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Criador
da igreja evangélica Sara Nossa Terra, Robson Lemos Rodovalho retoma em
livro sua visão da ciência, que trocou pela fé. Já foi deputado
federal, mas não reclama: “Fora do Congresso, influencio mais”
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No entender do físico que virou bispo, os universos da ciência
e da fé se complementam e ajudam a compreender a existência humana. “No
passado, houve uma ruptura muito grande porque houve confusão dos
dogmas. Ao tentar legislar em todos os domínios, a Igreja colocou a
Terra como centro do universo e entrou em conflito com Galileu (o físico
e astrônomo italiano Galileu Galilei, perseguido pela Inquisição no
século 17). A fé, na realidade, trabalha em um domínio metafísico
diferente.” Autor de 71 livros, com mais de um milhão de exemplares
vendidos, Rodovalho já citou a ciência
em outras obras. Em A Energia da Vida, lançado no ano passado, ele
aplica propriedades das partículas quânticas em busca de lições para o
sucesso pessoal e profissional. No próximo livro, além de abordagem
distinta, ele pela primeira vez publica uma obra por uma editora
secular, a LeYa.
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Depois de avisar por mensagem de celular que já estava a caminho de Ceilândia, Rodovalho
continua o relato. “Mais tarde, ainda em Anápolis, me aproximei de
missionários presbiterianos”, diz, referindo-se aos seguidores da igreja
originária da Reforma Protestante do século 16. No começo, foi uma
aproximação casual, por ele ter ficado amigo do filho de um pastor. A
situação mudou durante um acampamento de jovens presbiterianos à beira
do rio Corumbá, quando ele tinha 19 anos: “Vi uma luz, senti uma energia
transcendental e ouvi trechos da Bíblia que nunca tinha lido. Passei a
noite acordado, voltei para casa. Limpei e dispensei o revólver, joguei
fora a maconha e comecei a andar com Deus”.
Na Anápolis de meados dos anos 1970, muitos acreditaram que Rodovalho
tinha ficado maluco, pois passou a circular com a Bíblia por todo lado.
Ao mesmo tempo, rapazes e moças de sua idade começaram a se agrupar em
torno dele, em “células” de oração. Organizadas em um movimento chamado
Mocidade para Cristo (MPC), essas “células” se transformaram em Aliança
Bíblica Universitária (ABU), quando ele entrou para a faculdade, na
capital Goiânia: “Eram jovens de cabelo comprido, que andavam de moto e
vinham do movimento hippie”.
Assim que se formou em Física, Rodovalho
prestou concurso na mesma universidade em que estudou. Por mais de uma
década, aliou as atividades acadêmicas às religiosas. Em 1992, decidiu
largar a universidade: “Minha paixão maior eram as comunidades
evangélicas. Elas estavam soltas, espalhadas pelo Brasil, pois à medida
que se formavam, antigos membros das ‘células’ voltavam para suas
cidades de origem. Decidi me mudar para Brasília e formatar a igreja,
com administração centralizada, moderna”.
VIA GRITOS DE ALERTA / BISPO RODOVALHO
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