Numa decisão
claramente política, a UNESCO aprovou por maioria dos votos dos seus membros um
pedido feito pela Autoridade Palestina para incluir a Igreja da Natividade em
Belém na sua lista de sítios do património mundial em perigo.
Os palestinos
andavam pressionando a organização da ONU para inscrever a igreja e a rota
peregrina como candidatos de emergência numa reunião sobre o património mundial
realizada em São Petersburgo, Rússia.
A porta-voz da
organização, Sue Williams, informou que o comité representativo dos 21 países
representados na UNESCO decidiu com 13 votos a favor, 6 contra e 2 abstenções,
fazendo com que o símbolo tão importante para a cristandade fosse incluído nesta
lista.
Alguns países
viram esta decisão como uma tentativa dos palestinos para misturar política
com cultura.
Tanto os EUA
como Israel opuseram-se a esta decisão política.
Por outro lado,
o primeiro-ministro palestiniano Salam Fayyad aplaudiu a decisão da UNESCO,
alegando que ela fortalece a determinação dos palestinianos de agirem na
direcção do estabelecimento de um estado independente dentro das fronteiras de
1967.
"É a altura
de a ONU e suas organizações tomarem uma posição política, legal, cultural e
moral de forma a porem um fim ao sofrimento do povo palestino e prevenirem os
riscos postos à sua herança cultural causados pela ocupação israelita." -
afirmou o líder palestino.
"O
reconhecimento global dos direitos dos palestinianos é uma vitória para a nossa
causa e para a justiça." - comentou o porta-voz do presidente palestino
Mahmoud Abbas, enquanto que o negociador palestino Saeb Erakat apelidou este
como "um dia histórico."
Entretanto, o
embaixador norte-americano para a UNESCO, David Killion, partilhou que os
Estados Unidos estão "profundamente desapontados" pela decisão do
comité da UNESCO, acrescentando que "esta organização não deveria ser
politizada."
Killion criticou
ainda a ideia de a Igreja da Natividade estar em perigo de ruir, referindo que
decisões como esta agora tomada pela UNESCO só se justificam quando se verificam
casos extremos, o que não é o caso.
O gabinete do
primeiro-ministro também comentou a decisão, afirmando que ela só prova que
"a UNESCO é motivada por considerações políticas e não
culturais."
"Em vez de
darem passos para promover a paz, os palestinos estão dando passos
unilaterais que afastam cada vez mais as possibilidades de paz. O mundo deve
lembrar-se que a Igreja da Natividade é sagrada para o cristianismo e foi
vandalizada no passado por terroristas palestinos." - acrescenta a
informação prestada pelo gabinete.
Lembremo-nos que
em Abril de 2002 várias dezenas de terroristas palestinos refugiaram-se
durante 39 dias na Igreja da Natividade, em Belém, tendo sido cercados pelas
forças israelitas, desrespeitando completamente o local que agora alegam de
"sagrado"...
Shalom, Israel!
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