Pressionado pela bancada evangélica no Congresso Nacional, o governo brasileiro está dialogando com o Irã para levantar mais informações a respeito de um iraniano convertido ao cristianismo ameaçado de execução, o pastor Youssef Nadarkhani, preso desde 2009.
Nesta quarta-feira, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, receberá parlamentares da bancada para tratar do assunto e deixou claro que Brasília deverá se manifestar às autoridades de Teerã. ”Não há pretensão de (o Brasil) ser intermediador, apenas fomos procurados por um grupo de pessoas, de parlamentares da comunidade evangélica, para que nós pudéssemos saber o que está acontecendo e também pudéssemos ajudar e manifestar solidariedade, manifestar a posição do Brasil em relação a isso”, disse a ministra nesta manhã.
Até nesta quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, deverá ter em mãos um relatório mais detalhado sobre o real motivo da prisão de Hadarkhani. “Nós (governo brasileiro) já temos feito contato com nosso embaixador no Irã, o Itamaraty também tem feito contato para saber efetivamente qual é a causa da prisão e levar os nossos posicionamentos sobre a defesa dos direitos humanos. Eu ainda não tenho uma definição sobre isso”, disse a ministra.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira, o governo brasileiro já ouviu das autoridades de Teerã que Nadarkhani não deve ser executado e que a ameaça de pena capital não era por abandono da fé islâmica, mas por supostos crimes de estupro e ameaça à segurança nacional.
O caso também provocou reação dos Estados Unidos, que exigiram a libertação de oussef Nadarkhani.
Fonte: Terra e Folha
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