Protocolo de intenções, em análise no Comando da PM, propõe Termo de Cooperação para capelania voluntária na Polícia Militar
Os PMs de Cristo surgiram com objetivo de amparar, emocional e espiritualmente, profissionais de uma das carreiras mais estressantes
Desempenhar o papel de dirigente de qualquer instituição pública já é, por si só, uma tarefa de grande responsabilidade. Embora o cargo de chefe invariavelmente traga consigo uma série de vantagens e privilégios, a função nem sempre é um mar de rosas e ao contrário do que alguns incautos possam imaginar, via de regra, está sempre sujeita à intempéries. Entretanto, é inquestionável que entre tantos encargos e atribuições uma das mais espinhosas é quando a instituição se vê diante de escândalos e irregularidades praticadas por seus integrantes e, então, tem de, como se diz popularmente, “cortar na própria carne”.
Frequentemente, os telejornais noticiam com grande alarde que autoridades, incumbidas de defender a sociedade, são acusadas de corrupção e os mais diversos tipos de crimes. Fato é que, para infelicidade geral da nação, não há autoridade imaculada. Em todas as organizações, há bons e maus profissionais. Mas o que fazer para evitar que casos que deveriam ser exceção se avolumem de tal forma que pareçam ser regra, a ponto de colocar em risco a imagem da instituição? E mais: que medidas se deve adotar para evitar situações dessa natureza?
Foi com o objetivo de amparar emocional e espiritualmente os profissionais de uma das carreiras mais estressantes existente no mundo que, há 20 anos, surgiu a Associação dos Policiais Militares Evangélicos do Estado de São Paulo. Os PMs de Cristo constituem um abnegado corpo de voluntários cristãos de diversas denominações cristãs e que decidiram compartilhar a mensagem, os princípios e os valores de Cristo para os colegas policiais.
“A Polícia Militar do Estado de São Paulo, maior instituição policial do País, com 181 anos de existência e com um efetivo de aproximadamente 100 mil policiais, está presente nos 645 municípios do Estado, atendendo mais de 35 milhões de chamados por mês, sempre sujeita às mais diversas e adversas situações, muitas vezes em ações que exigem pronta resposta e que envolvem vida e a morte. De forma contínua, diuturnamente os policiais estão expostos a cenas de violência e corrupção, o que nos faz refletir: Como preservar a saúde mental e espiritual desse profissional, sua integridade moral, inibir os desvios de conduta e caráter e manter elevado o senso de dever, a auto estima e o adequado preparo profissional?”, questiona o Capitão Joel Rocha, atual presidente da entidade.
Ele lembra que há medidas institucionais, como capacitação técnica e preparo profissional, supervisão hierárquica e medidas disciplinares corretivas, que são necessárias e bem-vindas, mas observa que, infelizmente não são suficientes. “Dentro de cada ser humano há um vazio que somente Deus pode ser preencher. Os princípios e valores cristãos são essenciais na consolidação de um caráter”.
A fim de tornar mais efetiva a cooperação que os PMs de Cristo prestam à Polícia Militar na área de valorização e reconhecimento da figura humana do profissional, a Associação elaborou e encaminhou o Termo de Cooperação para a Capelania Policial Militar Voluntária ao Comando da PM, que atualmente encontra-se em análise pelo Estado Maior da Corporação.
Capitão Joel explica que a missão dos PMs de Cristo está alinhada aos valores da PM. “Trabalhamos pela valorização da figura humana do policial militar. Nosso objetivo é reforçando princípios e valores que, independentemente do credo, toda sociedade gostaria de encontrar em um policial, como temor a Deus, retidão de caráter, lealdade, disciplina e coragem, respeito aos direitos humanos e dedicação no servir ao próximo, à semelhança do que Cristo fez por nós”. "O Policial Militar é um herói anonimo que cuida de toda a sociedade, mas como todo ser humano, está sujeito a emoções fraqueza e fragilidades da alma, também precisa de cuidados", finaliza
Nestes 20 anos de existência, a Associação, por meio da Capelania Policial Militar Voluntária, já tem assistido estes profissionais em momentos de crise, de modo que eles possam retomar o equilíbrio e desenvolver suas atividades, norteados por princípios éticos, valores morais e cristãos universais. “Estamos orando e com expectativa aguardamos um breve e positivo parecer do Comando para formalizar a atuação dos capelães e regularizar as atividades dos núcleos nas unidades policiais”.
*Matéria foi publicada na edição nº 32 da Revista Exibir Gospel.
Exibir Comunicação - Assessoria de Imprensa
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