DE SÃO PAULO
Dez dias após as chuvas que destruíram a região serrana do Rio, já superadas as dificuldades iniciais de acesso às áreas atingidas, a desorganização parece a maior vilã na ajuda às vítimas. A informação é de reportagem de Rodrigo Rötzsch, publicada na Folha deste domingoEnquanto caminhões do Exército ficam estacionados, com seus motoristas aguardando ordens, nos postos de coleta de doações faltam veículos para distribuir a ajuda que a solidariedade da população ajudou a reunir.
O lixo de dez dias ainda se acumula às margens de rios. Pontes que resistiram à força das águas seguem repletas do entulho trazido por elas. Um novo temporal --mesmo de menor intensidade-- pode trazer de volta o terror.
Em Teresópolis, o ginásio municipal Pedrão, principal ponto de recebimento de doações, virou alvo de desconfiança por suspeita de ineficiência e desvios. Enquanto isso, voluntários que decidem agir por conta própria se espalham.
Um caminhão vindo do polo empresarial da Pavuna, com cerca de 20 voluntários, parou em uma esquina em Nova Friburgo. O que se seguiu foi uma caótica distribuição dos donativos. Roupas ficaram jogadas pelo chão enlameado; pessoas levavam mais produtos do que precisavam.
Marcos Michael/Folhapress | |||||||||||
Fonte UOL |
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