A Itália se prepara para banir as sacolas plásticas de lojas e supermercados de todo o país a partir de 1º de janeiro de 2011, quando os consumidores que aguardam as promoções de Ano Novo deverão adotar bolsas biodegradáveis, de tecido ou papel.
Os italianos estão entre os maiores consumidores de sacolas plásticas da Europa, com uma taxa de uso per cápita de mais de 300 ao ano ou cerca de um quarto das 100 bilhões de sacolas plásticas importadas de China, Tailândia e Malásia, usadas em toda a Europa.
"Isto marca um passo importante na luta contra a poluição e nos torna a todos mais responsáveis na reciclagem", disse a ministra do Meio Ambiente, Stefania Prestigiacomo.
Sacolas plásticas são usadas em supermercado de Roma nesta quarta-feira (29). (Foto: Reuters)
Prestigiacomo disse que o governo está lançando uma campanha de conscientização para promover o uso de sacolas feitas de materiais naturais e recicláveis, "que não devem apenas ser práticas e ecológicas, mas também ter estilo".
Grupos ambientalistas saudaram a proibição, apesar da oposição das indústrias.
Fonte: AFP
Battisti, que está preso no Brasil desde 2007, teve a extradição para a Itália negada pelo presidente Lula
Foto: Alessandro Buzas/Futura Press
Foto: Alessandro Buzas/Futura Press
Alguns países da União Europeia articulam um ato de solidariedade à Itália após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter decidido, no último dia de seu governo, não extraditar o ativista italiano Cesare Battisti. Segundo a Folha de S. Paulo, os países aguardam a evolução dos entendimentos entre Roma e Brasília antes de agir. O ato foi discutido por embaixadores europeus durante a posse do ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, no domingo.
Presente na cerimônia, o embaixador da Itália, Gherardo La Francesca, que foi chamado a Roma para consultas depois do ato de Lula, adiou a volta para domingo à noite e participou da posse da presidente Dilma Rousseff e da transmissão de cargo no Itamaraty. La Francesca disse que as conversas entre Itália e Brasil "estão indo muito bem". Como retaliação, o Parlamento italiano poderá negar a aprovação de um acordo de cooperação militar com o Brasil para a construção de navios e fragatas.
Entenda o caso
Battisti foi condenado, à revelia, por quatro homicídios na Itália, nos anos 1970. Desde então, o ativista tem se refugiado em vários países, como a França e México. Foi preso em 2007 no Brasil e desde então cumpre prisão preventiva na penitenciária da Papuda, em Brasília. A prisão era para fins de extradição, ou seja, para evitar que Battisti fugisse novamente.
Com o fim do motivo para a prisão do ativista, cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sobre a libertação de Battisti. Os ministros da Corte só voltam de férias em fevereiro deste ano, mas a soltura do ativista pode ser feita por meio de um mandado de soltura, nem necessidade de sessão do STF.
Presente na cerimônia, o embaixador da Itália, Gherardo La Francesca, que foi chamado a Roma para consultas depois do ato de Lula, adiou a volta para domingo à noite e participou da posse da presidente Dilma Rousseff e da transmissão de cargo no Itamaraty. La Francesca disse que as conversas entre Itália e Brasil "estão indo muito bem". Como retaliação, o Parlamento italiano poderá negar a aprovação de um acordo de cooperação militar com o Brasil para a construção de navios e fragatas.
Entenda o caso
Battisti foi condenado, à revelia, por quatro homicídios na Itália, nos anos 1970. Desde então, o ativista tem se refugiado em vários países, como a França e México. Foi preso em 2007 no Brasil e desde então cumpre prisão preventiva na penitenciária da Papuda, em Brasília. A prisão era para fins de extradição, ou seja, para evitar que Battisti fugisse novamente.
Com o fim do motivo para a prisão do ativista, cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sobre a libertação de Battisti. Os ministros da Corte só voltam de férias em fevereiro deste ano, mas a soltura do ativista pode ser feita por meio de um mandado de soltura, nem necessidade de sessão do STF.
- Redação Terra