sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

De olho na perseguição aos cristãos na Indonésia


De olho na perseguição aos cristãos na IndonésiaA Indonésia é um país com mais de 360 diferentes etnias, 700 dialetos e composto por mais de 17 mil ilhas. Todos esses contrastes que formam o país, independente desde 1949, estão refletidos nas relações sociais e influenciam o cotidiano religioso dos indonésios. 
O país oscilou nos últimos dois anos (2013-2014) entre a 46ª e a 45ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa, lista atualizada anualmente pela Portas Abertas que revela as 50 nações mais opressoras aos cristãos. 
Passando por importantes transformações, a Indonésia tem se desenvolvido muito rápido economicamente nos últimos anos, resultando no crescimento da classe média, predominantemente urbana, e na prosperidade do país. Tem havido também debates mais abertos no parlamento do país sobre questões relevantes à população, o que não existia há algum tempo. Isso é resultado direto de um crescimento e maior abertura da mídia, que tem exposto em seus noticiários os constantes ataques às minorias religiosas e a corrupção desenfreada. Mas essa suposta abertura religiosa é relativa, já que menos da metade da população vive nos centros urbanos e está sob os holofotes da mídia.
De maneira geral, a Igreja não sofre perseguição direta do governo, mas de grupos radicais islâmicos que, por sua vez, exercem muita influência na opinião pública e nas lideranças políticas regionais e locais. Por conta da pressão exercida por esses grupos radicais e por seus militantes que estão nos órgãos públicos do país, algumas províncias como Aceh, Java, Sulawesi e Sumatra têm adotado a prática da lei islâmica (Sharia)
Uma das maiores dificuldades que a Igreja enfrenta é com relação à abertura de templos. Um decreto-lei de 2006 diz que para a abertura de uma igreja é necessário que ela tenha no mínimo 90 membros, obtenha o consentimento de pelo menos 60 vizinhos que professem outras religiões, consiga a aprovação do chefe da província ou vilarejo e do Fórum de Integração Religiosa. 
Apesar de todas as dificuldades, a Igreja continua crescendo no país. Acredita-se que os cristãos correspondam hoje a 10% de sua população total. Continue orando para que a Igreja indonésia tenha mais abertura para cultuar a Deus e compartilhar o amor de Cristo.

ELESMATAM OS CRISTÃOS - Estado Islâmico mantém jornalista cristão como refém e exige U$200 milhões para libertá-lo

                                        
Estado Islâmico mantém jornalista cristão como refém e exige U$200 milhões para libertá-loO jornalista cristão japonês Kenji Goto foi capturado por militantes do Estado Islâmico recentemente, durante uma de suas viagens para a Síria. Ele teria ido à cidade de Aleppo para ajudar a encontrar seu amigo Haruna Yukawa, que também já havia sido sequestrado anteriormente.
Yukawa foi capturado em agosto fora de Aleppo. Goto, que havia retornado para a Síria no final de outubro para tentar ajudar seu amigo, também está desaparecido desde então.
Para Yukawa, que sonhava em se tornar um empreiteiro militar, viajar para a Síria tinha sido parte de um esforço para mudar de vida depois de ir à falência e sofrer a perda de sua esposa, que estava com câncer.
A unidade no Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão estava buscando informações sobre ele desde agosto, segundo as pessoas envolvidas nesse esforço. O desaparecimento de Goto não havia sido relatado até o vídeo da última terça-feira, aparentemente mostrando ele e Yukawa ajoelhados, vestindo camisetas alaranjadas ao lado de um mascarado militante do Estado Islâmico, que empunhava uma faca. No vídeo, o terrorista exige 200 milhões de dólares para libertar os dois.
Yukawa conheceu Goto na Síria em abril e pediu-lhe para leva-lo ao Iraque. Ele queria saber como operar em uma zona de conflito e eles foram juntos em junho.
Yukawa voltou para a Síria em julho por conta própria.
"Ele estava infeliz e não sabia o que estava fazendo. Ele precisava de alguém com experiência para ajudá-lo", disse Goto, de 47 anos, à Reuters, em agosto.
O sequestro de Yukawa esse mês, assombrou Goto, que sentia que tinha que fazer algo para ajudar o amigo.
"Eu preciso ir lá, pelo menos uma vez e falar com os meus "fixadores", para ver qual é a situação atual. Eu preciso falar com eles face a face. Eu acho que isso é necessário", afirmou ele, referindo-se a moradores que trabalham com freelance para correspondentes estrangeiros, criando reuniões e ajudando com o idioma local.
Goto começou a trabalhar como correspondente de guerra em tempo integral em 1996 e tinha estabelecido uma reputação como um operador cuidadoso e confiável para as emissoras japonesas, incluindo a NHK.
"Ele entendeu o que tinha que fazer e ele foi cauteloso", disse Naomi Toyoda, que trabalhou com Goto a partir da década de 1990.
Goto, que se converteu ao cristianismo em 1997, também falou de sua fé no contexto de seu trabalho.
"Já vi lugares horríveis e tenho arriscado a minha vida, mas eu sei que de alguma forma, Deus sempre me salva", disse ele, em maio. Mas ele disse à mesma publicação que ele nunca se arriscou de forma imprudente, citando uma passagem da Bíblia: "Não tentarás o Senhor teu Deus à prova".
Em outubro, a esposa de Goto teve um bebê, segundo filho do casal. Ele tem uma filha mais velha de um casamento anterior, segundo informaram as pessoas que conhecem a família.
Na mesma época, ele fez planos para ir à Síria e carregou vários clipes curtos de vídeo para seu Twitter, uma mostrando-lhe com credenciais de imprensa emitidas por rebeldes anti-governo em Aleppo.
Em 22 de outubro, ele enviou um conhecido - um professor do ensino médio - para dizer que ele planejava estar de volta no Japão, no final do mês.
Goto disse a um parceiro de negócios com os quais ele estava trabalhando para criar um aplicativo de notícias on-line que ele poderia viajar no território controlado pelo Estado Islâmico por causa de sua nacionalidade.
"Ele disse que, como um jornalista japonês, esperava ser tratado de forma diferente que os jornalistas americanos ou britânicos", disse Toshi Maeda, recordando uma conversa com Goto antes de sua partida para a Síria. "O Japão não participou de bombardeio, e apenas forneceu ajuda humanitária. Por essa razão, ele pensou que poderia garantir a cooperação do ISIS".
Amigos de Goto dizem que ele viajou de Tóquio a Istambul e de lá viajou para a Síria, enviando uma mensagem em 25 de outubro, que ele tinha cruzado a fronteira e estava a salvo.
"Aconteça o que acontecer, esta é a minha responsabilidade", disse Goto em um vídeo gravado pouco antes de partir para Raqqa, a capital do Estado Islâmico.
Essa foi a última vez que ele foi visto antes do vídeo, nesta semana.

NÃO SE ILUDA COM O ISLâMISMO - Arábia Saudita aplica lei religiosa e decapita mulher

Arábia Saudita aplica lei religiosa e decapita mulherUm acontecimento no último dia 12 de janeiro dá fortes indícios que o Estado Islâmico não é o único movimento muçulmano que defende a decapitação como forma de punição. Eles estão apenas levando a cabo o cumprimento da sharia – leis religiosas muçulmanas.
Um vídeo ganhou as redes sociais e causou grande polêmica. A gravação mostra autoridades da Arábia Saudita decapitando publicamente uma mulher na cidade de Meca, local mais sagrado da religião islâmica.
Laila Abdul Muttalib Basim, nascida em Myanmar, mas que residia na Arábia Saudita, teve sua cabeça cortada com golpes de espada após ter sido arrastada por quatro policiais pelas ruas. Ela era acusada de ter violentado sexualmente e matado sua filha de sete anos. O vídeo mostra a mulher gritando repetidas vezes “não matei, não matei” e pedindo clemência.
Um homem vestido de branco com uma espada ritual dá três golpes até dividir a cabeça do restante do corpo. O ministro do Interior da Arábia Saudita afirmou em comunicado que a sentença levava em conta a gravidade do crime. Segundo ativistas de direitos humanos, a prática vem crescendo no país. Foram 78 decapitações em 2013; 87 em 2014 e neste ano já chagaram a sete apenas em janeiro.
Um dos principais fornecedores de petróleo do mundo e importante parceiro comercial dos EUA, a Arábia Saudita geralmente não recebe o mesmo tipo de acusações de violação de direitos quanto outros países árabes. Segundo a lei vigente, vários crimes, incluindo homicídio, violação sexual, adultério ou assalto à mão armada podem ser punidos com pena de morte.
Os métodos mais comuns, são a decapitação e o apedrejamento. Também há casos em que o culpado é açoitado publicamente, como o caso recente do blogueiro Raif Badawi, sentenciado a mil chicotadas e 10 anos de prisão por ter criado um site onde defende o liberalismo, incluindo a diminuição da influencia da religião no país. Ele receberá chicotadas publicamente todas as sextas-feiras – dia sagrado no Islã – durante 18 meses, quando sua pena será completa.
Na Arábia Saudita não existe liberdade religiosa, as igrejas são proibidas e até mesmo carregar uma Bíblia é considerado crime.


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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Operadora lança o WhatSIM, um chip para usar apenas o WhatsApp

O WhatSim, criado pela Zeromobile, permite conversar em texto livremente com seus contatos. No entanto, para poder enviar fotos, vídeos e mensagens de voz e compartilhar sua localização, é necessária uma recarga extra.
Na verdade, a ideia é mais voltada a viajantes que não precisariam mais ficar trocando de chip a cada vez que vão para um novo país. Basta colocar o WhatSim no celular e se manter conectado aos seus amigos.
O chip também não é capaz de fazer chamadas telefônicas tradicionais, e também não oferece conectividade para outros aplicativos ou sites. Ele é feito exclusivamente para uso do WhatsApp.
Quem quiser utilizar aqui no Brasil pode comprar o chip no site oficial, com um custo de a partir de 15 euros, aproximadamente R$ 45.


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SINAIS QUE PODEM MOSTRAR QUE VOCÊ ESTA COM DEPRESSÃO


Depressão: Doença pode dificultar concentração e raciocínio, prejudicando o desempenho no trabalho e nos estudos                                    
A depressão afeta 350 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e é mais prevalente entre mulheres. No Brasil, cerca de uma em cada dez pessoas sofre com o problema. Embora seja uma doença comum, a moléstia carrega estigmas que dificultam seu diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento adequado.
O primeiro deles está no fato de a depressão ser um transtorno mental. "Percebemos que o preconceito com as doenças mentais faz com que muitos pacientes, principalmente os homens, demorem a aceitar que têm o problema e a procurar um médico, atrasando o tratamento", diz Rodrigo Martins Leite, psiquiatra e coordenador dos ambulatórios do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. 
Limite — Além do preconceito com os transtornos mentais, a dificuldade de interpretar os sintomas faz com que uma pessoa demore a procurar ajuda. Os sinais podem ser confundidos com sentimentos naturais do ser humano, como tristeza, indiferença e desânimo. Esses sentimentos passam a configurar um quadro de depressão clínica quando a variação do humor começa a afetar negativamente vários aspectos da vida do paciente — da produtividade no trabalho e nos estudos às relações com outros indivíduos, passando pela qualidade do sono e a disposição física para realizar as atividades do dia a dia.
"Muitas vezes é difícil diferenciar a tristeza comum da depressão. O humor das pessoas nunca é constante, sempre vai existir uma variação. Uma situação negativa pode desencadear tristeza, luto. Isso é diferente da depressão clínica, que é uma síndrome que vem acompanhada por outros sintomas", explica Mara Fonseca Maranhão, psiquiatra da Unifesp e do Hospital Albert Einstein.
Definição — Os critérios atuais para diagnóstico da depressão — estipulados por entidades médicas como a OMS e a Associação Americana de Psiquiatria — determinam que, para ser detectada com a doença, uma pessoa deve apresentar ao menos cinco sintomas do transtorno. Entre eles, um deve ser obrigatoriamente o humor deprimido (tristeza, desânimo e pensamentos negativos) ou a perda de interesse por coisas que antes eram prazerosas ao paciente. Os outros sintomas podem incluir alterações no sono, no apetite ou no peso, cansaço e falta de concentração, por exemplo.
Segundo o psiquiatra Rodrigo Leite, os critérios dizem que esse conjunto de sintomas deve ser apresentado pelo paciente na maior parte do dia, todos os dias e durante pelo menos duas semanas para que seja considerado como sinais de depressão. Por isso, estar atento a sintomas como esses — e a duração deles — é importante para que uma pessoa procure um médico e saiba se precisa ser submetida a um tratamento.
Doença do corpo — As causas exatas que levam à depressão ainda não são completamente conhecidas. "Sabe-se que situações como problemas financeiros ou conjugais, desemprego e perda de um ente querido alteram estruturas cerebrais que são sensíveis a hormônios relacionados ao stress, especialmente ao cortisol. Com isso, há um desequilíbrio no cérebro que desencadeia os sintomas depressivos", explica Leite.
Apesar disso, a depressão não é uma doença apenas do cérebro – e levar esse fato em consideração é essencial para o sucesso do tratamento. "As pessoas precisam saber que, diferentemente do que se pensava antes, a depressão não afeta apenas o cérebro, e o tratamento não depende exclusivamente de antidepressivos. Hoje, sabemos que essa é uma doença de todo o organismo", diz Rodrigo Leite.
De acordo com o psiquiatra, cada vez mais a ciência mostra que a doença está relacionada a problemas como baixa imunidade, alterações dos batimentos cardíacos e acúmulo de placas de gordura no sangue. Ou seja, a depressão é também um fator de risco a doenças como as cardíacas, incluindo infarto e aterosclerose. "Ainda não está claro de que forma a depressão leva a essas condições, mas sabemos que a relação existe", diz Leite.
Por esse motivo, o tratamento da depressão não deve incluir apenas antidepressivos. "Pessoas com depressão também precisam evitar hábitos como sedentarismo, tabagismo e má alimentação, que predispõem mais ainda uma pessoa a doenças cardiovasculares. Os pacientes devem saber que mudar esses hábitos é tão importante no tratamento quando os medicamentos."
Os psiquiatras alertam que as pessoas, assim que notarem que apresentam sintomas depressivos — e que eles são duradouros —, devem consultar um médico. "O tratamento contra a depressão com antidepressivos, psicoterapia e mudanças de estilo de vida é eficaz, principalmente se for iniciado precocemente", diz Mara Maranhão.




01 -

Alteração do humor



O principal sintoma da depressão é o humor deprimido, que pode envolver sentimentos como tristeza, indiferença e desânimo. Todos esses sentimentos são naturais do ser humano e nem sempre são sinônimo de depressão, mas, se somados a outros sintomas da doença e persistirem na maior parte do dia por ao menos duas semanas, podem configurar um quadro de depressão clínica. “O humor deprimido faz com que a pessoa passe a enxergar o mundo e a si mesma de forma negativa e infeliz. Mesmo se acontece algo de bom em sua vida, ela vai dar mais atenção ao aspecto ruim do evento. Com isso, o paciente tende a se sentir incapaz e sua autoestima diminui”, diz o psiquiatra Rodrigo Leite, do Instituto de Psiquiatria da USP.
02 -

Desinteresse por coisas prazerosas


Perder o interesse por atividades que antes eram prazerosas é outro sintoma importante da depressão. O desinteresse pode acontecer em diferentes aspectos da vida do indivíduo, como no âmbito familiar, profissional e sexual, além de atividades de lazer, por exemplo. “O paciente também pode abrir mão de projetos por achar que eles já não valem mais o esforço, deixar de conquistar novos objetivos ou de aproveitar oportunidades que podem surgir em sua vida”, diz o psiquiatra Rodrigo Leite.
03 -

Problemas relacionados ao sono



Pessoas com depressão podem passar a dormir durante mais ou menos tempo do que o de costume. É comum que apresentem problemas como acordar no meio da noite e ter dificuldade para voltar a dormir ou sonolência excessiva durante a noite ou o dia. 
04 -

Mudanças no apetite


Pessoas com depressão podem apresentar uma perda ou aumento do apetite — passando a consumir muito açúcar ou carboidrato, por exemplo. Segundo o psiquiatra Rodrigo Leite, não está claro o motivo pelo qual isso acontece, mas sabe-se que, somado a outros sintomas da doença, a alteração do apetite que persiste por no mínimo duas semanas aumenta as chances de um paciente ser diagnosticado com depressão.
05 -

Perda ou ganho de peso



Mudanças significativas de peso podem ser uma consequência da alteração do apetite provocada pela depressão — por isso, são consideradas como um dos sintomas da doença.
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Falta de concentração


Em muitos casos, a depressão também pode prejudicar a capacidade de concentração, raciocínio e tomada de decisões. Com isso, o indivíduo perde o rendimento no trabalho ou nos estudos. Segundo a psiquiatra Mara Maranhão, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a depressão pode impedir que o paciente trabalhe ou estude, ou então faz com que ele precise se esforçar muito para conseguir concluir determinada atividade.
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Cansaço



Diminuição de energia, cansaço frequente e fadiga são comuns em pessoas com depressão, mesmo quando elas não realizaram esforço físico. "O indivíduo pode queixar-se, por exemplo, de que se lavar e se vestir pela manhã é algo exaustivo e pode levar o dobro do tempo habitual", segundo o capítulo sobre depressão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), feito pela Associação Americana de Psiquiatria.
08 -

Pensamentos recorrentes sobre morte


Em casos mais graves, pessoas com depressão podem apresentar pensamentos recorrentes sobre morte, ideação suicida ou até tentativas de suicídio. A frequência e intensidade dessas ideias podem mudar de acordo com cada paciente. "As motivações para o suicídio podem incluir desejo de desistir diante de um obstáculo tido como insuperável ou intenso desejo de acabar com um estado emocional muito doloroso", de acordo com o DSM-5.

Em todos os casos , busque  ajuda de  um pastor , mas também procure ajuda médica.

VIA GRITOS DE ALERTA COM INFORMAÇÕES VEJA.


Missionário que mora no Níger tem casa destruída em protesto; veja vídeo


O missionário brasileiro Alexandre Canhoni, que vive desde 2001 no Níger, teve sua casa destruída no último sábado (17), depois de uma manifestação de muçulmanos contra as charges que mostram o profeta Maomé publicadas pelo jornal francês “Charlie Hebdo”. Ele gravou um vídeo em que mostra a destruição.
Os ataques tiveram como alvo instituições cristãs. No total, os manifestantes saquearam e incendiaram 45 igrejas, entre elas, duas brasileiras, além de cinco hotéis, 36 bares, um orfanato e uma escola cristã. Cinco pessoas morreram, 128 ficaram feridas e 189 foram detidas nas manifestações.
Mais conhecido no passado como o paquito Xand do “Xou da Xuxa”, Alexandre desenvolve trabalhos humanitários com crianças na organização evangélica Guerreiros de Deus, com a mulher e outros quatro brasileiros. Um dos projetos da organização, que oferece refeições a crianças da capital Niamey, tem base no quintal de sua casa. Por isso, a destruição afetou, também, o seu trabalho.
Xand exibe bandeira do Níger em frente a parte de destruição que encontrou na sua casa (Foto:  Reprodução/Facebook/Alexandre Canhoni)
Canhoni conta que se preparava para o almoço, por volta das 13h do último sábado, quando ouviu gritos e, do segundo andar de sua casa, viu fumaça saindo de outras casas e templos que estavam sendo queimados, além de manifestantes com pedaços de pau se aproximando. 
Em vídeo, Canhoni mostra a destruição do local e explica que ouviu os manifestantes gritarem “casa do Alex” quando se dirigiam a ela. Ele diz que é conhecido em Niamey por seu trabalho humanitário. “Nós estamos aqui há muitos anos. Todo mundo me conhece, sabe que somos cristãos. Aqui eles me conhecem não por ser ex-paquito da Xuxa, pelos filmes, de cantar e dançar. Aqui eles nos conhecem como um casal de brancos que chegou em 2001 e começou a ajudar as pessoas”, afirma ao G1.
Antes que os manifestantes atingissem sua casa, ele e sua mulher conseguiram fugir para se abrigar na casa de um amigo. Voltaram apenas neste domingo, para ver o estado em que ficou o seu lar. “Foi afetado tudo. Desde panela e prato, levaram tudo. Saquearam, quebraram, queimaram, roubaram. Foi bem difícil para a gente voltar e dar uma olhada. Foi bem triste”, diz. A casa está sem luz e sem água e as janelas e o portão estão quebrados. Ninguém da organização ficou ferido.

O casal oferece, diariamente, 250 pratos de comida para as crianças atendidas no quintal de sua casa em Niamey. Em todo o Níger são 1.200 refeições, conta Canhoni. O trabalho é voluntário e conta com a ajuda de cerca de 90 pessoas.

Se normalmente o projeto depende de doações para sobreviver, após a destruição do último sábado elas ganharam caráter de emergência. A organização está pedindo contribuições para poder reerguer a estrutura e voltar a alimentar as crianças. “Estamos precisando de verba para começar a reerguer e reabrir tudo”, diz.




VIA  GRITOS DE ALERTA / FONTE G1

Itamaraty afirma ter plano para evacuar missionários brasileiros no Níger

O Itamaraty se pronunciou a respeito dos ataques contra igrejas brasileiras no Níger dizendo que tem planos para tirar os missionários do país.
A evacuação só irá acontecer em caso extremo, para isso o governo pediu que os brasileiros se concentrassem em poucas casas. “Pedimos que eles se reunissem em poucas casas para facilitar uma eventual evacuação. Mas esse seria um caso extremo. A expectativa é de que não cheguemos a esse nível”, disse João Carlos Zanini, encarregado de negócios da embaixada brasileira em Benim.
Os 33 brasileiros que estão na capital Niamey e na cidade de Maradi são assistidos pela Embaixada Brasileira em Benin, um país vizinho ao Níger. Diversas igrejas cristãs coordenadas por eles foram atacadas e destruídas, mas por sorte nenhum deles ficou ferido.
Não há informações de novos ataques, porém o governo brasileiro decidiu esperar até o sábado para ver como os muçulmanos irão se comportar. “Vamos aguardar até sábado, que é o dia de culto islâmico, para dizer que a situação está normalizada”, afirmou Zanini.
Os ataques foram motivados por um protesto dos muçulmanos do Níger contra a revista francesa Charlie Hebdo, além das dezenas de igrejas, escolas e restaurantes também foram saqueados e queimados. Dez pessoas morreram nos atentados. Com informações Terra.