sábado, 27 de novembro de 2010

Feliz Natal. Para quem?

O clima está no ar. O comércio já está todo decorado. O peru já está esperando. O corre-corre aumenta a cada dia. Os shoppings vão ficando pequenos para tanta gente. É Natal! É? Para quem?
Quem quer saber de manjedoura e estrebaria? Quase ninguém. Entre os poucos que se interessam estão os decoradores, afinal, um presépio sempre serve para ilustrar a data, é bonitinho. E só. Não queremos a pobreza e a falta de recursos enfrentados por José e Maria. Não queremos a sujeira e o mau cheiro de animais acolhendo nossa família. Não suportamos a rejeição de todos a nos isolar na escuridão de um estábulo. Queremos vitrines, banquetes e luzes. Mais que querer, achamos que merecemos.
O Feliz Natal das músicas típicas, dos cartões açucarados, dos hipócritas tapinhas nas costas, é um Feliz Natal há muito secularizado. Natal feliz só é feliz se aumentar o faturamento, se bombar a promoção, se receber muitos e super presentes. O atual Feliz Natal perdeu-se no seu materialismo, separando os que podem daqueles que não podem. Para os que podem, ok, Feliz Natal. Já para os que não podem, virem-se.
Não tenho nada contra a prosperidade e a conquista, a festa e o presente, a boa comida e a boa roupa. Pelo contrário, como qualquer cidadão, trabalho e luto para viver bem. A crítica, aqui, se direciona para a usurpação do tema. O mundo dos negócios com seus líderes percebeu rápido que um Feliz Natal é altamente apelativo e lucrativo. Assim, raciocinam, apelemos e lucremos, que mal há?
Jerusalém, quando o menino Jesus nasceu, nem se deu conta. As favelas de Nazaré também nem se importaram. O feliz nascimento de dois mil anos passados foi testemunhado por uma camponesa, um carpinteiro, anjos, pouquíssimos sábios e pastores divinamente avisados e alguns animais. Os demais, naquele país e no nosso planeta, estavam ocupados, cansados, preocupados, distraídos, dormindo, comendo, bebendo, comprando, vendendo, traindo, vivendo, morrendo. Enfim, não tiveram nem tempo, nem interesse, nem atenção para o Deus que nascia.
Falta de tempo. Talvez tenha sido por isso que os sinais divinos, através de anjos e estrela, tenham sido dirigidos para sábios do oriente e pastores de Belém. Enquanto o mundo estava com sua agenda abarrotada de compromissos, sem um mísero minuto sobrando para ouvir os céus, observadores de estrelas e cuidadores de ovelhas tinham espaço na agenda para ouvir e perceber os avisos de Deus.
As estrelas me alertam: olhe sempre para o céu, em qualquer momento Deus pode querer falar. As ovelhas me conscientizam: não despreze a simplicidade das pequenas situações, Deus também fala, e muito, através delas. Um Feliz Natal, de fato, passa longe da sedução imposta pela ditadura do consumo. Um Feliz Natal, de fato, está onde Jesus nasce, em nosso coração. Pois é no coração que nos encantamos com a simplicidade da terra e com as magníficas estrelas do céu. É só através do coração que conseguimos ver e ouvir com sensibilidade as coisas que só a fé é capaz de explicar. Feliz Natal! Para quem? Para você, que O recebeu e assim ganhou de presente o direito de ser filho de Deus, e tudo pela fé, por tão somente crer no nome dEle! João 1.12.
Paz!
Pr. Edmilson Mendes

Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: "Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".
 


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