"Verdadeiros guerreiros jamais morrem, vivem através da eternidade." Essa máxima, proferida por um general da Antiguidade, pode ser aplicada com justeza pelos israelenses a Ariel Sharon.
Se para seus detratores Sharon encarnava a figura do carniceiro, para o seu povo ele ingressa no panteão dos heróis, como um de seus mais brilhantes generais e estrategistas militares, dono de coragem indomável, comprometido de corpo e alma com a sobrevivência de Israel.
Em que pese ter atuado como um bulldozer político na defesa de estratégias que colocavam seu governo no ostracismo, Sharon tem a seu favor os créditos de ter sido um militar excepcional.
Foi o fundador e comandante da lendária Brigada 101, que atuava no interior dos territórios árabes em ações de represália a ataques.
Na Guerra do Yom Kipur (1973), o gênio militar de Sharon revelou-se. As forças de Israel estavam em franca desvantagem no front do Sinai.
Sem consultar o Estado- Maior, Sharon e seus tanques cruzaram na madrugada o canal de Suez, repetindo uma manobra digna de Hans Guderian, famoso general da Wehrmacht alemã.
Sharon interpôs seus blindados entre os poderosos Terceiro e Primeiro Exército egípcios, cortando a sua linha de suprimentos. Estava revertida a sorte da guerra.
Com relação a Sabra e Shatila, os campos onde centenas de palestinos foram trucidados durante a guerra civil libanesa, Sharon levou a fama pelo massacre cometido por milícias cristãs falangistas.
Ele era ministro da Defesa e permitiu que as milícias fizessem incursões nos campos para destruir bases terroristas que operavam a partir dali.
Após o massacre, foram encontrados corpos de paquistaneses, iranianos, argelinos, sírios, libaneses e até de extremistas latino-americanos.
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