Na sede do Departamento de Estado, em Washington, Barack Obama discursa sobre o futuro do Oriente Médio
Foto: AP
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O presidente americano, Barack Obama, disse pela primeira vez que as fronteiras entre Israel e um futuro Estado palestino devem ser basear naquelas de 1967.
"As fronteiras de Israel e Palestina deveriam se basear naquelas de 1967, com trocas mútuas e acertadas de forma que fronteiras seguras e reconhecidas sejam estabelecidas nos dois Estados", disse Obama em um discurso longo sobre o Oriente Médio.
"A retirada completa e em etapas das forças militares israelenses deve ser coordenada com a pretensão da responsabilidade de segurança palestina em um estado soberano e não militarizado", acrescentou.
"A duração deste período de transição precisa ser acertada e a efetividade de arranjos de segurança precisam ser demonstrados", concluiu.
Mundo árabe e Al-Qaeda
Obama disse ainda que um novo capítulo na diplomacia americana está começando, em meio à onda de manifestações pró-democracia registrada em diversos países do Oriente Médio e do norte da África recentemente.
Para o presidente americano, a "agenda do extremismo" da Al-Qaeda é vista em um "beco sem saída" pelo mundo árabe. No pronunciamento, feito em Washington, Obama voltou a defender os efeitos da morte de Osama bin Laden, conectando-os à onda de protestos por democracias que varrem o mundo árabe desde janeiro deste ano. "Hoje quero falar das mudanças no Oriente Médio e no norte da África e sobre como podemos responder a elas", iniciou Obama o pronunciamento, frisando em seguida que Bin Laden, morto em 2 de maio no Paquistão em uma ação militar dos EUA, "rejeitou a democracia" e que "antes mesmo de sua morte, a Al-Qaeda já estava perdendo sua relevância". Bin Laden, disse Obama, não foi um "mártir" dos árabes ou dos muçulmandos, mas um "assassino de massas".
Associando a queda do líder da Al-Qaeda à onda de protestos no Norte da África e no Oriente Médio, Obama defendeu que "a força moral da não-violência das pessoas (dessas regiões) alcançou mais resultados em seis meses do que o terrorismo em décadas". Pretendendo mostrar comprometimento com as mudanças em curso em países como Egito e Tunísia, o presidente garantiu que "o futuro (dos Estados Unidos) está ligado a esta região pelas forças da economia e da segurança, pela história e pela fé".
"Humildade", postulou Obama, "não foram os EUA que colocaram as pessoas nas ruas de Túnis ou do Cairo. Foram as próprias pessoas". "Nós mostraremos que a América valoriza mais a dignidade de um vendedor na Tunísia que o poder de um ditador", afirmou, em referência ao jovem desempregado tunisiano que se matou em protesto contra a opressão do governo do então presidente tunisiano Ben Ali. "EUA se opõem ao uso de violência e repressão contra as pessoas", afirmou Obama, dizendo que "será a política dos Estados Unidos promover reformas pela região e apoiar as transições à democracia."
"As fronteiras de Israel e Palestina deveriam se basear naquelas de 1967, com trocas mútuas e acertadas de forma que fronteiras seguras e reconhecidas sejam estabelecidas nos dois Estados", disse Obama em um discurso longo sobre o Oriente Médio.
"A retirada completa e em etapas das forças militares israelenses deve ser coordenada com a pretensão da responsabilidade de segurança palestina em um estado soberano e não militarizado", acrescentou.
"A duração deste período de transição precisa ser acertada e a efetividade de arranjos de segurança precisam ser demonstrados", concluiu.
Mundo árabe e Al-Qaeda
Obama disse ainda que um novo capítulo na diplomacia americana está começando, em meio à onda de manifestações pró-democracia registrada em diversos países do Oriente Médio e do norte da África recentemente.
Para o presidente americano, a "agenda do extremismo" da Al-Qaeda é vista em um "beco sem saída" pelo mundo árabe. No pronunciamento, feito em Washington, Obama voltou a defender os efeitos da morte de Osama bin Laden, conectando-os à onda de protestos por democracias que varrem o mundo árabe desde janeiro deste ano. "Hoje quero falar das mudanças no Oriente Médio e no norte da África e sobre como podemos responder a elas", iniciou Obama o pronunciamento, frisando em seguida que Bin Laden, morto em 2 de maio no Paquistão em uma ação militar dos EUA, "rejeitou a democracia" e que "antes mesmo de sua morte, a Al-Qaeda já estava perdendo sua relevância". Bin Laden, disse Obama, não foi um "mártir" dos árabes ou dos muçulmandos, mas um "assassino de massas".
Associando a queda do líder da Al-Qaeda à onda de protestos no Norte da África e no Oriente Médio, Obama defendeu que "a força moral da não-violência das pessoas (dessas regiões) alcançou mais resultados em seis meses do que o terrorismo em décadas". Pretendendo mostrar comprometimento com as mudanças em curso em países como Egito e Tunísia, o presidente garantiu que "o futuro (dos Estados Unidos) está ligado a esta região pelas forças da economia e da segurança, pela história e pela fé".
"Humildade", postulou Obama, "não foram os EUA que colocaram as pessoas nas ruas de Túnis ou do Cairo. Foram as próprias pessoas". "Nós mostraremos que a América valoriza mais a dignidade de um vendedor na Tunísia que o poder de um ditador", afirmou, em referência ao jovem desempregado tunisiano que se matou em protesto contra a opressão do governo do então presidente tunisiano Ben Ali. "EUA se opõem ao uso de violência e repressão contra as pessoas", afirmou Obama, dizendo que "será a política dos Estados Unidos promover reformas pela região e apoiar as transições à democracia."
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