Enquanto Israel e os palestinos travam outro acirrado combate e cresce a expectativa de guerra declarada na região, em Porto Alegre outra “guerra” acontece no campo das ideias.
Desde que anunciou a realização do Fórum Social Mundial Palestina Livre, o governo do Estado dório Grande do Sul vem sendo criticado pelos movimentos pró-Israel e, por outro, apoiado por vários movimentos políticos de esquerda, que pedem o reconhecimento da Palestina como um Estado independente e a divisão de Jerusalém em duas, servindo de capital dos dois países.
O Fórum Palestina Livre está programado para ocorrerá na capital gaúcha entre 28 de novembro e 1º de dezembro.
Mas representantes da comunidade judaica do Rio Grande do Sul estão pressionando autoridades do governo do Estado, da prefeitura de Porto Alegre e da Assembleia Legislativa para não cederem espaços públicos nem dar nenhum outro tipo de suporte a realização do encontro.
Tarso Genro (PT) divulgou nota oficial do Executivo sobre o evento. Nela, o governador assegurou que “eventuais posições que possam ser manifestadas neste evento só serão apoiados pelo governo do Rio Grande do Sul se estiverem norteadas pela posição do governo brasileiro sobre o conflito entre israelenses e palestinos no Oriente Médio”.
Para ele, “o apoio ao evento foi aprovado por se tratar de uma atividade vinculada ao Fórum Social Mundial, sem compromisso com as posições políticas que ali serão sustentadas pelos diversos integrantes do fórum”.
A proposta mais polêmica é o “Reconhecimento do direito do povo palestino de estruturar seu Estado soberano e reconhecimento do direito à existência do Estado de Israel”, questão que divide as Nações Unidas há mais de 50 anos.
Humberto Carvalho, coordenador do Comitê Gaúcho de Solidariedade à Luta do Povo palestino, defende a realização do Fórum e explica “Temos uma grande colônia palestina em nosso Estado que em muito contribui para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e um Poder do Estado não deveria se posicionar contra os interesses gerais desses cidadãos”. Ele acrescenta ainda que as tentativas de cancelar o evento “não é só lamentável, mas um deplorável esse gesto… porque fere princípios humanitários agasalhados na consciência universal e também na dos gaúchos”.
Insatisfeitos, grupos religiosos judeus e cristãos convocaram uma caminhada pacífica em prol da paz no Oriente Médio, em apoio ao Estado de Israel e contra a realização do “Fórum Social Mundial Palestina Livre”. Ela ocorrerá dia 25 de novembro em Porto Alegre. Partindo do Monumento ao Expedicionário no Parque Farroupilha, irá até o Palácio Piratini, se de governo estadual. As pessoas que participarem são convidadas a usar branco ou azul, cores da bandeira de Israel.
Um dos argumentos mais usados pelos críticos é que o Fórum conta com o apoio do Governador do PT e com a utilização de verba pública, “ferindo os direitos constitucionais de todos os cidadãos, promovendo a discórdia, num momento difícil em que o grupo terrorista palestino Hamas, enfrenta severamente, com bombardeios diários o Estado de Israel”.
Nas redes sociais o assunto tem gerado acalorados debates, sendo que o governador é chamado de antissemita, apesar de Tarso ter origem judaica, pois sua mãe era judia. Muitos já pedem o impeachment do governador e ex-Ministro da Justiça por estar indo contra as leis soberanas do país.
O colunista da Veja, Reinaldo Azevedo se manifestou sobre o encontro “O senhor Tarso Genro, ao financiar o fórum anti-Israel, está desrespeitando a Constituição da República Federativa do Brasil. E deveria ser levado à barra dos tribunais por isso”.
FONTE . GOSPEL PRIME
Nenhum comentário:
Postar um comentário