quinta-feira, 27 de junho de 2013

Vereadores evangélicos rompem com Fernando Haddad

O prefeito petista Fernando Haddad vetou hoje a “brecha” aprovada pela Câmara Municipal de São Paulo, que reduzia a exigência de documentação para que que surjam novos templos religiosos. Com isso, a bancada evangélica de São Paulo, liderada pelos vereadores Souza Santos (PSD) e Jean Madeira (PRB), uniu-se à oposição para aprovar a CPI dos Transportes na capital paulista.
Os vereadores, que também são pastores da Igreja Universal, foram enfáticos. “Tem de ter palavra. Eu tenho palavra com o governo e com a população”, insistia Madeira. Os evangélicos reclamam que havia um acordo com o governo para sancionar o artigo do Projeto Simplificado, que desburocratizava o processo de construção de imóveis comerciais e residenciais para até 600 pessoas. Isso incluía os templos religiosos. Contudo, Haddad sancionou a lei vetando o artigo que favorecia as igrejas.
A Frente Parlamentar Cristã, que reúne 17 dos 55 atuais vereadores, é liderada por Eduardo Tuma (PSDB), e conseguiu a adesão de vereadores evangélicos governistas para a CPI que pode gerar dor de cabeça ao prefeito Haddad. O governo e a bancada do PT, que reúne 11 vereadores, tentou a todo custo barrar a criação da comissão
Arselino Tatto (PT), líder da gestão Haddad, reclamou “Não existem argumentos sólidos e nem denúncia nova para que seja criada uma comissão”. Mas estavam presentes na Câmara cerca de 20 representantes estudantes e líderes do Movimento Passe Livre acompanham os trabalhos. Responsáveis pelo inicio das manifestações em São Paulo que tomaram o país, ele pediam a instalação da investigação e vaiaram Tatto. “É difícil ver que o Partido dos Trabalhadores, ao invés de ficar do lado do povo, prefere ficar do lado dos empresários, protegendo eles”, disparou um dos lideres do MPL. “Já vamos avisando que protesto para nós não tem recesso.”
Essa foi a segunda ação da Igreja Universal contra o PT este mês, e mais uma vez foi lembrada a ação politica petista contra o candidato Celso Russomanno, do PRB, ligado à IURD. “Trabalharam com o medo e o preconceito dos incautos, fizeram uma campanha desleal, mais suja e desesperada do que a que sofreram em 2010″, diz um texto publicado semana passada, que associava os protestos conta o aumento das tarifas do transporte público da cidade.
“O que eles não sabiam era o preço que teriam que pagar. Ao nos amaldiçoar, amaldiçoaram a si mesmos. (…) Porque não pode ser coincidência que o tema das passagens tenha sido o que eles mais bateram na campanha do PRB ano passado, envolvendo o nome da Igreja para desconstruir a candidatura de Russomano.” Diz o texto de uma jornalista postado no blog do bispo Edir Macedo. O rompimento com o PT, por enquanto, é só em São Paulo. O PRB é aliado de Dilma e assumiu o Ministério da Pesca ano passado.  Com informações Estadão.

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