Pixação feita em Goiânia por muçulmanos |
Documento do Consulado de São Paulo, de 20 de novembro de 2009, por ocasião da visita de Farah Pandith (Representante Especial para as Comunidades Muçulmanas nos Estados Unidos) ao Brasil, mostra as preocupações do governo brasileiro com a comunidade islâmica do Brasil. Basicamente, o documento fala sobre as ações tomadas e a tomar pelo Brasil para integrar a comunidade muçulmana, estimada em um total de 400 a 500.000 pessoas. No entanto, há partes bastante preocupantes, que fala em um crescimento (ainda que minoritário) do fundamentalismo islâmico em nosso país.
"7. (C) Hammadeh (Jihad Hammadeh, cheique que lidera a mesquita de São Bernardo do Campo) é geralmente moderado em seus pronunciamentos públicos, mas várias fontes indicam que a linha islâmica que ele promove entre os seguidores é altamente fundamentalista.
Atitudes anti-americanasFonte: Wikileaks
¶ 10. (SBU) Embora a comunidade islâmica no Brasil seja pacífica e tenha muitos elementos amigáveis, ela também contém reservatórios de forte suspeita dos EUA. Em uma reunião de Agosto, o Sheik Yamani da mesquita de Londrina (uma cidade do interior do Estado do Paraná), disse a Poloff (aluno do cheque "moderado" Al-Boustani) que o envolvimento de Bin Laden nos ataques de 11 de setembro às Torres Gêmeas nunca tinha sido provado.
Os Radicais
¶ 11. (C) Embora a maioria dos muçulmanos no Brasil sejam moderados na orientação e a esmagadora maioria é moderada em elementos de crença e de ação, elementos genuinamente radicais existem aqui, alguns na área da tríplice fronteira de Foz do Iguaçu e outros, entre a população estimada de 20 mil muçulmanos xiitas em São Paulo, fortemente de orientação pro-Hezbollah. Os muçulmanos no moderado Instituto do Futuro, de orientação sunita, acusam que os imigrantes xiitas às vezes vêm para o Brasil com apoio do Hezbollah (alegadamente US$50.000 é uma soma normal) para encontrar negócios para apoiar o Hezbollah no Líbano.
(...)
Razões para engajar
(...)
Sayah (embaixador do Líbano no Brasil) descreveu como alguns jovens brasileiros, de origem árabe ou não, se tornaram atraídos a versões fundamentalistas do Islão. Enquanto as crenças não se traduzem diretamente em ação, tais conversas podem criar um clima para o crescimento do fanatismo. A versão de Al-Boustani do Islão moderno, é adaptada para combater aquela".
Documento da Embaixada de Brasília
http://cablegate.wikileaks.org/cable/2008/01/08BRASILIA43.html
"¶ 5. (S / NF) A preocupação primária de contraterrorismo tanto para as autoridades brasileiras e à missão dos EUA no Brasil é a presença e atividades de indivíduos com ligações com o terrorismo - em especial vários suspeitos extremistas sunitas e alguns indivíduos ligados ao Hezbollah - em São Paulo e outras áreas do sul do Brasil. A Polícia Federal, e, em menor medida a ABIN, monitoram as atividades destes extremistas suspeitos que podem ser ligados a grupos terroristas no exterior e BRASÍLIA 00000043 003 de 004 partilhar esta informação com os seus homólogo dos EUA.Veja a íntegra dos documentos do Wikileaks relativos ao Brasil em http://cablegate.wikileaks.org/tag/BR_0.html
¶ 6. (S / NF)Oficiais de aplicação da lei brasileira monitoram activamente a presença de vários extremistas sunitas suspeitos com possíveis ligações com grupos terroristas no exterior, que podem ser capazes de dar apoio logístico - por meio de financiamentos, porto seguro, documentos de viagem falsos - para ataques terroristas na região ou em outro país. Em 2007, a Polícia Federal prendeu um potencial facilitador terrorista extremista sunita que opera principalmente no estado de Santa Catarina por não declarar os fundos que entraram no país e está em processo de deportá-lo. (...) --------------------------------------------- ----- --------- preocupação secundária: Argentina-Brasil-Paraguai Área da Tríplice Fronteira ----------------------------- ---------------- --------------
¶ 7. (S / NF) Em menor medida, a tríplice fronteira continua sendo uma preocupação para a Missão dos EUA e o Brasil, principalmente para o potencial que os terroristas possam explorar as condições favoráveis de lá - controles nas fronteiras frouxos, contrabando, tráfico de drogas, acesso fácil a falsos documentos e armas, circulação de mercadorias pirateadas, fluxos de caixa não controlados - para angariar fundos ou providenciar a logística para as operações. Embora existam alguns indivíduos suspeitos de terem ligações com o Hezbollah e o Hamas, há pouca evidência que estes grupos tenham uma presença operacional de terrorismo na região. Segundo fontes brasileiras de serviços de segurança, a presença muçulmana em Foz do Iguaçu representa uma porcentagem muito pequena da população muçulmana no Brasil, e mesmo aqueles que oferecem algum apoio financeiro para os grupos têm pouca ou nenhuma ligação com eles".
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