Casal de Jundiaí (SP) ficou preso a mais de 3 mil metros de altitude.
Filho tentou contato com o Itamaraty, mas não conseguiu ser atendido.
O estudante Pedro Müller, de 22 anos, filho do casal que ficou preso em um trem turístico na noite da última sexta-feira (22) em plena Cordilheira dos Andes, no município argentino de San Antonio de los Cobres, disse em entrevista ao G1 que seus pais passaram por momentos de grande apreensão.
"Eram 22h30 quando eles me ligaram para avisar que estavam presos por quatro horas no trem, a mais de 3 mil metros de altitude em um local cheio de neve. Eles disseram que passavam muito frio, faltava água e que não havia mais oxigênio nos cilindros de emergência. Para piorar, as ligações telefônicas estavam péssimas e caíam o tempo todo", explicou o rapaz.
Preocupado com a situação, o filho do casal tentou contato com o Itamaraty, mas não conseguiu falar com ninguém. "Foram mais de 20 ligações durante à noite de sexta-feira sem ter nenhum tipo de retorno, nem mesmo uma simples gravação eletrônica", afirma Pedro.
A angústia do rapaz só foi definitivamente encerrada na noite de sábado (22), quando seus pais lhe enviaram uma mensagem, via e-mail, informando que conseguiram ser resgatados. "Era 19h30 quando recebi um e-mail enviado do hotel. Meu pai relatou que tiveram muita sorte e que tinham sido um dos primeiros a serem retirados do trem", conta. Mais de 400 pessoas ficaram presas por cerca de seis horas entre a noite de sexta-feira (21) e a madrugada deste sábado (22).
De acordo com o filho, os pais devem retornar ao Brasil ainda neste domingo (23). Pedro Müller não soube informar em qual aeroporto os pais vão desembarcar.
POR:G1/GRITOS DE ALERTA
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