O atual prefeito da cidade de São Paulo concedeu apoio ao projeto que vai ocupar onde seria a continuação de uma via pública
Construção de templo da Igreja Mundial ganha anistia dos vereadores a pedido de Kassab
Na quarta-feira (29) os vereadores da cidade de São Paulo que fazem parte da base governista aprovaram que a construção do templo da Igreja Mundial do Poder de Deus ocupe 137 metros da Rua Bruges, no bairro de Santo Amaro.A votação definitiva será realizada na próxima semana, mas desde 2011 os jornais noticiam que o prefeito da cidade, Gilberto Kassab (PSD), é a favor da construção do templo para 15 mil pessoas que vai ocupar um trecho da via pública que seria estendida por meio de outro projeto.
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo a obra não tem alvará de funcionamento e o Ministério Público Estadual entrou na justiça pedindo a demolição do que já foi construído até o momento. Fora isso, as obras na continuação da Rua Bruges começaram antes mesmo do prefeito apresentar a proposta na Câmara.
Mas ignorando todos esses fatores, 31 dos 55 vereadores paulistanos apoiaram o projeto do prefeito. O jornal afirma que a anistia foi pedida por Valdemiro Santiago e pelo deputado federal José Olímpio (PP) em troca do apoio político ao candidato José Serra (PSDB), apoiado por Kassab.
Os problemas dessa construção chegaram até a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Legislativo que pediram para que o Departamento de Aprovação de Edificações (Aprov) – órgão antes comandando por Hussain Aref Saab, afastado por suspeita de enriquecimento ilícito, entrasse em contato com a Subprefeitura de Santo Amaro para fiscalizar a construção do templo, o que não aconteceu.
Prefeitura explica sua posição
Através de uma nota a Prefeitura de São Paulo explica porque não considera ilegal a construção da Igreja Mundial em Santo Amaro. Leia:
“A lei aprovada em 1988 previa a abertura de uma via e o prolongamento da rua Bruges. Depois de executada a abertura da via prevista, a atual Antônio Elias Zogbi, mostrou-se desnecessário, conforme informado à Câmara Municipal no anexo justificando a propositura, a execução prolongamento da rua, que implicaria ainda em dispendiosa desapropriação.
O prolongamento não criaria novas possibilidades de acesso nem acrescentaria alternativas significativas ao tráfego local, conforme informado pela Superintendência de Projetos Viários da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras.
Assim, tal iniciativa foi abandonada. Diante disso e para que a situação do imóvel possa ser regularizada, é necessária a alteração da legislação, o que motivou a elaboração do projeto de lei. Além disso, conforme a legislação vigente, o empreendedor tem a prerrogativa de iniciar as obras, por sua conta e risco, se não houver deliberação em 30 dias do pedido de aprovação do projeto.”
por:Gospel Prime
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