EFE
Ministro diz que, se invadir Gaza, Exército de Israel deve ir até o fim
Jerusalém, 17 nov (EFE).- O ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, afirmou neste sábado que se o Exército de seu país invadir Gaza deve ser para 'ir até o final', em aparente alusão à derrocada do governo do Hamas.
'Estamos preparados para uma operação terrestre em grande escala, se for necessária, mas vale destacar que se o Exército entrar em Gaza não pode parar na metade, tem que ir até o final', declarou em um fórum cultural na cidade de Kiryat Motskin, perto de Haifa, no norte de Israel.
O chefe da diplomacia israelense lamentou que na última invasão de Gaza, há quatro anos, Israel tenha pagado 'um alto preço em termos de opinião mundial' pela morte de 1,4 mil palestinos, em sua maioria civis, e 'no entanto não alcançou seu objetivo'.
Lieberman considerou que a atual operação iniciada na quarta-feira passada e na qual morreram 41 palestinos, um terço deles civis, não é uma 'guerra total', mas tem 'objetivos específicos'.
Trata-se de devolver a calma à área de Israel que é constante alvo de foguetes lançados de Gaza; restaurar a capacidade de dissuasão de Israel e destruir o arsenal de foguetes de longo alcance das milícias palestinas, enumerou.
'A única forma de viver aqui em paz e segurança é criar uma autêntica dissuasão por meio de uma resposta contundente, de modo que não voltem a colocar-nos a toda prova', sentenciou.
O ministro, à frente do partido ultranacionalista Yisrael Beiteinu, apoia a derrocada do Executivo do Hamas em Gaza.
Ontem, em uma entrevista ao 'Canal 10' da televisão, afirmou que derrubar ao Hamas 'é algo que terá que ser decidido pelo próximo governo', que sairá das eleições do próximo mês de janeiro.
Essa mesma emissora informou hoje que o governo israelense não descartou ontem à noite a possibilidade de uma trégua que representasse um retorno à situação imediatamente posterior à operação de quatro anos atrás.
Dito status quo consistia em lançamentos esporádicos de foguetes e sem ataques contra os soldados na fronteira, da parte palestina, e poucos bombardeios e sem 'assassinatos seletivos' de líderes milicianos, pela parte israelense.
FONTE . EFE
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