O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) oficiou o Instituto Adolfo Lutz ao Ministério Público e à Secretaria de Estado de Saúde nesta sexta-feira (10).
Durante fiscalização, realizada pelo Conselho na tarde de ontem, foram encontrados indícios de irregularidades em relação ao acondicionamento das amostras para testes de covid-19. Cerca de 20 mil amostras in natura estavam em geladeiras indicadas para a conservação desse tipo de amostras por até 72 horas.
Com um número tão alto e capacidade atual para processar 1,4 mil testes diários, a maior parte deste material estaria fora dos padrões de qualidade e confiabilidade para a realização dos testes, de acordo com protocolos e procedimentos internos da própria instituição.
Na vistoria, entre outras constatações de irregularidades, o Instituto também não demonstrou como realiza o sistema de priorização de exames, conforme determinação da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, para casos graves como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e óbitos.
Além de acionar o Ministério Público, o Cremesp abriu sindicância para investigar as responsabilidades dos médicos e gestores do instituto.
Linha direta
O Cremesp criou canais de denúncia, exclusivos para o período de pandemia de covid-19, que são avaliadas por fiscalizações. Nestes canais, médicos e profissionais de saúde podem relatar falta de insumos, EPIs ou irregularidades em seu ambiente de trabalho, entre outras.
Desde o registro do primeiro caso de covid-19 em São Paulo, já foram recebidas mais de 300 denúncias, de diversos municípios de São Paulo, incluindo a capital.
O Cremesp reitera que é importante que os profissionais de saúde estejam atentos e relatem as irregularidades. As denúncias podem ser feitas pelos seguintes canais do Cremesp: 11 98286-3722 (whatsapp) e covid-19@cremesp.org.br. Outras orientações aos médicos sobre covid-19 estão disponíveis no hotsite covid-19@cremesp.org.br (sem www).
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