Os principais alvos são os deputados Domingos Dutra (PT-MA), Érika Kokay (PT-DF) e Jean Wyllys (PSOL-RJ). Parlamentares da bancada evangélica alegam ter encontrado processo no Tribunal Superior do Trabalho (TST) em que Dutra seria acusado de incluir uma empregada doméstica na folha de pagamento do seu gabinete e ficar com a maior parte do salário. Segundo relatam, ela constaria como doadora da campanha de Dutra. Os evangélicos prometem protocolar uma representação contra ele por quebra de decoro. Dutra diz que tudo é chantagem de seus adversários:
— Aproveitaram para passar essa história para o PSC. Estão tentando desviar a atenção. Essa moça trabalhou três meses comigo e foi aliciada pelos meus inimigos. Mas o caso já está arquivado. O que o PSC tem que se preocupar é com a defesa de Feliciano — disse Dutra.Contra Érika, os evangélicos alegam ter denúncias de funcionários do gabinete dela afirmando que a deputada estaria cobrando “dízimo” dos salários recebidos e sonegaria impostos. A bancada afirma que vai entrar com representação contra Érika na Corregedoria da Câmara. A deputada nega as acusações e afirma ter sofrido, em 2007, processo pelos fatos relatados, enquanto era deputada distrital.
— Sofri processos nesse sentido quando era deputada distrital porque era da Comissão de Ética e comandei a cassação de três deputados na Câmara Distrital. A Polícia Civil descobriu que o servidor denunciante estava recebendo dinheiro do deputado que eu estava acusando na comissão. Fui inocentada por falta de provas. Eles estão tentando utilizar a velha tática de tirar o foco da discussão — diz a deputada.
Deputados evangélicos dizem estar pesquisando a vida de Jean Wyllys, mas dizem não ter encontrado ainda fatos que possam usar contra ele. A única parlamentar na linha de frente das manifestações contra Feliciano que deverá ser preservada é Luiza Erundina (PSB-SP), apontada como deputada “acima de qualquer suspeita” pela bancada.
Feliciano recorreu a uma frase da presidente Dilma Rousseff para tentar amenizar a declaração que o pôs ainda mais na corda bamba. Há uma semana, num culto evangélico, ele disse que a Comissão de Direitos Humanos era “dominada por Satanás” antes de sua chegada à presidência do colegiado. Dilma, há um mês, disse que os políticos podem “fazer o diabo” em época de eleição. Para Feliciano, as duas afirmações se assemelham. Ele afirmou que sonha ser eleito senador:
— Eu sonho com o Senado. Mas tenho os pés no chão, o estado de São Paulo é muito grande, é difícil. Vou citar a presidente Dilma, que disse que, na hora da eleição, se faz o diabo. Citei Satanás e a nossa presidente falou diabo. Acho que os dois significam a mesma coisa. Eu não faço diabos na eleição.
FONTE . http://oglobo.globo.com/pais/aliados-de-marco-feliciano-preparam-contra-ataque-8032081
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