Os peritos de segurança iranianos confirmaram que o
virus que atacou os sistemas dos computadores no país é muito mais
perigoso que o anterior Stuxnet.
Apelidado de "Flame" (chama),
o virus não atacou apenas o Irãn, mas também outros países inimigos de Israel.
A empresa de
segurança da internet Kaspersky classificou o virus Flame (que
rouba informações) como "a mais sofisticada arma cibernáutica jamais
utilizada" e calcula que pode ter sido criada pelos mesmos autores do virus
Stuxnet.
O virus
Flame atacou pelo menos 600 sistemas específicos de
computadores no Irãn, Síria, Líbano, Egipto, Sudão, Arábia Saudita e Autoridade
Palestina, todos cruéis inimigos de Israel. Vitaly Kamluk, perito da empresa
Kaspersky disse à BBC que este virus já devia funcionar
discretamente há uns dois anos.
"Este virus
é mais poderoso que o seu antecessor" - afirmou o perito, acrescentando:
"É um tipo de virus que só poderia ter sido criado por um estado ou outra
grande entidade."
Os problemas com
os sistemas de informáção iranianos continuam a vir à tona, ainda relacionados
com o virus Stuxnet de 2010. O virus atacou e desmantelou com sucesso
os computadores que operavam as instalações iranianas para o enriquecimento do
urânio. Mais de 16.000 das centrifugadoras das instalações de Natanz foram
destruídas como resultado do ataque cibernético.
O virus
Flame é tão poderoso, que uma agência das Nações
Unidas que apoia as nações membras na segurança das suas infraestruturas
nacionais prepara-se para avisar as nações membras sobre os riscos apresentados
pelo virus.
Um repórter
do jornal Herald Sun, que estimou que o
Flame é 20 vezes mais poderoso do que qualquer outro
antes conhecido, comentou ironicamente que o virus pode "pôr o mundo
de joelhos".
Segundo a
empresa russa Kaspersky, o pacote do software do Flame
totaliza quase 20 Mb em tamanho quando plenamente aplicado.
"Este é um
ataque com um alvo específico" - afirmou Bencsath, acrescentando: "Esta
ferramenta é usada para ataques específicos, o que significa que os computadores
caseiros não deverão correr qualquer risco."
Esses
comentários confirmam os de Greg Hughes, o CEO da israelita Symantec,
que comentou que o virus Flame descoberto no Irão é um
ciberataque equivalente a "assassinato de alvos específicos".
O virus
Flame é então descrito como um "virus ladrão de
informações" e "virus de espionagem cibernáutica" preparado para
guardar e apagar informação sensível, fazer capturas de écran, descarregar
aplicações, gravar movimentos das teclas e copiar arquivos guardados em
sistemas.
O Irãn - que
acusou abertamente Israel de lançar o Flame - afirma
ter neutralizado o virus e que os seus criadores não tiveram sucesso.
No entanto, no
passado, os reponsáveis iranianos também alegaram ter liquidado o menos poderoso
virus Stuxnet por variadas vezes antes de o terem conseguido erradicar
quase dois anos depois de o terem descoberto...
Representantes israelitas recusaram-se a confirmar se o
Flame foi "apadrinhado" por Jerusalém, mas o Ministro
para os Assuntos Estratégicos, Moshe Yaalon disse no entanto o seguinte:
"Quem quer que veja a ameaça iraniana como uma ameaça séria, é razoável que
venha a tomar várias medidas sérias, incluindo esta."
Para os
iranianos, esta foi a "confissão" de que Israel está por detrás deste ataque.
Seja ou não Israel, Deus queira que este engenhoso processo de recolha e
destruição de informação sensível consiga atrasar, danificar ou até destruir por
completo toda a programação iraniana que visa a fabricação de engenhos nucleares
cujo objectivo claro é a destruição do estado de Israel. Se assim for, estão de
parabéns os autores da "façanha"!
Shalom, Israel!
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