“Estamos trabalhando para agilizar a construção de uma barreira, mas o município não tem condições de bancar sozinho a obra”, informa o secretário de Infraestrutura de Trairi, Carlos Holanda. Segundo ele, trabalho similar resolveu o mesmo problema em outro importante destino turístico do Ceará, na praia de Flexeiras, também em Trairi. Os custos, pela previsão do secretário, serão da ordem de R$ 1,5 milhão para a construção de 1400 metros de barreira. O projeto aguarda o aval do Ministério da Integração Nacional.
No outra margem do litoral cearense, a praça de eventos da Praia da Caponga, recém-reformada, foi devastada pela força das ondas. Com o decreto da situação de emergência da cidade de Cascavel, o município espera que nos próximos dias o valor de aproximadamente R$ 1 milhão seja liberado. De acordo com o secretário de Turismo, Cláudio Hagihara, o intuito é realizar a construção de uma barreira de pedras para tentar conter o avanço do mar. Segundo o chefe da Defesa Civil da cidade, Davi Garcês, o temor é que o mar chegue a entrar na cidade. “Nos últimos 20 anos, foi o maior avanço do litoral”, opina Garcês.
Em Icapuí, Litoral Leste do Ceará, a praia da Barrinha é a mais prejudicada. O mar já avançou cerca de 200 metros e 10 casas tiveram de ser demolidas antes que fossem destruídas pelas marés altas.
As construções nas faixas de praia do litoral cearense são intensas. O mar já avançou entre 150 e 300 metros, de acordo com o Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), desde a década 1990. As praias de Pacheco, Icaraí e Cumbuco, em Caucaia (Região Metropolitana de Fortaleza) perderam aproximadamente um terço da faixa de areia. Em cada trecho, são inúmeras as barracas invadidas pelas águas e completamente devastadas. A mesma situação pode ser observada nos municípios de Beberibe e Aracati.
uol
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