quarta-feira, 5 de setembro de 2012

TRISTEZA - Pai no ES vive drama de ver filho ser entregue para adoção nos EUA


Ex-esposa do capixaba envolveu-se em um acidente e foi presa.
Menino ficou com amigos e audiência para repatriação será no dia 13.


Pai e filho nos Estados Unidos.
(Foto: Arquivo familiar)
Pai e filho nos Estados Unidos. (Foto: Arquivo familiar) O capixaba Carlos Eduardo Brito, de 32 anos, briga para ter a guarda do filho, de 9 anos, que mora nos Estados Unidos e pode ser dado para adoção. O autônomo morou no país por doze anos, teve o filho, se separou da mulher e voltou ao Brasil. Mas, em julho deste ano, a sua ex-esposa estava alcoolizada, se envolveu em um acidente de trânsito que resultou na morte de uma chilena naturalizada americana. A mãe do seu filho foi presa e perdeu a guarda do menino por tê-lo deixado sozinho em casa. Carlos Eduardo disse que não consegue o visto para buscar o garoto por ter ficado no país além do tempo permitido.
O pai da ex-esposa de Carlos Eduardo está nos Estados Unidos para acompanhar a audiência da filha, que pode acontecer nesta quinta-feira (6). Enquanto isso, o capixaba corre contra o tempo para juntar documentos que comprovem as suas condições para cuidar do próprio filho. “Estou impedido de entrar nos Estados Unidos por que fiquei 12 anos e não 10, como era permitido. Não sei mais o que fazer. Quero dar carinho, amor e educação ao meu filho no estado onde eu nasci”, disse.
O Itamaraty foi procurado pelo G1 e informou que acompanha o caso e descartou a possibilidade da criança ser adotada por uma família norte-americana. Segundo a assessoria do órgão, como o pai viveu ilegalmente nos Estados Unidos, ele não pode tirar visto para ir ao país. Além disso, um advogado público norte-americano acompanha o caso e já fez o requerimento da documentação necessária para comprovar as condições do pai em criar o filho no Brasil. No próximo dia 13, o governo norte-americano decidirá, em audiência, o futuro do menino.
O filho do capixaba, Matheus Braga Britto Pereira, nasceu em Boston e por isso tem dupla cidadania. De acordo com o pai, desde o dia do acidente, a criança esta sob a guarda de um pastor, amigo da família. O menino não sabe o que se passa e acredita que a mãe esteja doente e não presa.

“Ela sempre foi uma mãe muito cuidadosa, não tinha o que reclamar. Sempre cuidou do nosso filho muito bem e sempre mantínhamos contato pela internet, foi assim que acompanhei o crescimento do Matheus. Mas a lei americana é muito severa. Além de ter bebido, ela dirigiu um veículo sem ter carteira e ainda deixou nosso filho sozinho no dia do acidente. Ela perdeu definitivamente a guarda dele. Já nos famos e a vontade dela é de que Matheus venha morar comigo”, disse o pai.

A trajetóriaCarlos Eduardo Brito disse que vive de rendas de alugueis de seis imóveis. Ele se casou de novo e atualmente mora em São Torquato em Vila Velha, na Grande Vitória. O capixaba contou que foi para os Estados Unidos em 1997, casado com a mãe de Matheus. Eles moraram juntos até os três anos do menino e depois se separaram. Carlos disse, que em Boston, montou uma companhia de pintura e a esposa ficava em casa.
Já separado, a mãe do capixaba teve câncer e ele precisou voltar ao país de origem e nunca mais voltou aos EUA. “Matheus tem pai, tem avós e primos, ele tem uma família inteira aqui no Espírito Santo. Os americanos quando ouvem falar em brasileiro acham que moramos em favelas, somos medíocres e não temos condições de criar nossos filhos, isso é um absurdo. Vou lutar pela guarda do meu filho até o fim”, desabafou Carlos Eduardo.

FONTE.G1

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