deus para que “a energia floresça”.
Para a Kenia Maria, os negros – por questões históricas que remetem à escravatura – têm algum tipo de dívida com as religiões de matriz africana e quem não deseja conhecer é “racista” e preconceituoso”.
Kleber Lucas chamou a candomblecista Kenia de “irmã” enquanto criticava a “bandeira de ódio” levantada por grupos protestantes contra os adeptos de religiões afro.
“Deus foi tão sábio e seus filhos tão diversos que, se ele fizesse uma religião só, não atenderia a todos”, filosofou Fátima. Nenhum dos convidados discordou.
Em seguida, Kleber acrescentou: “Falar da intolerância é colocar Deus dentro de uma caixinha ou de uma gaiola”. Externou ainda que sua teologia é muito influenciada pelo humanismo. “Eu gosto da fala do Rubem Alves que dizia: a teologia não é uma rede que a gente tece para pescar Deus, por que Deus não pode ser pescado. A gente pesca a nós mesmos”, enfatizou.
O cantor contou ainda que, na infância, sua família que era evangélica foi muito ajudada por uma vizinha mãe de santo, sem que a religião fosse um empecilho para a solidariedade.
Como em várias edições do programa, o bloco seguinte foi sobre um tópico não relacionado. Usando uma conhecida tática de doutrinação, as ideias apresentadas apenas reforçavam – de modo indireto – o que havia sido dito antes.
O tema eram as ilusões de ótica e o processo de percepção da realidade pelo cérebro. Através de imagens e pequenos filmes, o telespectador foi convencido que a realidade pode não ser o que se vê. Ou seja, tudo é uma questão de perspectiva.
O programa pode ser assistido na íntegra aqui.
Fonte: Gospel Prime

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