Os cristãos ocuparam o Oriente Médio durante sete séculos antes do aparecimento do Islã e viveram por outros 14 séculos, sendo parte da civilização islâmica, ou sob a sua legislação. No entanto, jamais a situação dos cristãos atingiu um momento tão instável e difícil como nos últimos dois anos. Hoje, o número de cristãos está caindo vertiginosamente, sobretudo em lugares como o Iraque e a Palestina. As estatísticas não são divulgadas, enquanto a Igreja tenta estimular os poucos remanescentes a permanecerem em suas terras e prosseguir em sua fé. Mas a realidade é que a taxa de emigração é muito alta, e mais e mais famílias tentam se evadir de um lugar que um dia chamaram de lar para uma nova terra, onde aspiram a proteção e segurança. Há cerca de dois anos, a revista National Geographic dedicou uma grande parte de sua edição mensal para assinalar a queda dramática do número de cristãos no Oriente Médio. O nome da reportagem era: “Os fiéis esquecidos”. Infelizmente não foi dada a atenção devida aos fatos revelados pelas histórias reais, que descreviam a situação desesperadora que os cristãos estavam enfrentando. O que mais me impressiona é que, nesse período, a luta passou do “sentimento de ser uma minoria” para o “sentimento de ser um alvo”. Nos últimos dois anos, os cristãos no Oriente Médio simplesmente se tornaram os alvos de fanáticos, de homens-bomba suicidas, catequizados para purificarem suas nações dos infiéis. Em outubro de 2007, Rami Ayyad (um membro da Sociedade Bíblica Palestina) foi sequestrado em Gaza ao sair da única livraria evangélica da Cidade de Gaza. No dia seguinte, seu corpo foi encontrado num matagal e as marcas de tortura indicavam a brutalidade de seus assassinos. Um grupo da Al Qaeda, que atuava em Gaza, assumiu a responsabilidade por lançar bombas na livraria e matar Rami. No entanto, por se tratar de ação contra apenas um indivíduo, não mereceu manchetes. Agressões maiores receberam mais divulgação, quando, por exemplo, os cristãos em todo o Oriente Médio compartilharam a agonia da noite de domingo, em 31 de outubro de 2010: o ataque à catedral católica de Nossa Senhora da Salvação, em Bagdá, no Iraque, que matou pelo menos 58 pessoas após 100 participantes da missa serem mantidos como reféns. Outra violência bem recente aconteceu na madrugada deste último Ano Novo, 20 minutos após a meia-noite, quando um carro-bomba explodiu em frente à Igreja Ortodoxa Copta, em Alexandria, no Egito, matando mais de 20 e ferindo mais de 75 cristãos presentes à vigília de Ano Novo. Após incidentes como esses, as primeiras reações que eu percebo nos cristãos são de raiva e ódio. Sentimentos de ódio contra tudo que é muçulmano e um sentimento de traição que se revolve a cada vez que acontece um ataque. Mas também escuto ponderações deste tipo: “Nem todos os muçulmanos querem matar cristãos, são pouquíssimos os que têm esses pensamentos. A maioria nunca vai pensar desta maneira.” E escuto a voz de um muçulmano do Afeganistão que viu um pastor fanático ameaçando queimar o Alcorão: “Nem todos os cristãos são maus. Apenas esses poucos radicais.” Nós deveríamos permitir que as ações pavorosas de uns poucos indivíduos comprometam a reputação de toda uma nação? É assim que as coisas têm sido, e o perigo é permitir que essas pessoas levantem mais barreiras de ódio e produzam enganos ainda maiores, como a disseminação da falsa notícia de que as religiões estão em guerra. Ao contrário, eu exorto cada cristão árabe a permanecer com mais firmeza em sua terra e a desempenhar um papel mais ativo em sua comunidade. Nós precisamos lembrar uns aos outros, e ao povo em redor, que nossos ancestrais cristãos foram os primeiros a receber o Espírito Santo nesta terra, no Dia de Pentecostes, há pouco mais de 2 mil anos. Nós precisamos lembrá-los de que nossos antepassados exerceram um papel muito importante na construção do mundo árabe e seus fundamentos. Os cristãos árabes foram, e ainda são, figuras influentes na saúde, na ação social, nas artes e na cultura do Oriente Médio – isto sem falar das muitas personalidades conhecidas historicamente nesta região, por sua criatividade, inventividade e imaginação. Como cristãos palestinos sob ocupação israelense por mais de 60 anos, nós aprendemos a resistir. Hoje, o mundo pergunta como será o Oriente Médio sem cristãos. Enquanto muitos lutam para obter a resposta, outros tentam encontrar soluções. Uma observação é: “Um Oriente Médio sem a presença de cristãos não é mais um Oriente Médio árabe, mas apenas um Oriente Médio muçulmano.” Porém, como cristão árabe, eu me lembro das palavras de Jesus: Estas coisas vos tenho dito para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. Nós somos chamados para ser corajosos, para cumprir nosso chamado para ser Sal e Luz nesta parte do mundo, neste momento particular da história: ser Luz, porque a escuridão é muito grande e porque devemos levar esperança ao mundo de desespero e dor à nossa volta; ser Sal, porque o sal conserva e nós devemos conservar o amor de Deus por meio da preservação do Seu Reino na terra, orando: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Fonte: Missão Portas Abertas |
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Quando cristãos se tornam alvos
LUANDA- Ministra da Família reconhece parceria com Igreja Bom Deus
Angop | |
Ministra da Família e Promoção da Mulher, Genoveva Lino | |
Luanda - A ministra da Família e Promoção da Mulher, Genoveva Lino, reconheceu hoje (terça-feira), em Luanda, o empenho da Igreja Fraternidade Evangélica de Pentecostes na África em Angola (IFEPAA) Bom Deus, na formação religiosa, académica e profissional dos jovens.
Falando na cerimónia dos 30 anos de existência da igreja, assinalados hoje (15 de Fevereiro), Genoveva Lino disse que esta tem contribuido no resgate dos valores morais e cívicos no país.
"Em nome do Executivo angolano, particularmente do seu Chefe, José Eduardo dos Santos, felicito a IFEPAA pelo seu aniversário e pela construção desta igreja de Viana, local onde nos encontramos", afirmou na presença do primeiro secretário provincial de Luanda do MPLA, Bento Bento.
Em sua óptica, esta igreja tem sabido levar a mensagem, incluindo a de reconstrução de Angola, cujo processo decorre.
"Estamos a fazer de Angola um país melhor, desenvolvido e que não deva nada para outras potências", frisou a governante, para quem o objectivo é tornar Angola uma grande nação.
A Igreja Fraternidade Evangélica de Pentecostes na África em Angola (IFEPAA) Bom Deus foi fundada no município da Maianga, em Luanda, a 15 de Fevereiro de 1981, pelo apóstolo Simão Lutumba.
Actualmente possui 909 paróquias em Angola e está implantada em países como África do Sul, Cabo Verde, Etiópia, Guiné Bissau, Malawi, Moçambique, Namíbia, São Tomé e Príncipe, Suazilândia, Zimbabué.
Está também em Madagascar, Alemanha, Bélgica, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Portugal, Reino Unido, Suiça, República Federativa do Brasil, Tailândia e Israel.
Em Angola, possui um instituto superior polivalente, uma clínica e maternidade, cinco escolas do primeiro e segundo ciclo e um centro de formação profissional.
Cristãos Chamados a Cooperar na Criação de Novo Governo no Egito
Os Cristãos egípcios tem sido chamados a cooperar com os Muçulmanos para garantir a igualdade de direitos para a minoria, enquanto a nação começa seu processo para formar novo governo.
Apesar da renúncia do presidente Hosni Mubarak, sexta-feira passada, ter sido vontade da nação, o seguinte passo é o que realmente conta, insistiu o jesuíta Samir Khalil Samir, egípcio especialista em Islã e assessor da Igreja Católica sobre as relações entre Muçulmanos e Cristãos.
Em uma entrevista com a Agência Católica de Notícias, ele assinalou que uma reforma constitucional era necessária para “ajudar as pessoas a viverem um pouco mais humanamente.”
“Talvez depois disto, depois de ter passado por um regime autoritário, as pessoas realmente tratem de fazer algo mais democrático,” disse.
Uma mostra da solidariedade entre Cristãos e Muçulmanos durante os recentes protestos demonstrou ser um sinal de “esperança do Egito,” disse Samir. “Os Cristãos e os Muçulmanos estavam juntos. Não tínhamos nenhum apelo extremo ao Islã.
No entanto, ele reconheceu que sempre existirá um impulso pela islamização no Egito, uma nação predominantemente muçulmana.
Alaa Setyan, advogado de direitos humanos com experiência em defesa dos membros minoritários nos casos de brutalidade política, expressou sua preocupação pelos direitos de todos os cidadãos, incluindo os Cristãos.
“Temo pelos direitos de todas as pessoas, como os irmãos muçulmanos e cristãos. Eu temo que poderiam ser tratados injustamente, creio que todos somos pessoas iguais e cada um deve ter seus direitos, qualquer que seja sua forma de pensar, qualquer que seja a sua religião,” foi citado pela NPR.
Enquanto os militares governam o período de transição do Egito, Samir afirmou que os Cristãos devem estar “muito involucrados na sociedade, no mundo político, social e econômico da nação.”
Ele assinalou a igualdade no mercado de trabalho, a capacidade de obter permissões para construir Igrejas e a liberdade dos egípcios de converterem-se ao Cristianismo sem a ameaça de danos, como as principais áreas de preocupação para a comunidade cristã.
“O ponto principal é este : que todos estejamos sob a mesma regra,” disse.
O Conselho Supremo de Forças Armadas recebeu o poder de Murabak depois que partiu e já começou a dissolução das câmaras alta e baixa do parlamento.
O órgão legislativo temporal executará os assuntos do país até que um novo presidente seja eleito, e tem prometido aos cidadãos um referendum sobre as reformas constitucionais.
CRISTIAN POST
Apesar da renúncia do presidente Hosni Mubarak, sexta-feira passada, ter sido vontade da nação, o seguinte passo é o que realmente conta, insistiu o jesuíta Samir Khalil Samir, egípcio especialista em Islã e assessor da Igreja Católica sobre as relações entre Muçulmanos e Cristãos.
Em uma entrevista com a Agência Católica de Notícias, ele assinalou que uma reforma constitucional era necessária para “ajudar as pessoas a viverem um pouco mais humanamente.”
“Talvez depois disto, depois de ter passado por um regime autoritário, as pessoas realmente tratem de fazer algo mais democrático,” disse.
Uma mostra da solidariedade entre Cristãos e Muçulmanos durante os recentes protestos demonstrou ser um sinal de “esperança do Egito,” disse Samir. “Os Cristãos e os Muçulmanos estavam juntos. Não tínhamos nenhum apelo extremo ao Islã.
No entanto, ele reconheceu que sempre existirá um impulso pela islamização no Egito, uma nação predominantemente muçulmana.
Alaa Setyan, advogado de direitos humanos com experiência em defesa dos membros minoritários nos casos de brutalidade política, expressou sua preocupação pelos direitos de todos os cidadãos, incluindo os Cristãos.
“Temo pelos direitos de todas as pessoas, como os irmãos muçulmanos e cristãos. Eu temo que poderiam ser tratados injustamente, creio que todos somos pessoas iguais e cada um deve ter seus direitos, qualquer que seja sua forma de pensar, qualquer que seja a sua religião,” foi citado pela NPR.
Enquanto os militares governam o período de transição do Egito, Samir afirmou que os Cristãos devem estar “muito involucrados na sociedade, no mundo político, social e econômico da nação.”
Ele assinalou a igualdade no mercado de trabalho, a capacidade de obter permissões para construir Igrejas e a liberdade dos egípcios de converterem-se ao Cristianismo sem a ameaça de danos, como as principais áreas de preocupação para a comunidade cristã.
“O ponto principal é este : que todos estejamos sob a mesma regra,” disse.
O Conselho Supremo de Forças Armadas recebeu o poder de Murabak depois que partiu e já começou a dissolução das câmaras alta e baixa do parlamento.
O órgão legislativo temporal executará os assuntos do país até que um novo presidente seja eleito, e tem prometido aos cidadãos um referendum sobre as reformas constitucionais.
CRISTIAN POST
População Evangélica no Brasil Atingirá 57,4 milhões em 2011, Não é Avivamento, diz Missionário da SEPAL
Missionário da SEPAL fez a projeção da população evangélica de 57,4 milhões para este ano de 2011 e 109,3 milhões para 2020, e diz que as razões para o grande crescimento não se trata de avivamento.
Luis André Bruneto, um dos pesquisadores da SEPAL, Missão Internacional Servindo aos Pastores e Líderes que realiza estudos teológicos, falou ao The Christian Post sobre as projeções da população evangélica para os próximos anos e as possíveis razões que explicam fenômeno do rápido crescimento da população evangélica no Brasil.
A SEPAL realizou um estudo ano passado, baseado nos dados do Censo do IBGE de 2000 e da pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha em março de 2007, encontrando que em 2020 a população evangélica representará mais de 50% da população brasileira.
“Projetamos uma porcentagem de cerca de 52,2% da população evangélica em 2020, ou seja, aproximadamente 109,3 milhões de evangélicos para uma população de 209,3 milhões,” afirmou Luis.
A projeção baseia-se na taxa de crescimento obtida entre os anos de 1990 e 2000 e na premissa de que a taxa de crescimento dessa religião continue a mesma dos últimos 40 anos.
A confiabilidade dos dados é de 95%, afirmou Luis.
Segundo ele, seguindo essa taxa de crescimento anual de 7,42%,, ele informou que para o ano de 2011, chegaremos a 57,4 milhões de evangélicos.
A revista ÉPOCA também divulgou no ano de 2010 estudos sobre o crescimento da população evangélica, avaliando que os evangélicos influenciariam em todas as esferas da vida brasileira.
Para teólogos e antropólogos ouvidos por ÉPOCA, a população evangélica, a partir do crescimento numérico, contribuirá para a diminuição no consumo do álcool, o aumento da escolaridade e a diminuição no número de lares desfeitos.
Na opinião do pesquisador da SEPAL, o fenômeno do grande crescimento não se trata de avivamento. Ele acredita que o avivamento se reflete, “na conversão em massa das pessoas, mas também em profundas mudanças no pensamento da sociedade, direcionada pela influência dos cristãos redimidos.”
“Se tomarmos essas duas linhas de pensamento, não está acontecendo um avivamento no Brasil,” afirmou.
Alguns motivos que o pesquisador lista são, “o evangelismo aguerrido dos evangélicos, a adoção de regras menos rígidas, a ampliação da visão da vida cristã para dentro da sociedade, a flexibilidade dos costumes e o aumento da classe média.”
Na região nordeste do Brasil, onde se constatou menor presença de evangélicos, o estudioso explicou os fatores de acordo com o tipo de região que ele menciona de “dois tipos de nordeste.” O tipo “A,” diz ele, com belas praias, grandes cidades, onde os evangélicos possuem um crescimento abaixo do restante do país, mas aceitável. E o outro, ele chama de tipo “B,” que é o nordeste do sertão, onde os evangélicos raramente passam de 1%.
Como fatores do baixo índice ele cita três razões. A “primeira é a forte raiz católica romana da população, ampliada pela religiosidade sincrética mística.” Um exemplo disso é a forte adoração à ídolos católicos como padre Cícero e frei Damião, que ainda não foram canonizados pelo Vaticano.
A segunda razão se deve à dificuldade de evangelizar as cidades do interior do nordeste. “Boa parte do sertão não possui estradas asfaltadas e os meios de comunicação são precários,” explicou.
A terceira razão é a falta de interesse da Igreja em evangelizar esse povo carente. “Na verdade, a razão para isso é que o retorno financeiro dentro dessa realidade é mínimo, e assim, a missão não consegue se auto sustentar nem mesmo a longo prazo.”Apesar dessas estimativas ele alerta que é necessário pensar além dos números.
Ele questiona, “O que muda na sociedade com tanta gente nas Igrejas?”
A questão do nominalismo na opinião do pesquisador deve avançar, citando um exemplo em que a cidade mais evangélica do Brasil, Quinze de Novembro (RS), tem cerca de 80,4% de evangélicos e a sua cidade vizinha Alto Alegre, a 20 km de distância, tem apenas 0,28% de evangélicos.
“A mais evangelizada ao lado de uma das cidades menos evangelizadas do país.”
Luis também pergunta, “será que a vida num país de maioria protestante pode mudar?” Segundo ele, a resposta para essa pergunta depende de como a liderança se comportará daqui para frente.
Para ele, o Brasil possui hoje uma liderança “despreparada em sua maioria e maioria e carente de direção na teologia, eclesiologia e missiologia.”
Ele expressa também algumas preocupações com relação ao crescimento da população evangélica, como por exemplo crescimento econômico que atrairá líderes materialistas.
“A classe média deve dobrar nos próximos anos isso, “atraindo gente com o “olho gordo” nessa fatia da população, ou seja, líderes materialistas com forte vocação para a teologia da prosperidade.”
Além disso, ele cita que há a “superficialidade da vida do povo brasileiro.”
“Vemos isso presente no meio evangélico brasileiro e deve continuar assim pelos próximos anos, acelerando a dualidade entre ‘vida religiosa’ e ‘vida secular,’ que já existe hoje.”
“A religião é um suspiro da criatura oprimida, a alma de um mundo desalmado, assim como é o espírito de uma situação carente de espírito. É o ópio do povo. Ou seja, qualquer impulso humano gerado por uma insatisfação de nível político, econômico ou social pode ser desviada para objetos religiosos.”
Luis, mencionou também “o egoísmo e o individualismo presente nesses dias, externando também na vida religiosa.”
“Muito embora, parte do povo evangélico se preocupa com o próximo, uma outra parte, e poderíamos afirmar a maioria, se preocupa apenas com o seu bem-estar.”
Entretanto, ele acredita positivamente na transformação da sociedade brasileira e urge para que haja “uma instituição forte que represente os evangélicos, em sua maioria, “que grite alto pelos interesses pautados na Palavra de Deus.”
“Precisamos de fato orarmos ao Senhor dos céus para que essa transformação da nação brasileira possa ser genuína de acordo com os moldes apresentados no Evangelho de Cristo.”
Os estudiosos da SEPAL aguardam a divulgação do próximo censo, o de 2010, para obterem condições reais para verificar as estimativas quanto aos evangélicos e a população brasileira.
Eles planejam após isso fazer o mapa evangelístico do país baseado nos novos dados e compará-los com os anteriores.
CRISTIAN POST
Luis André Bruneto, um dos pesquisadores da SEPAL, Missão Internacional Servindo aos Pastores e Líderes que realiza estudos teológicos, falou ao The Christian Post sobre as projeções da população evangélica para os próximos anos e as possíveis razões que explicam fenômeno do rápido crescimento da população evangélica no Brasil.
A SEPAL realizou um estudo ano passado, baseado nos dados do Censo do IBGE de 2000 e da pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha em março de 2007, encontrando que em 2020 a população evangélica representará mais de 50% da população brasileira.
“Projetamos uma porcentagem de cerca de 52,2% da população evangélica em 2020, ou seja, aproximadamente 109,3 milhões de evangélicos para uma população de 209,3 milhões,” afirmou Luis.
A projeção baseia-se na taxa de crescimento obtida entre os anos de 1990 e 2000 e na premissa de que a taxa de crescimento dessa religião continue a mesma dos últimos 40 anos.
A confiabilidade dos dados é de 95%, afirmou Luis.
Segundo ele, seguindo essa taxa de crescimento anual de 7,42%,, ele informou que para o ano de 2011, chegaremos a 57,4 milhões de evangélicos.
A revista ÉPOCA também divulgou no ano de 2010 estudos sobre o crescimento da população evangélica, avaliando que os evangélicos influenciariam em todas as esferas da vida brasileira.
Para teólogos e antropólogos ouvidos por ÉPOCA, a população evangélica, a partir do crescimento numérico, contribuirá para a diminuição no consumo do álcool, o aumento da escolaridade e a diminuição no número de lares desfeitos.
Na opinião do pesquisador da SEPAL, o fenômeno do grande crescimento não se trata de avivamento. Ele acredita que o avivamento se reflete, “na conversão em massa das pessoas, mas também em profundas mudanças no pensamento da sociedade, direcionada pela influência dos cristãos redimidos.”
“Se tomarmos essas duas linhas de pensamento, não está acontecendo um avivamento no Brasil,” afirmou.
Alguns motivos que o pesquisador lista são, “o evangelismo aguerrido dos evangélicos, a adoção de regras menos rígidas, a ampliação da visão da vida cristã para dentro da sociedade, a flexibilidade dos costumes e o aumento da classe média.”
Na região nordeste do Brasil, onde se constatou menor presença de evangélicos, o estudioso explicou os fatores de acordo com o tipo de região que ele menciona de “dois tipos de nordeste.” O tipo “A,” diz ele, com belas praias, grandes cidades, onde os evangélicos possuem um crescimento abaixo do restante do país, mas aceitável. E o outro, ele chama de tipo “B,” que é o nordeste do sertão, onde os evangélicos raramente passam de 1%.
Como fatores do baixo índice ele cita três razões. A “primeira é a forte raiz católica romana da população, ampliada pela religiosidade sincrética mística.” Um exemplo disso é a forte adoração à ídolos católicos como padre Cícero e frei Damião, que ainda não foram canonizados pelo Vaticano.
A segunda razão se deve à dificuldade de evangelizar as cidades do interior do nordeste. “Boa parte do sertão não possui estradas asfaltadas e os meios de comunicação são precários,” explicou.
A terceira razão é a falta de interesse da Igreja em evangelizar esse povo carente. “Na verdade, a razão para isso é que o retorno financeiro dentro dessa realidade é mínimo, e assim, a missão não consegue se auto sustentar nem mesmo a longo prazo.”Apesar dessas estimativas ele alerta que é necessário pensar além dos números.
Ele questiona, “O que muda na sociedade com tanta gente nas Igrejas?”
A questão do nominalismo na opinião do pesquisador deve avançar, citando um exemplo em que a cidade mais evangélica do Brasil, Quinze de Novembro (RS), tem cerca de 80,4% de evangélicos e a sua cidade vizinha Alto Alegre, a 20 km de distância, tem apenas 0,28% de evangélicos.
“A mais evangelizada ao lado de uma das cidades menos evangelizadas do país.”
Luis também pergunta, “será que a vida num país de maioria protestante pode mudar?” Segundo ele, a resposta para essa pergunta depende de como a liderança se comportará daqui para frente.
Para ele, o Brasil possui hoje uma liderança “despreparada em sua maioria e maioria e carente de direção na teologia, eclesiologia e missiologia.”
Ele expressa também algumas preocupações com relação ao crescimento da população evangélica, como por exemplo crescimento econômico que atrairá líderes materialistas.
“A classe média deve dobrar nos próximos anos isso, “atraindo gente com o “olho gordo” nessa fatia da população, ou seja, líderes materialistas com forte vocação para a teologia da prosperidade.”
Além disso, ele cita que há a “superficialidade da vida do povo brasileiro.”
“Vemos isso presente no meio evangélico brasileiro e deve continuar assim pelos próximos anos, acelerando a dualidade entre ‘vida religiosa’ e ‘vida secular,’ que já existe hoje.”
“A religião é um suspiro da criatura oprimida, a alma de um mundo desalmado, assim como é o espírito de uma situação carente de espírito. É o ópio do povo. Ou seja, qualquer impulso humano gerado por uma insatisfação de nível político, econômico ou social pode ser desviada para objetos religiosos.”
Luis, mencionou também “o egoísmo e o individualismo presente nesses dias, externando também na vida religiosa.”
“Muito embora, parte do povo evangélico se preocupa com o próximo, uma outra parte, e poderíamos afirmar a maioria, se preocupa apenas com o seu bem-estar.”
Entretanto, ele acredita positivamente na transformação da sociedade brasileira e urge para que haja “uma instituição forte que represente os evangélicos, em sua maioria, “que grite alto pelos interesses pautados na Palavra de Deus.”
“Precisamos de fato orarmos ao Senhor dos céus para que essa transformação da nação brasileira possa ser genuína de acordo com os moldes apresentados no Evangelho de Cristo.”
Os estudiosos da SEPAL aguardam a divulgação do próximo censo, o de 2010, para obterem condições reais para verificar as estimativas quanto aos evangélicos e a população brasileira.
Eles planejam após isso fazer o mapa evangelístico do país baseado nos novos dados e compará-los com os anteriores.
CRISTIAN POST
Rebeldes incendeiam vilarejo cristão em Mindanao
Extremistas muçulmanos incendiaram um povoado cristão próximo à cidade de Mlang (norte de Cotabato, Mindanao). Até o momento, não há notícias de mortes, porém dezenas de pessoas tiveram de abandonar suas casas.
Fontes militares filipinas afirmam que o ataque é obra de Ameril Umbra Kato, um ex-líder da Frente de Libertação Islâmica Moro (MILF, sigla em inglês), que recentemente montou sua própria milícia para continuar lutando por um Estado islâmico em Mindanao.
O porta-voz da MILF, Eid Kabalu, declarou que a Frente não tem ligações com o incidente.
"Nós não estamos envolvidos. Trata-se de um longo conflito entre muçulmanos e grupos cristãos locais", disse Kabalu.
"Nós não estamos envolvidos. Trata-se de um longo conflito entre muçulmanos e grupos cristãos locais", disse Kabalu.
Enquanto isso, a MILF e o governo iniciaram, dia 10 de fevereiro, uma nova série de negociações, em Kuala Lumpur (Malásia).
Os especialistas apontam que a divisão dentro do MILF enfraqueceu os líderes do grupo, que estão abertos ao diálogo. Muitos temem novos confrontos entre rebeldes muçulmanos e os militares filipinos.
Fonte: AsiaNews
Jovens são marcados pelo poder de Deus na Renascer em São Bernardo
Um mover de adoração e louvor invadiu a Renascer São Bernardo, na segunda vigília do Ano Apostólico de Abraão, realizada na última sexta-feira. A regional estava completamente cheia de jovens, que com muito samba no pé acompanharam a agitação da banda de axé Sete Vezes Mais e a apresentação de danças e teatro.
Muitos saíram impactos pela palavra ministrada pelo pastor Daniel Tenuta, líder do Projeto Amar, da Renascer Sede. Ele abordou o tema “Sermos um completo Abraão” e traçou sete áreas que iremos revolucionar neste ano de Abraão: vida espiritual, família, prosperidade, preservar e guardar a aliança, mudança na vida profissional, restauração da nossa saúde e vida sentimental.
As vigílias da Estadual São Bernardo do Campo acontecem todas às sextas-feiras que antecedem a Ceia de Oficiais.
Muitos saíram impactos pela palavra ministrada pelo pastor Daniel Tenuta, líder do Projeto Amar, da Renascer Sede. Ele abordou o tema “Sermos um completo Abraão” e traçou sete áreas que iremos revolucionar neste ano de Abraão: vida espiritual, família, prosperidade, preservar e guardar a aliança, mudança na vida profissional, restauração da nossa saúde e vida sentimental.
As vigílias da Estadual São Bernardo do Campo acontecem todas às sextas-feiras que antecedem a Ceia de Oficiais.
Fonte: Igospel
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Portugueses se Manifestam em Frente à Assembléia da República Contra o Crescente Número de Abortos
Representantes de associações contra aborto concentraram-se nesta, sexta-feira, em frente à Assembléia da República de Portugal, em Lisboa, para exigir uma nova discussão sobre uma revogação ou melhor regulamentação da lei da interrupção voluntária da gravidez.
Na escadaria da Assembléia da República, dezenas de jovens universitários se reuniram, vestindo-se de negro e com expressões de sofrimento. Eles traziam flores de papel colorido e fizeram um minuto de silêncio pelas vítimas do aborto, mencionando que “60 mil pessoas que não chegaram a nascer.”
Os jovens são parte da associação “Vida Universitária,” que defendem a vida e se manifestam contra os números espantosos de aborto em Portugal desde que a lei que permite o aborto foi aprovada há quatro anos atrás.
“Não queremos ficar indiferentes, queremos mostrar o nosso horror perante estes números, são 60 mil pessoas que não nasceram nestes quatro anos e é preciso lembrá-los,” afirmou a jovem Inês Avelar Santos, porta-voz da associação.
Desta maneira, o grupo considera que depois de ter sido promulgada a lei que legaliza o aborto desde 2007, a questão tenha que ser reconsiderada e a lei modificada.
A associação divulgou também um manifesto onde se alega que o Estado já gastou mais de 100 milhões de euros para eliminar o número de crianças equivalente à população de Aveiro.
Segundo o manifesto, o governo também “cortou em quase todos os apoios sociais, como o abono de famíllia; e o anunciado cheque bebê ficou na gaveta.”
“Milhares de mulheres vivem com graves dificuldades para sustentar os seus filhos. Mas uma mulher que aborte recebe, durante um mês, um subsídio de ‘maternidade’ correpondente a 100% do seu ordenado,” afirma o documento.
E ele acrescenta que “o Estado Social paga aborto, avião, táxi, hotel e subsídio com o dinheiro que usurpa dos bolsos de quem trabalha.”
Antônio Pinheiro Torres, um dos responsáveis da associação e secretário-geral da Federação Pela Vida, defende que a lei não existisse. Ele não concebe que “uma criança possa ser eliminada por seus pais não terem meios para poder sustentar.”
Ele sugere que a mulher faça e veja uma ecografia antes de abortar, para saber exatamente o que está ocorrendo antes de abortar. E que o aconselhamento seja feito não apenas por pessoas favoráveis ao aborto, mas também por quem o confronte com a possibilidade oposta e lhe mostre as alternativas.
Na escadaria da Assembléia da República, dezenas de jovens universitários se reuniram, vestindo-se de negro e com expressões de sofrimento. Eles traziam flores de papel colorido e fizeram um minuto de silêncio pelas vítimas do aborto, mencionando que “60 mil pessoas que não chegaram a nascer.”
Os jovens são parte da associação “Vida Universitária,” que defendem a vida e se manifestam contra os números espantosos de aborto em Portugal desde que a lei que permite o aborto foi aprovada há quatro anos atrás.
“Não queremos ficar indiferentes, queremos mostrar o nosso horror perante estes números, são 60 mil pessoas que não nasceram nestes quatro anos e é preciso lembrá-los,” afirmou a jovem Inês Avelar Santos, porta-voz da associação.
Desta maneira, o grupo considera que depois de ter sido promulgada a lei que legaliza o aborto desde 2007, a questão tenha que ser reconsiderada e a lei modificada.
A associação divulgou também um manifesto onde se alega que o Estado já gastou mais de 100 milhões de euros para eliminar o número de crianças equivalente à população de Aveiro.
Segundo o manifesto, o governo também “cortou em quase todos os apoios sociais, como o abono de famíllia; e o anunciado cheque bebê ficou na gaveta.”
“Milhares de mulheres vivem com graves dificuldades para sustentar os seus filhos. Mas uma mulher que aborte recebe, durante um mês, um subsídio de ‘maternidade’ correpondente a 100% do seu ordenado,” afirma o documento.
E ele acrescenta que “o Estado Social paga aborto, avião, táxi, hotel e subsídio com o dinheiro que usurpa dos bolsos de quem trabalha.”
Antônio Pinheiro Torres, um dos responsáveis da associação e secretário-geral da Federação Pela Vida, defende que a lei não existisse. Ele não concebe que “uma criança possa ser eliminada por seus pais não terem meios para poder sustentar.”
Ele sugere que a mulher faça e veja uma ecografia antes de abortar, para saber exatamente o que está ocorrendo antes de abortar. E que o aconselhamento seja feito não apenas por pessoas favoráveis ao aborto, mas também por quem o confronte com a possibilidade oposta e lhe mostre as alternativas.
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