A Junta de Missões Mundiais vem acompanhando a situação de epidemia do ebola na região ocidental da África através de relatos de seus missionários naquele continente, de missionários de outras agências, de autoridades de saúde locais e representações diplomáticas brasileiras.
Tal epidemia, iniciada em Guiné até o presente momento, felizmente, não chegou a afetar nossos missionários. No entanto, países como Libéria e Serra Leoa sofrem os efeitos da epidemia. Nestas duas nações a JMM não possui missionários brasileiros, entretanto apoia o ministério de obreiros locais pelos quais também zela.
A JMM reitera sua posição de monitoramento da situação e declara não ser necessária, até o momento, a adoção do plano de retirada de nossos missionários da região. Tal plano já foi elaborado e, caso seja necessário colocá-lo em prática, informaremos em momento oportuno.
Panorama dos campos:
Guiné: A missionária Ana Lúcia Rosa Pereira não chegou a ter notícias sobre infectados pelo ebola. Segundo ela, os casos mais graves são registrados em Serra Leoa e na Libéria. Os quatro missionários do projeto Radical na região também se encontram em segurança. Eles estão recebendo boletins diários da embaixada brasileira sobre a epidemia. A embaixada informou que poderá retirá-los de lá num voo exclusivo, caso seja necessário.
Serra Leoa: A JMM tem três missionários da terra neste país; não há obreiros brasileiros.
Libéria: Não há missionários da JMM neste país, um dos mais atingidos pelo ebola.
Guiné-Bissau: Há três famílias missionárias da JMM neste país, além de três solteiros. Elaine Ovando, dentista e médica emergencial, suspendeu seus atendimentos.
Guiné Equatorial: As duas missionárias solteiras e a família missionária da JMM no país estão bem longe do foco. O coordenador regional, Pr. Hans Udo, orientou-os a permanecerem por lá, por enquanto.
Mali: A missionária Vera Lúcia conta que, graças a Deus, está bem. Mas segue agindo com precauções.
Níger: Os missionários por lá dizem que, por enquanto, não há risco de epidemia de ebola no país.
Senegal: Por enquanto, não há registro de contaminação no país. As medidas preventivas têm sido tomadas pelo governo principalmente nas fronteiras. Pessoas vindas dos locais afetados não entram no país.
Gâmbia: A missionária Edna Dias soube de um caso do vírus no país há muito tempo, mas que agora não há registros da doença.
Burkina Fasso: Há uma família e duas missionárias solteiras da JMM no país, além de 10 missionários do programa Radical. Felizmente, todos estão longe do foco da doença.
O principal responsável médico da cidade de Kenema, no leste de Serra Leoa, epicentro da epidemia de ebola, afirmou que o vírus se espalhou com mais intensidade na região desde que uma curandeira local se prontificou a tratar a febre hemorrágica, atraindo assim os doentes da vizinha Guiné.
O número de mortos pelo surto de ebola na África Ocidental subiu para 1.350, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (20), com 106 novas mortes registradas entre 17 e 18 de agosto em três países.
A agência de saúde da ONU disse que 221 novos casos suspeitos, prováveis ou confirmados do vírus foram registrados em Guiné, Libéria e Serra Leoa no período de dois dias.