terça-feira, 14 de janeiro de 2014

New York Times destaca avivamento calvinista nos EUA


New York Times destaca avivamento calvinista nos EUANew York Times destaca avivamento calvinista nos EUA
Nos EUA e na Europa há uma distinção entre os protestantes. Por causa de sua longa tradição religiosa, eles normalmente não são mais colocados em um único grupo, rotulado de evangélicos, como no Brasil e outros países da América Latina.
Por lá existem as denominações históricas (mais tradicionais), os liberais, os pentecostais e os evangelicais. Esse terceiro grupo são crentes que mantém uma visão mais literal da Bíblia, defendem a existência de céu e inferno e se dedicam à evangelização.  Embora sejam minoria, trata-se de um dos grupos mais influentes do cenário religioso.
Segundo o jornal The New York Post, o evangelicalismo está passando por um “avivamento calvinista”. Em grande parte, por causa dos ensinamentos divulgados por pastores como Mark Driscoll, John Piper e Tim Keller. Eles pastoreiam megaigrejas, escrevem livros e seus vídeos na internet são visto milhões de vezes, e têm versões legendadas que os ajudam a alcançar um grupo ainda maior de pessoas.
Os três são calvinistas e defendem a teologia conhecida como TULIP, um acrônimo em inglês que resume as chamadas doutrinas compiladas por João Calvino, um dos teólogos mais influentes da história.
Tabela TULIP
Os ensinamentos de Calvino, o reformador francês do século 16, continuam vivos. Segundo as estatísticas, alcançando principalmente os fiéis na casa dos 20 e 30 anos de idade.
No passado, seguir ou não a doutrina calvinista dividiu igrejas e até mesmo denominações. Durante séculos o ensino predominou nas igrejas americanas e europeias. Contudo, no século 19 o protestantismo parece ter se inclinado em massa para uma doutrina antagônica, o arminianismo, que enfatizava o livre-arbítrio no tocante à salvação e com ênfase nas decisões do homem.
Embora a grande maioria dos evangélicos não seja capaz de categorizar a teologia da igreja onde congregam, essa é uma questão de suma importância para os pastores e líderes.
A maneira como os calvinistas pregam é diferente do que se vê na maioria dos programas evangélicos da TV.  É realmente a contramão dos pregadores da chamada “teologia da prosperidade”, que prometer riquezas a quem tiver fé o suficiente. Eles não tratam a Bíblia como um livro de autoajuda ou um guia para melhorar os negócios. A Palavra é a Lei e deveria ser vista como tal.
Collin Hansen fez um estudo sobre o assunto para escrever seu livro Young, Restless, Reformed: A Journalist’s Journey With the New Calvinists [“Jovens, Incansáveis, Reformados: A Jornada de um Jornalista com os Novos Calvinistas”]. Ele explica que o mais comum é ouvir nas igrejas coisas como: ‘Deus quer que você seja um bom pai! Aprenda sete maneiras como Deus pode lhe ajudar a ser um bom pai’”.
Ou ainda: “Deus quer que você tenha um bom casamento! Aprenda três maneiras de fazer isso’”. Por outro lado, diz Hansen, os que frequentam igrejas calvinistas querem que o pregador “fale sobre Jesus”.
Em tempos tão confusos como os que vivemos, os chamados neocalvinistas acabam ajudando a defender posições conservadoras quanto às Escrituras e a questões sociais. A maioria não crê que as mulheres possam ser ordenadas pastoras ou presbíteras. Também são mais duros ao falar sobre tópicos como pecado, céu e inferno e a volta de Cristo.
Esse movimento é passageiro? Brad Vermurlen, um aluno da Universidade Notre Dame, escreveu uma dissertação sobre os “novos calvinistas”. Ele não acredita que deve durar muito. “Dez anos atrás, todo mundo falava da igreja emergente’. Cinco anos atrás, falavam da ‘igreja missional’. Agora é o ‘novo calvinismo’. Não quero dizer que o novo calvinismo seja uma mania passageira, mas me pergunto se é uma daquelas coisas que os evangélicos querem debater por cinco anos, e depois continuar vivendo suas vidas e plantando suas igrejas. Ou é algo que veremos daqui a 10 ou 20 anos?”
É bom levar em conta que a Reforma Protestante (de 1517) está prestes a completar 500 anos e ainda existem igrejas que defendem o que Lutero ensinava. Possivelmente os neocalvinistas continuarão lendo e ensinando as Institutas (de 1536), nos próximos anos, possivelmente usando seus tablets. Com informações Urban Christian.  GP

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