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Por estas e outras, combater as drogas não é algo simplista e nossa visão não pode ser em nenhum momento reducionista. Agora o fato inerrante é que uma das melhores formas de prevenção, combate e evitar que as drogas tenham domínio e autoridade é tratando o que leva uma pessoa a querer usar tal, suas motivações e intenções. O assunto é demasiadamente vasto, mas sintetizando, é necessário ter uma visão que olhe não somente para as drogas e vício em si, mas enxergue os pormenores da questão. Muito se discute sobre a influência de terceiros, que incentivam principalmente os mais jovens a entrar neste caminho. Sabemos que não se pode descartar a inexorável verdade de que quaisquer influências externas, bem como o contexto social, ajudem a levar uma pessoa a usar drogas; mas o fato macro é que em essência, as sugestões externas e circunstâncias reais, desperta (ou no mínimo aguçam), algo do que também já está estabelecido no coração. O que afirmo é que guardando as devidas proporções, e lembrando que cada caso é um caso, e levando em conta as variantes de cada situação, geralmente há algo nos “bastidores” da existência que estimula uma pessoa a desejar e experimentar as drogas.
Surge então uma óbvia pergunta: qual é então a raiz do problema, no que diz respeito a alguém entrar neste caminho? Pesquisas apontam que os principais motivos que levam um indivíduo a utilizar drogas são: curiosidade, influência de amigos, mero desejo e vontade, anseio de fuga (principalmente de problemas familiares), coragem para tomar uma atitude que sem o uso de tais substâncias não tomaria, dificuldade em enfrentar ou aguentar certas situações difíceis, simples hábito, rituais, busca por prazer, etc. Tudo isto então aponta para o fato de que se cabe descobrir e tratar a raiz do problema, sua fonte. Não se pode descartar que até mesmo a curiosidade é em alguns casos consequência e não causa. Até mesmo se um centro de recuperação de dependentes químicos não souber disto, fica mais difícil o tratamento, pois tirar as drogas sem cortar a raiz do problema é mera sublimação, que neste sentido gera uma possível e certa cura, mas momentânea (ou fragmentada) e na frente vai haver um “estouro”, que levará a pessoa dependente a regressar às drogas, ou entrar em outros caminhos mais prejudiciais ainda.
É necessário então cada vez mais buscar olhar não somente a droga e o usuário em si, mas a fonte que alimenta a necessidade de alguém utilizar drogas. Nossos olhares precisam ser ativos e prudentes a respeito desta temática. Psicólogos, profissionais de saúde, religiosos e a sociedade como um todo necessitam absurdamente de constantemente buscar crescente entendimento e assimilação coerente e perspicaz sobre este tema. O caminho de um combate às drogas efetivo e dinâmico, passa sem dúvida alguma por ter uma visão ampla sobre isto, e repetindo, tendo uma observação que leve em conta não só as drogas em si, mas aquilo que faz com que tal encontre guarida e força na vida de alguém e na própria sociedade. Cabe então elucidar estes e os outros motivos paralelos e tratar o problema destas substâncias maléficas, cortando tal pela raiz. Que Deus nos ajude, e possamos seguir os princípios bíblicos e utilizar todo conhecimento possível para vencer.
Pr. Linaldo Junior
Pastor, Conferencista e Ministro de Louvor
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