O ministro da Educação Aloizio Mercadante, que falou em nome do Planalto, também disse haver consenso na base aliada. "Vamos tratar do que é essencial, das balizas. O plebiscito vai nortear e balizar a reforma. Tem que ir no cerne do problema", disse Mercadante
Todos entendem que reforma política é necessária, diz Campos
Já o referendo, alternativa defendida pelos partidos da oposição, ouviria a sociedade depois que a reforma já tivesse se tornado lei.
O governador evitou, no entanto, declarar apoio abertamente ao plebiscito. "O Congresso vai poder, em decidindo pelo plebiscito, ouvir objetivamente a sociedade brasileira", disse.
"A disposição nesse momento dos partidos da base é de ajudar a presidente Dilma a dar sequência ao esforço que tem feito de ouvir e dar consequência aos reclames das ruas do Brasil. Que a gente possa fazer com toda essa energia faça bem ao Brasil", declarou o governador pernambucano, que é tido como provável candidato nas eleições presidenciais de 2014.
Participaram também da reunião os ministros Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e José Eduardo Cardozo (Justiça), além do vice-presidente, Michel Temer.
Plebiscito x referendo
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Plebiscito é uma consulta direta ao cidadão em que ele se manifesta sobre um assunto antes que uma lei sobre o tema seja estabelecida. Leia mais
Referendo é uma forma de consulta ao cidadão sobre um determinado tema. No entanto, ele ocorre quando o povo é chamado a manifestar-se sobre uma lei após ela ter sido elaborada e aprovada pelos órgãos competentes do governo federal. Leia mais
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Quem é a favor do plebiscito: O governo federal. "É muito
importante que o povo opine. A reforma política se arrasta há anos. É
necessário que o povo diga qual o sistema que ele quer", disse o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Quem é a favor do referendo: A oposição ao governo. Os oposicionistas afirmam que o referendo tem maior facilidade de ser colocado em prática porque os temas da reforma são complexos para serem respondidos de forma simplificada pela população em um plebiscito
Encaminhamento do plebiscito
Segundo Mercadante, que falou em nome do Planalto, o modo pelo qual a consulta será feita, assim como o conteúdo, ainda estão em aberto. Ele disse que não houve tempo ainda para discutir as perguntas do plebiscito, mas que dois temas surgiram como principais: financiamento e sistema eleitoral (forma de votação).Mercadante afirmou ainda que a decisão do governo é pelo plebiscito e que o governo está aguardando definição do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) uma definição sobre a melhor data para a realização da consulta.
O ministro voltou a afirmar que a palavra final sobre a realização da consulta é do Congresso Nacional. "Mas não acho que qualquer partido vai negar a vontade manifestada pelo povo."
Questionado pelos jornalistas sobre a partir de quando as decisões do eventual plebiscito valeriam, Eduardo Campos disse que não há definição sobre o assunto. "Esta é uma decisão que será dada no debate do Congresso. Pode ser objeto inclusive do próprio plebiscito."
Procurado pela reportagem do UOL, o TSE informou que a área técnica está preparando um estudo a ser entregue à ministra Cármen Lúcia, presidente do tribunal. Só depois disso é que ela deve se pronunciar, segundo a assessoria do TSE.
A agenda de reuniões de Dilma sobre a reforma política continua: às 14h, a presidente se encontra com líderes partidários da Câmara e, às 16h, com os líderes do Senado.
Após anunciar um plebiscito sobre a reforma política e um pacto com cinco itens para a melhoria dos serviços públicos, a presidente foi criticada por ter tomado a decisão sem ouvir o Congresso.
Na terça-feira, Renan disse que talvez a presidente "não tenha tido tempo" de consultar os parlamentares sobre seu projeto de reforma política.
Depois do pacto, Dilma já se reuniu com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, e com o presidente do Congresso nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
VIA GRITOS DE ALERTA / FONTE E INF.UOL.COM.BR
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