quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Após chuvas, casos de leptospirose crescem no Rio de Janeiro Em Nova Friburgo foram registrados 26 casos; dois em Teresópolis

Após chuvas, casos de leptospirose crescem no Rio de Janeiro As cidades atingidas pelas chuvas na região serrana do Rio já têm 28 casos confirmados de leptospirose. A doença é transmitida através do contato com água contaminada por uma bactéria presente na urina de ratos.

De acordo com o balanço semanal divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil, 26 casos foram registrados em Nova Friburgo e dois em Teresópolis.

Apesar de não constar no levantamento da secretaria estadual, a prefeitura de São José do Vale do Rio Preto também confirmou que duas pessoas contraíram leptospirose no município.

O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Alexandre Otávio Chieppe, afirma que a fase atual é de alerta, de ajudar os municípios na investigação dos casos suspeitos, e de monitorar as notificações da doença nos abrigos.

A leptospirose tem um período de incubação longo, que pode ser de um a 30 dias. "Em alguns casos, a pessoa tem febre e dores no corpo (principalmente na panturrilha) após o contato com a água infectada pela urina do rato", disse Chieppe.

O superintendente acredita que o pico de notificações já tenha acontecido, mas não o de casos. "Há possibilidade de novas confirmações de leptospirose. Não dá para fazer qualquer previsão. Temos inúmeros exames com resultado ainda não conhecido", completa.

Segundo Chieppe, o quadro nas cidades atingidas pelas chuvas ainda não pode ser caracterizado como surto. Em janeiro e fevereiro do ano passado, 15 casos de leptospirose foram registrados na região. Em 2003, no mesmo período, foram 45.

Médicos

Além de se preocupar com os crescentes casos de leptospirose, Nova Friburgo enfrenta também outro problema: a falta de médicos. Oito dos 350 profissionais do município pediram demissão por motivos associados à chuva de 12 de janeiro.

"Estamos num momento de grande necessidade dos serviços de saúde. Qualquer diminuição no número de médicos impacta no atendimento da rede pública", diz a secretária de Saúde de Nova Friburgo, Jamila Ribeiro.


Fonte: Folha Online

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