quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Grupos religiosos radicais comprimem cristãos em Jerusalém

Vista de Jerusalém

Um estudo preparado pelo Instituto para Estudos de Israel de Jerusalém mostrou que atualmente os cristãos representam somente 1,9 % da população na Terra Santa e pode diminuir mais ainda nas próximas décadas.

Foto: REUTERS

 
 
O estudo, intitulado "Cristãos e Cristianismo em Jerusalém", mostra que no final do mandato britânico na Terra Santa, em 1946, os cristãos representavam 19% da população total da cidade. De um total de cerca de 800 mil habitantes, a cidade conta hoje com apenas 14,6 mil moradores cristãos.
O responsável pela pesquisa, o israelense Amnon Ramon, cita uma série de razões pelas quais o número de Cristãos tem sido reduzido na região.
Primeiramente, ele fala sobre a dificuldade de grupos cristãos viverem na região, principalmente com a radicalização de alguns setores, como segmentos islâmicos. Segundo ele, tal segmento trata não-muçulmanos como cidadãos de segunda-classe e mesmo com violência.
Outra razão apontada pelo pesquisador é o fato de que alguns grupos judeus ultra-ortodoxos tem procurado impor regras para que Israel tenha um caráter mais religioso e menos democrático.
Além disso, Ramon relembra que a guerra de 1948 ]teve como consequência a retirada não só dos britânicos como também da maioria dos cristãos europeus e também dos cristãos árabes que habitavam a cidade.

O baixo número de cristãos, que atualmente é de cerca de 14 mil pessoas, também se deve à baixa taxa de natalidade entre cristãos e a ausência de imigração cristã para Jerusalém.
"Tememos que em 20 ou 30 anos quase não haja cristãos locais (nascidos de famílias de Jerusalém)", alerta o estudioso.
Amnon, que é judeu, vê os cristãos como um grupo religioso importante na região e que contribui para a tolerância religiosa e democracia no país, além de ajudar no crescimento econômico.
O grupo cristão hoje em dia é dividido entre os árabes e imigrantes da ex-União Soviética, refugiados de origem sudanesa e eritreia, habitantes de origem armênia, além trabalhadores estrangeiros. Eles estariam basicamente confinados no bairro cristão da cidade antiga.
Uma pesquisa do ano 2000 citada pelo informe recorda que há 117 instituições cristãs na Cidade Antiga e no Monte Sion; dentre elas, 20 são órgãos educacionais. No turismo, entretanto, os cristãos são maioria. Em 2010, 66% dos turistas se identificaram como cristãos e 30%, judeus.
O responsável pela pesquisa Amnon conclui que "o desaparecimento das comunidades cristãs e as igrejas do panorama da cidade e de seu subúrbio seria um golpe severo ao charme da cidade e ao seu caráter especial, sem paralelos no mundo".

VIA GRITOS DE ALERTA
INF. REUTERS

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